Atentados sem homens bombas – Marlene de Andrade*O Brasil é penta campeão de futebol, mas, no entanto para nada tal premiação serviu. Somos um povo oprimido, vítima de uma política extremamente corrupta, a qual massacra o povo de forma perversa e contínua. Além do mais, o que nós o povo, podemos usufruir de bom quando nos tornamos penta campeão mundial de futebol? E a tentativa de se ganhar o hexa para que serviu? Quanto dinheiro foi jogado fora nesse mundial? Guardadas as devidas proporções, não seria tudo isso atos de terrorismo contra o povo?
Qualquer brasileiro, por mais alienado que seja, sabe que alguma coisa errada está ocorrendo no Brasil. A inflação não está chegando, ela já chegou e, nesse contexto, cabe uma pergunta: de quem é a culpa? Claro que dos nossos governantes que esvaziam os cofres públicos na maior naturalidade possível. Será que isso também não é terrorismo?
Uma vez uma candidata a deputada estadual, daqui de Roraima, me pediu meu voto. Para me estimular e se defender de algumas acusações que fiz contra os correligionários dela, ela me respondeu que o pessoal dela podia até roubar, mas roubava só as frutas, mas não as árvores. Uma resposta dessas não é um atentado à hombridade e aos bons costumes?
O atentado de Paris contra pessoas inocentes não chegam perto das centenas de pessoas que morrem diariamente no Brasil, vítima da opressão, do descaso de nossos governantes e da corrupção “dos Lava Jato da vida”, dos acidentes de trânsito devido a má conservação das estradas e da irresponsabilidade dos condutores, que muitas vezes trafegam embriagados sem serem fiscalizados como deveriam ser.
Claro que fiquei extremamente impactada devido a esse atentado em Paris, pois é algo estarrecedor. Ocorre que, no Brasil, o povo sofre atentados terroristas todos os dias, todos os dias e todos os dias, e aí? Qual é a diferença do que ocorreu na França, nas Torres Gêmeas e do ocorre aqui no Brasil?
Raramente assisto TV, mas de repente entrei em um local onde estava passando o Jornal Nacional quando vi o presidente da China se solidarizando com o povo francês. Está correto o que ele fez, contudo, ele não tem moral para falar desse ato insano quando, no país dele, o terrorismo existe em grande escala e de forma legal. Na China o povo é muito oprimido e cristão é perseguido até a morte e assassinado barbaramente.
À luz dessas reflexões pergunto: e a nossa presidente vai ter coragem de se pronunciar contra o bárbaro atentado que ocorreu em Paris, quando ela mesma já ajudou até sequestrar um embaixador americano? Dizem que ela também já foi terrorista, pelo menos a mídia cansou de dar essas informações. Caso tal fato seja verdade, ela também perdeu a moral de externar seus sentimentos de pesar ao presidente da França.
“Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até ao sábio, e o suborno corrompe o coração.” (Eclesiastes 7:7)
*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMThttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47————————————————-A depressão e o namoro – Flávio Melo Ribeiro*A depressão é um dos estados emocionais que vem aumentando em número e em gravidade na população mundial. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2020 e 2030, a depressão será a doença mais comum do mundo. Atualmente ela atinge mais de 121 milhões de pessoas. É um problema que afeta todas as relações da pessoa, porém esse artigo tratará da relação do depressivo com quem este namora, identificando de que maneira afeta negativamente o dia-a-dia do casal e possíveis alternativas para contornar e superar problemas causados por atitudes inadequadas. O termo “namoro” utilizado nesse texto corresponde a todas as formas de relacionamento amoroso.
Como já vimos em outros artigos publicados no blog flaviomeloribeiro.com.br, a depressão tem como principal característica psicológica a falta de futuro, que acarreta desânimo e desesperança. Essas características afetam diretamente o namoro, pois o humor do depressivo fica rebaixado e este não tem vontade de fazer suas atividades, se afasta dos carinhos e tende ao isolamento. A preferência pela sosinhez é nítida.
Quando procura fazer as mesmas atividades que fazia antes com o parceiro, não consegue fazê-las com a mesma intensidade. Ao se perceber assim, começa a se questionar o que está acontecendo consigo, com seus sentimentos e com o namoro. A preferência pela sosinhez a faz colocar o namoro em questão, porém essa avaliação é viciada, pois está afetada pela depressão (que a faz pensar negativamente). Sem um diagnóstico adequado sobre a depressão, a pessoa pode entender que seu desânimo é causado pelo namoro, e não o inverso: o desânimo do namoro ser consequência da sua depressão.
Essa falta de futuro aparece nas pequenas relações do dia-a-dia. O depressivo realiza as ações sem emoção e, com isso, o namoro começa a perder a graça. A pessoa sente-se como artificial quando antes era prazeroso viver. O cansaço interfere na vontade de fazer algo que implica algum esforço e, quando o casal está afastado, prefere ficar sozinha a querer novamente encontrar o parceiro. Como nessas situações não há uma queda abrupta na depressão, esse estado começa se instalar gradativamente até a pessoa se pegar desanimada e com a certeza de que ficar sozinha é a melhor opção.
