Opinião

Opiniao 14 11 2015 1695

A culpa é do cabral! – Ruy Chaves* Não sei se foi exatamente assim, mas os problemas do Brasil começaram com Cabral. O gajo tinha sérios problemas de GPS; desde pequeno vivia se perdendo e precisava ser levado para casa. Navegante intrépido, chegou aqui por acaso, depois de muitos tragos, certo da descoberta da Ilha de Vera Cruz, nas Índias. Por esta razão chamou nossas lindas garotas de “índias”. O Pero Vaz, em choque ao descobrir nossas garotas ingênuas em sua pureza, mandou e-mail ao Rei: “eram pardas, todas nuas, sem alguma coisa que lhes cobrisse as vergonhas”.

Fomos expulsos do paraíso! Nossas terras eram fartas, em se plantando tudo dava, mas nem plantávamos, só colhíamos. Nas águas cristalinas da Baía da Guanabara nadávamos e passeávamos de jangada. Nos rios também cristalinos não lavávamos roupas, apenas nossas purezas, e praticávamos atividades radicais subindo e descendo cachoeiras em canoas. Nas matas a farra era pular de galho em galho, brincar de pique-esconde e de arco e flecha. Na aldeia envenenávamos nossas lanças, jogávamos capoeira e lutávamos pitxuleko, arte marcial hoje conhecida como MMA.

Floresta, mar e rios abundantes, depois da caça ou da pesca voltávamos logo para a aldeia para namorar, dormir, comer e dançar forró, não necessariamente nesta ordem. Sem terremoto, maremoto, poluição nem doenças; sem inflação, desemprego, nem recessão, não pagávamos CPMF, IOF, ICMS, ISS, PIS, COFINS, IPVA, IPTU, IR, INSS, H2O. Sem patrão, horário de trabalho, nem salário, não precisávamos de carro, de trem, de ônibus, nem de moto. Não pagávamos contas altíssimas de luz, de gás, nem de celular. Em segurança pública ideal, sem população de rua, todos morando com dignidade em confortáveis ocas, não havia roubos ou assaltos: ninguém tinha algo que despertasse cobiça, sobravam-nos somente alegria e penas coloridas. Aos domingos, na praia, todas as tribos celebravam a paz! Não sabíamos mentir, não havia corrupção, pedalada fiscal, partidos políticos, horário eleitoral gratuito, sindicatos, nem funções gratificadas. Mudar esta vida por quê?

Éramos felizes e sabíamos. Mas um dia alguém gritou Terra à Vista, o Cabral chegou, fomos tapeados com espelhos e apitos e foi assim que tudo começou. Ou não? Panta rei.

*Diretor da Estácio e da Academia do Concurso——————————————–A mídia e o cidadão – Ruy Martins Altenfelder Silva* A Pesquisa Brasileira de Mídia, encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ao Ibope, traz algumas novidades, mas basicamente ajuda a confirmar e dimensionar tendências já detectadas aqui e no exterior. Suas conclusões certamente poderão balizar a comunicação mais eficiente do governo com a população, especialmente nas chamadas mídias eletrônicas (rádio, tv e internet), já que tanto as emissoras quanto os programas e sites oficiais são pouco lembrados e ainda menos assistidos.

De acordo com o levantamento, a televisão é a campeã inconteste de audiência em todo o país, pois 65% dos brasileiros se postam diariamente, por mais de três horas, diante da telinha. Esse percentual sobe para 82%, quando considerados aqueles que a assistem cinco ou seis dias por semana. Surpresa, pelo menos para quem não está muito familiarizado com estudos sobre a mídia, é a forte preferência declarada dos telespectadores por noticiários e outros programas de cunho jornalístico, que bate em 80%, deixando em segundo lugar as novelas, com 48%.

O rádio vem em segundo lugar, mas com um dado que desmente sua penetração nos estados com ocupação mais refeita. No Centro-Oeste, por exemplo, 52% da população nunca ouvem rádio, o mesmo que acontece com 51% dos moradores da Região Norte. A maior audiência está no Rio Grande do Sul, com 72% dos gaúchos sintonizando suas emissoras preferidas pelo menos uma vez por semana. O último lugar fica com o Maranhão (9%). Não foi abordado na pesquisa o quesito programas mais ouvidos, o que daria mais clareza ao perfil dos ouvintes.

