Opinião

Opiniao 16 11 2015 1699

O austero e tolo domínio da fé – Tom Zé Albuquerque*Mais uma ocorrência retratando a torpeza humana foi escancarada na França, na última sexta-feira, com seguidos e ordenados ataques a civis inocentes. O mundo está chocado, assim como tem ficado sobre os cada vez menos raros crimes coletivos por uma causa que soa contraditória: a Religião.

A morte física de quase 150 pessoas torna-se secundário ante a perspectiva negativa da humanidade que se enquadra para os próximos anos, uma vez que a lei universal da “causa e efeito” deve mais uma vez predominar, ao que gerará mais ataques, mais ira, mais vingança, mais gravuras reais da imbecilidade humana. A intolerância religiosa atormenta e interfere nas ações humanas no seu âmago, e acarretam imposições esdrúxulas à consciência, crença e cultura, o que projeta para todos nós algo invasivo, inútil, afrontoso, canalha e ofensivo à liberdade fundamental de cada ser humano.

A falta de equidade religiosa é uma ferida mundial, e no Brasil ela dá sinais velados da intransigência das pessoas, seja no ambiente de trabalho, seja na família, seja nos espaços públicos, seja na privacidade do lar, como se as pessoas não fossem dotadas de discernimento suficiente para dar rumos a sua crença e fé religiosa. A festejada “Constituição Cidadã”, mais uma vez mostra o seu lado alegórico, preceituando quão inviolável deve ser a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. De nada adianta, pois, a florida redação constitucional se não houve (e nem há) preparação ou ações para sua aplicabilidade. Isto também está fincado no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e no Estatuto da Igualdade Racial, buscando proteger cultos religiosos de matriz africana, sem contar com o enquadrinhamento da Lei nº. 11.635/07 que instituiu o dia 21 de janeiro como o “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”. Mas, na prática, todo esse arcabouço legal continua enrijecido e nebuloso.

É doloroso assistir às imagens retratando homens ensandecidos numa tara descomunal em matar por uma causa sectária, que por si só já é irracional. Mas cabe-nos olhar detidamente para o resto do mundo, e para o Estado laico brasileiro e suas inúmeras e aberrativas lacunas da altanaria religiosa. Para se ter uma ideia, quase mil casos de intolerância religiosa foram registrados pelo Centro de Promoção da Liberdade Religiosa & Direitos Humanos – CEPLIR, somente no Estado do Rio de Janeiro, entre julho de 2012 e dezembro de 2014: 948 queixas. As denúncias envolvendo intolerância contra religiões afro-brasileiras totalizaram 71% dos casos. Imagine o dado estatístico em nível nacional, mesmo sem considerar a temeridade das pessoas em formalizar a denúncia; mesmo sem considerar a omissão das denúncias daqueles que preferem devolver a empáfia religiosa com desforra.

A intolerância religiosa extrema leva à perseguição, tortura e morte, e essa atitude não nasce pronta; ela avança pelo convívio e pelas ações tirânicas praticadas pelas referências sociais e pelos comportamentos alucinados de seres sem objetivos centrados e geralmente mergulhados no ócio. Até mesmo criticar algumas linhas religiosas – que são norteadas pelo respeito e coerência – tem-se tornado, na visão radical, de intolerância na alimentação da cólera e do ódio.

Sobra-nos, nesse momento de dor, refletirmos sobre o que foi dito por Alexsandra Zulpo: “Quando descobrimos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida, compreendemos a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das tolas mágoas”.

*Administrador——————————————

Crimes x Educação – Vera Sábio*Educação vem de berço, porém no, decorrer da vida, se pode modificar, modelar e mesmo transformar um ser humano com boa educação presente nas escolas e em todo seu convívio social. Somos, em grande parte, motivados pelos exemplos que nos permeiam e são, através das boas ações, que aprendemos que precisamos ser bons, honestos, trabalhadores, solidários etc, como também pelas más ações, erradas condutas, desonestidades, corrupções e ambições doentias cheias de impunidades e brechas que defendem os infratores, que acabam construindo cidadãos sem éticas e sem educação.

