Bom dia!“Perseverança não é uma corrida longa, são muitas corridas curtas, uma após a outra”– Walter ElliotSALVADORO senador Romero Jucá (PMDB) agora decidiu “salvar” o Brasil. Na tribuna do Senado, anunciou o documento elaborado pelo seu partido que pretende discutir medidas visando à retomada do crescimento econômico. Esse documento, com o nome de “Uma Ponte para o Futuro”, faz um diagnóstico da economia do país, critica a elevação de impostos, defende o aumento da idade mínima para aposentadoria — com 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres —, critica os juros altos e defende mudança na indexação do salário mínimo.DISCURSO 1Em seu discurso de “salvador da Pátria”, disse que, neste momento de fragilidade do país, o PMDB tem um compromisso com o Brasil, com a sua história e com o seu futuro. É um discurso muito semelhante ao usado no programa lançado para “salvar Roraima”, em outubro de 2012, o Movimento Roraima Forte, do qual o senador Jucá era o coordenador. O lançamento, que reuniu as mais expressivas lideranças políticas do Estado, serviu para assinar a carta compromisso com os eixos que norteariam a realização do programa no Estado, a partir daquele momento. DISCURSO 2Na noite de 28 de outubro de 2014, Romero Jucá fez o seguinte discurso no lançamento do Roraima Forte: “Este movimento é maior que cada um de nós, a força que está representada aqui, a força de Roraima, é maior do que a força somada individualmente de cada um de nós. Juntos nós somos muito mais fortes. Nestes 25 anos vivemos muitos momentos de vitórias e momentos de dificuldades, mas nós queremos muito mais. Portanto, este movimento irá discutir o que nós queremos de fato para o nosso futuro”.CARAVANASO fato é que as intermináveis caravanas do Roraima Forte realizadas nos municípios serviram tão somente para que o senador apresentasse o seu filho, o então deputado estadual Rodrigo Jucá, que se lançou candidato a vice-governador em 2014 pelo PMDB, cuja chapa foi derrotada nas urnas. Depois que acabou a eleição daquele ano, parece que o movimento também não havia mais sentido de existir. E tudo o que foi prometido naquele período caiu no esquecimento, até que o senador reaparecesse com o mesmo discurso no plenário do Senado, esta semana.ABANDONOJá que o deputado estadual Jorge Everton (PMDB) está tão empenhado em querer fiscalizar o setor educacional do Estado, ele também deveria direcionar seu espírito fustigador para a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), uma vez que ele se elegeu como delegado e conhece bem essa realidade. São pelo menos quatro obras de construção de delegacias abandonadas, enquanto os policiais civis e delegados trabalham em prédios sem estrutura e insalubres.DELEGACIASUma dessas obras fica na Avenida São Sebastião, no bairro Tancredo Neves, onde já era para estar funcionando o 3º Distrito de Polícia, obra orçada em mais de R$ 1,8 milhão. Outra é a construção do 1º DP, na Avenida Terêncio Lima, no Centro. No bairro São Vicente, as obras do Instituto Penal se arrastam por mais de quatro anos, ao lado da Cadeia Pública de Boa Vista, orçada em R$ 2 milhões. O prédio do 2º DP, no bairro Buritis, também está com as obras paralisadas. Em Caracaraí, Centro-Sul do Estado, apenas as fundações da delegacia foram erguidas. BENEFÍCIOSOs agentes da Polícia Civil, além de trabalharem em locais insalubres e onde falta até papel higiênico, reclamam que, enquanto os policiais que trabalham na Delegacia-Geral recebem adicional noturno e até mesmo penosidade, sem que trabalhem em plantões, eles não têm direito a esses benefícios mesmo tirando plantão. Afirmam também que há até quem receba diárias sem ao menos sair do município. O benefício de penosidade, estranhamente, só está sendo pago ao pessoal administrativo.PROTESTO“Somos sempre preteridos em relação aos que trabalham na Delegacia-Geral, coagidos e humilhados. E o sindicato não se manifesta”, protestou um policial em correspondência eletrônica enviada ontem para a Parabólica. Ele relatou também a existência de uma policial que está recebendo gratificação como chefe de operações, cargo exclusivo de delegacia, sem sequer trabalhar em distrito policial.MAIS UMADepois do extintor ABC, vem aí mais uma polêmica no trânsito brasileiro: a exigência do uso de cadeirinhas em transporte escolar.  A data para que a medida entre em vigor é dia 1º de fevereiro de 2016, mas já existe pressão para que seja adiada. Representantes dos motoristas afirmam que não têm como cumprir a obrigação, considerada desnecessária por eles em razão do baixo número de acidentes no setor. ARGUMENTOA posição para ser contra esta nova medida é defendida pelas entidades que defendem os motoristas em nível nacional. Elas alegam que, desde 1997, quando entrou em vigor o Código de Trânsito Brasileiro, nenhuma criança morreu ou sofreu lesão grave sendo transportada por veículos escolares legalizados e vistoriados. Essa discussão ainda vai longe e, no final, é bem provável que as autoridades voltem atrás, como ocorreu com os extintores ABC e com os kits de primeiros-socorros.