O terceiro lugar do ranking já pertence à internet, embora 53% da população nacional ainda não acessem esse meio de comunicação, enquanto 26% ficam ligados na web durante a semana, com uma média diária de mais de três horas e meia. Nenhuma surpresa: a internet é a campeã entre os jovens menores  de 25 anos (77%) e a menos cotada entre os maiores de 65 anos (3%). Com 68% das citações, as redes sociais aparecem com as mais acessadas, com prevalência do Facebook – uma tendência que estatísticas mais recentes sinalizam com já sendo abandonada pelos mais jovens. Aliás, o Facebook, com 38%, é o site mais procurado por quem está interessado  em informação, seguida por portais essencialmente jornalísticos e ligados à mídia impressa, como o Globo.com, G1 e UOL. Entre os entrevistados, em respostas de múltipla escolha, o acesso à internet por celular registra sensível avanço, com 40% das citações, contra os 80% dos computadores.

Quando se chega à mídia impressa, é sensível a queda da leitura de jornais e revistas entre os hábitos dos brasileiros: 70% e 85%, respectivamente, nunca abrem um jornal ou uma revista – fato que vem confirmar as previsões de que esses meios de comunicação estão fadados ao desaparecimento. Já os mais otimistas alimentam a esperança de que, com esses tradicionais veículos de comunicação, aconteça o mesmo que ocorreu com o cinema, condenado à morte quando a televisão se popularizou. Ou seja, que os jornais e revistas consigam sobreviver e até se fortalecer numa simbiose com os outros meios que ameaçam sua sobrevivência. Além disso, é bom não confundir o meio com a mensagem, pois o bom jornalismo pode ser exercido em outras mídias que não a impressa. E mais, como demonstra a preferência pelos programas noticiosos de tv, a fome pela informação não está desaparecendo entre as pessoas; ao contrário, só faz crescer.

Num importante quesito, entretanto, mídia impressa leva nítida vantagem. Quando está em jogo credibilidade, ou a confiança na notícia recebida, 53% dos leitores acreditam no que leem nos jornais, enquanto apenas 28% dos usuários põem fé nas informações postadas nas redes sociais. Outro ponto a observar na pesquisa é o peso da oferta de serviços de interesse da população. Por exemplo, no amplo sistema de emissoras, programas e sites mantido e alimentado pelo governo federal, apenas dois sites receberam citações de acesso acima dos 10% e ambos com foco em assuntos de grande interesse: o do Ministério da Educação, com 12,6%, e o da Receita Federal, com 12,3%.

Na análise das várias segmentações estatísticas apresentadas pela Pesquisa Brasileira de Mídia, aparece um forte sinal. O acesso aos meios de comunicação  tem relação direta com dois indicadores sociais nos quais o Brasil não brilha, apesar de avanços recentes: a escolaridade e o nível de renda. Ou seja, quem tem mais anos de estudo e orçamento mais folgado, poderá ser um cidadão mais bem informado e com maior visão de mundo. Será, por exemplo, um eleitor mais consciente na escolha de seus representantes; um melhor pai ou um melhor professor para as crianças e jovens; um indivíduo mais preparado para usufruir os direitos – e para cumprir os deveres – da cidadania; e assim por diante. Por tudo isso, para quem se interessa pelo tema, é sempre importante lembrar de aliar as pesquisas de mídia à qualidade do conteúdo que elas transmitem. *Presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de Letras Jurídicas——————————————- Polimento na celebridade – Afonso Rodrigues de Oliveira*“De nada vale a celebridade, quando os grandes crimes também a conseguem”. (Marquês de Maricá)O mundo sempre esteve lotados de grandes criminosos que se tornaram celebridades pelos crimes que cometeram. Quem de nós não conhece um punhado deles entre nós? Mas o mais importante é que aprendamos com isso, e não com eles. E o primeiro pssso, cá entre nós, é sair desse papo nauseante, e por vezes nauseabundo. Vamos passear nesse fim de semana, em busca da nossa celebridade. Que tal? Como você considera uma pessoa célebre? E você só a será quando souber distingui-las. E tome cuidado quando estiver muito preocupado, querendo aparecer. Não se esqueça de que só os tolos se preocupam com o natural.