Não me canso de divulgar o quanto as prioridades estão invertidas e é tão fácil constatar. Observem quantas maternidades temos no Estado e quantas praças possuímos. Quanto foi investido no Estádio Canarinho e quanto são investidos nas escolas e segurança pública? Como estão a saúde, o tratamento fora domicilio e como estão os representantes do Estado fora dele? Qual nossa condição de trabalho, o valor dos nossos alugueis e quanto temos para gastar em nossas compras de mercado, enquanto qual o valor gasto para pagar todas as regalias um político possui?

Pense nisto somado ao fato de quantas mortes acontecem com o trânsito desgovernado e com a marginalidade em grande aumento. É triste perceber que não há atendimento psicológico constante para servidores da polícia, não sendo a primeira vez que um fato absurdo de morte indevida ocorre em nossa cidade. E aí temos mesmo que comemorar as benfeitorias que estão surgindo perto do tempo eleitoral?

Nossa cidade florida e linda de hoje está cada vez mais marcada por sangue de inocentes e, muitas vezes, aplaudimos por não termos a consciência das verdadeiras prioridades. Assim onde iremos parar?

*Psicóloga——————————————

O Brasil precisa de honestidade e coragem – J.A. Puppio*Há quantos anos o brasileiro ouve de sucessivos governos ser imprescindível e ultra urgente a realização de um  ajuste fiscal. Toda a imprensa com seus renomados jornalistas e economistas escrevem sobre o tema desde 1950 quando o ex presidente Juscelino extrapolou gastos públicos na construção de Brasília.Em última instância, diferente das nossas empresas, quando o governo gasta mais do que arrecada manda a conta para os contribuintes. Isso é histórico nesse País e para não fugir à regra, o atual governo está fazendo o mesmo.Em termos práticos, a  urgência já dura mais de meio século, estamos em uma perpetuação de ajustes fiscais, sempre em função de aumentar os impostos, sendo que a arrecadação hoje já está em 63% do produto bruto do país.Somos hoje 200 milhões de brasileiros que todo ano contribuem de maneira  exaustiva com o seu trabalho para engrossar a arrecadação de impostos que nunca são suficientes para a máquina de gastar do governo.Agora estamos em 2015 e com um fiasco tremendo de um governo de 13 anos de incompetência onde além de destruir a 5º maior empresa do planeta, com um roubo jamais visto na humanidade,aumenta a carga tributária do já combalido contribuinte, que sabe  que vai passar os próximos 5 anos ou mais trabalhando duro para pagar a incompetência e a corrupção de um partido e dos que gostam de receber sem trabalhar.E numa demonstração de consideração e respeito pelo povo brasileiro que o elegeu, esse governo poderia aceitar o seu fracasso, reconhecer que o ajuste fiscal pode ser feito com corte de gastos e não aumento de impostos e alterar a estrutura dos  gastos púbicos, começando por eliminar os cargos apadrinhados de 200 mil petistas já acostumados a receber sem trabalhar.Quando esse governo estava em campanha havia promessas e promessas de uma mudança geral com reformas das políticas tributarias, administrativas, trabalhista e sindical e talvez o caminho do crescimento do País passe por ai, pelo cumprimento das promessas de campanha.O fato é que com 32 partidos políticos não iremos chegar a lugar nenhum.Os 39 ministérios criados para abrigar derrotados nas urnas,  custam muito caro ao país. Podemos começar por ai, tomando como exemplo a maior democracia do Planeta, representada pelos EUA, que tem apenas dois partidos, os Democratas e os Republicanos.A fusão dos partidos seria um bom início, como uma fusão entre os ministérios. Não faz sentido ter um Ministério da Agricultura e outro para desenvolvimento agrário. O estado Brasileiro virou um monstro que devora todo dinheiro do suor da população brasileira.E, em contrapartida, não temos saúde, educação, segurança, mas para enaltecer o ego de uma figura com problemas psicológicos fazemos obras milionárias no exterior como Bolívia, Venezuela, Cuba, Angola, Haiti e o povo não pode saber destas obras pois são sigilo jurídico. Precisamos mudar isso.‘‘ O Brasil precisa urgente de homens honestos e corajosos para acabar com a corrupção e a roubalheira existente.’’