Viva sua vida e não a vida que você quer que os outros queiram que você viva. E comece esse aprendizado no berço. Comece fazendo o que você deve fazer para ser a pessoa que você realmente quer ser. E como o livre arbítrio é o caminho mas correto e fácil para a obtenção do que queremos, devemos saber se o que queremos é o que devemos querer. Senão não estaremos sabendo usar o livre arbítrio para a celebridade racional. Tudo que queremos na vida conseguimos. Desde que saibamos caminhar pelas veredas da vida. Tudo o que você quer, você pode conseguir. Difício é acreditar nisso.

Somos todos iguais nas diferenças, mas não sabemos distinguir as diferenças. Ainda não acreditamos que se alguém conseguiu também podemos conseguir. E ainda não aprendemos a modelar os que conseguem. Na maioria das vezes tentamos imitá-los, o que é uma furada. É a apartir daí que cometemos o erro de não considerar as diferenças. E quando tentamos imitar é porque não estamos nos respeitando no que somos. Não estamos acreditando no nosso potencial. E se não acreditamos em nós, como queremos ser célebres?

Comece acreditando que sua celebridade não está no cargo ou posto que você ocupa, mas na sua competência em executar seu trabalho com respeito aos diferentes. E comece acreditando que você não é superior a ninguém, nem ninguém é superior a você. faça o melhor que você puder fazer no que você faz. É assim que nos tornamos célebres. Porque , na verdade, a celebridade não está em você, mas no que você produziu durante sua vida; desde que o que você produziu tenha influenciado no desenvolvimento da humanidade. E você pode, muito bem, ter contribuído para o desenvolvimento, apenas com o eqilíbrio em sua vida. Porque é assim que iremos alcançar a racionalidade. E você nunca irá conseguir a celebridade, sem a marcha para a racionalidade. Somos todos de origem racional. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460 ————————————————ESPAÇO DO LEITOR DIABETES 1“É lamentável que, na data em que comemoramos o Dia Mundial do Diabetes, nós, que sofremos desta doença crônica, ainda temos que enfrentar diversos problemas para ter pelo menos o mínimo de atenção por parte do poder público, e assim travar uma luta contra esta doença. No  entanto, pelo menos nos centros de atendimento do Estado, não são sequer disponibilizadas as fitas de medição de glicose. E já encaminhamos aqui vários relatos sobre a falta da medicação”, comentou a leitora Verônica Aguiar Monteiro.DIABETES 2Ainda sobre o mesmo assunto, o leitor Laércio Amorin escreveu: “O diabetes é uma doença que requer o máximo de atenção, tanto na questão de saúde quanto alimentar. Infelizmente, as políticas públicas não contemplam, em parte, os portadores desta doença crônica. Não existem subsídios para a aquisição de medicamentos, e tão pouco para a aquisição de alimentos. Espero que o Governo Federal possa colocar em prática uma política de assistência para o custeio destas despesas, ajudando assim as famílias”. CONFIANÇA”Concordo plenamente com o sargento Anderson Morais. A sociedade tem que acreditar que seus integrantes, em sua maioria, são bons profissionais, e o exercem com zelo. Cabe ao Comando Militar e a Justiça aplicarem as medidas com base na lei. Esperamos que seja feita justiça nos rigores das leis. Devemos dar nosso voto de confiança à Polícia Militar que, como instituição, tem prestado um bom serviço à sociedade, no caso destes inconsequentes que arquem com suas irresponsabilidades”, comentou o leitor Ademildo Magalhães.ATRASOOs servidores terceirizados da empresa Venturelli, que presta serviço para a UFRR, enviaram a seguinte reclamação: “A Venturelli vem atrasando nosso pagamento desde o mês de julho. Pelo calendário, era pra recebermos até o quinto dia útil de cada mês, mas eles estão nos pagando no final do mês, lá pelo dia 25 em diante. O do mês de outubro ainda não recebemos, nem informam quando vão pagar”, relatou um servidor terceirizado.