*Empresário, diretor presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”—————————————Recomeçar – Flávio Melo Ribeiro*Chega um dia que a pessoa descobre que está na hora de recomeçar sua vida amorosa, interrompida por algum motivo, seja por vontade própria, pelo outro, por morte do cônjuge ou por circunstâncias da vida. Não importando o motivo, a pessoa sofreu uma perda e cada pessoa lida de uma forma. Por carência, algumas voltam logo a se relacionar. Outras por maturidade procuram curtir a si mesmo antes de voltar a ficar. O medo também entra como ingrediente, medo de não ser mais amada, de voltar a sofrer, de não saber escolher pessoas que lhe realizem. O que mais escuto no consultório é antecipar que vai ser chato conhecer outra pessoa, saber quem é, seus gostos, coisas boas e ruins, e também se mostrar ao outro. Mas esquecem que, quando se apaixonam, novamente tudo parece ser maravilhoso, tanto conhecer, como se mostrar.

Nas voltas que a vida dá, surgem novas possibilidades e, muitas vezes, onde não se espera, encontra-se uma pessoa interessante. Mas aparece a dúvida: investir ou não? Nesse momento, é importante refletir, visto que o tempo já permitiu aprender pelo pensamento ou pela dor. E desses aprendizados extraem-se experiências que facilitam escolher com quem se dará continuidade nas relações amorosas. Não há nenhum botão de ligar e desligar a emoção de uma paixão, mas pode-se escolher investir em conhecer e se envolver a ponto de voltar a se apaixonar, como também de não mais investir numa relação passada, que atualmente as lembranças só trazem sofrimento. Essa é a encruzilhada que se precisa passar. Ou escolhe-se ficar na mesma estrada e perpetua-se o que conhece (a solidão e o sofrimento), ou um novo recomeço com essa pessoa interessante que conheceu.

A pessoa nunca estará pronta para recomeçar, pois sempre terá um “porém” nos seus pensamentos. Portanto, não espere estar pronta! Siga o coração, para a vida ficar leve, e a reflexão, para não cometer os mesmos erros do passado. Vá em frente, liberte-se do passado e seja feliz! Não se consegue prever as respostas certas no amor, a não ser que você o viva. É na vivência que descobrirá o que lhe convém ou não para seu futuro.

*PsicólogoCRP12/00449——————————————

ESPAÇO DO LEITOR

MORALIZAÇÃOO leitor Henrique Sérgio Nobre fez o seguinte comentário sobre os crimes que envolvem policiais militares: “Acredito que o comandante-geral da PM, coronel Dagoberto Gonçalves, tem boa vontade de moralizar e humanizar a Polícia Militar, uma instituição necessária à sociedade roraimense. Todavia, nos próximos concursos, a simples aplicação do teste psicológico não será suficiente para filtrar os maus elementos que desejam integrar os quadros da PM”.MERITÍSSIMOO internauta Jefferson de Albuquerque Souza comentou que a Justiça falha ao beneficiar criminosos que são réus primários e têm “ficha limpa”, a exemplo de policiais. Sobre o policial que cometeu triplo homicídio, comentou: “Ele tem testemunha de que era boa pessoa, entregou-se antes das 24 horas, estava passando por pressão psicológica policial. Esse aí sai rapidinho, não precisa ser detetive para saber do resultado, enquanto as famílias das três vítimas pagam para o resto de suas vidas! Sem mais comentários, meritíssimo!”.AVALIAÇÃOIzabeth Monteiro da Silva também comentou sobre o mesmo assunto: “A polícia precisa rever seus critérios de avaliação para ingresso na corporação, evitando, assim, armar bandidos como nos casos recentes”.IMPUNIDADEAntônio Carlos de Lima Prado se pronunciou a respeito do tema: “Começa assim, com desculpa por sobrecarga nos serviços, estado clínico mental e aí é só um pulo para a impunidade. Já vi esse filme. São todos farinha do mesmo saco”.LICENÇALadislau Rodrigues de Moura também se indignou: “Quanta hipocrisia! Eu sei o que é ser maltratado por esses trogloditas que se acham dono do status de Justiça do Estado. São psicopatas que deveriam estar na cadeia. Agora acho interessante, tendo a ficha de um desequilibrado mental, a própria Justiça deu licença para matar”.