*Psicólogo Flávio Melo RibeiroCRP12/[email protected] ———————————————–Joga tudo pro poço – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O poder é a coisa mais intoxicante do mundo; e de todas as formas de poder, a mais intoxicante é a fama”. (Danuza Leão)Ontem estávamos tomando o café da manhã e o Alexandre vestia uma camiseta com os dizeres: “Conferência Estadual dos Pontos de Cultura”. Sorri e não pude me furtar a comentários sobre o poder no poder da República. Durante toda década de 2000, vivemos um dos mais importantes movimentos culturais no Brasil; o movimento dos Pontos de Cultura que abalaram, culturalmente, todo o Brasil. Foi um período muito importante para a cultura no País. Durante as eleições para a Presidência da República, houve um esforço desmedido do pessoal da cultura, para eleger a candidata Dilma. E o pensamento era que ela daria continuação ao programa do Ministério da Cultura nos Pontos de Cultura. O objetivo era que mantivéssemos o Ministro Juca Ferreira para que pudéssemos continuar o trabalho. A Dilma foi eleita, Juca Ferreira substituído pela Ana Buarque e os Pontos de Cultura literalmente jogados no poço.
Terminou nosso café e continuei mastigando o assunto comigo mesmo. Será que a Dilma substituiu o Juca pela Ana porque ela é uma mulher ou porque sabia que ela teria competência para desfazer o que fizemos durante uma década, para o desenvolvimento cultural no Brasil? Sei lá. O que sei é que voltamos à arcaica e doentia cultura da gravata. Uma década não foi suficiente para que os intelectuais entendessem o que os Pontos de Cultura tentavam esclarecer: que a cultura está na raiz da árvore e não no fruto; que ela está nos terreiros mais simples e não em escolas sofisticadas. Num encontro que tivemos, em 2009, com o então Ministro da Cultura, Juca Ferreira, ele nos disse que o objetivo do movimento dos Pontos de Cultura era “tirar a gravata”. Uma das metáforas mais importantes que já ouvi. Nela ele disse o que digo; que a cultura não está nos engravatados, mas nos que sabem pensar o mundo na simplicidade.
Já falei aqui, do dia em que ouvi a Lígia Fagundes Telles dizer que na África cada ancião que morre é mais uma biblioteca humana que se enterra. E são esses cidadãos, independentemente de sua origem, que fazem realmente a cultura que vai para as escolas, quase sempre deturpada. Eram tais conhecedores da vida que ingressaram nos Pontos de Cultura na condição de Mestres Griôs. E que foram banidos do movimento. Pela Ministra Ana Buarque, sem nenhuma satisfação, como se fossem farsas culturais. E enquanto eu continuava pensando, pensei em como a fama difama os realmente famosos que não buscam a fama. Pense nisso.
*[email protected] 9121-1460————————————————ESPAÇO DO LEITOR TEPEQUÉM 1O leitor G.C.M. enviou o seguinte comentário: “A morte do motoqueiro ocorrida durante os festejos da Serra do Tepequém, Município do Amajar, foi uma tragédia anunciada. Um número grande de motoqueiros transitava ininterruptamente, durante toda a madrugada, em alta velocidade, a maioria sem capacete. As famílias que foram à vila no fim de semana, buscando lazer e descanso, depararam-se com uma situação de alto risco, pois ficaram sujeitas a serem atropeladas a qualquer momento pelos motoqueiros. O que nos deixou mais revoltados é que existia apenas uma viatura do Detran para atuar somente no período da noite”.TEPEQUÉM 2O leitor continuou: “O que faltou foram organização, planejamento e logística por parte da administração do Detran. Naquela situação, eram necessários mais agentes revezando 24 horas durante todo o período do festejo. Não havia sequer um caminhão guincho para que os agentes pudessem deslocar as motos irregulares. Neste fim de semana foi um caos para os moradores e turistas que passaram por este constrangimento”.GESTÃOSobre a matéria “Polícia só mudará se sistema for modificado”, o internauta José Orlando Silva comentou: “Já participei de várias tentativas do governo, juntamente com a Polícia Militar de Roraima, com o objetivo de implantar os conselhos de segurança comunitários, mas nunca esta proposta evoluiu. Esperamos que, com estes últimos acontecimentos, a proposta possa ganhar corpo e sair apenas da vontade”.OBRAAnselmo Dorneles escreveu o seguinte relato: “A construção de uma caixa d’água no bairro Cidade Satélite, após ser paralisada, está servindo apenas de encontro de usuários de drogas. A obra, localizada na Rua Josemar Batista de Souza, pelo visto, ainda não será concluída este ano. Com isso, os moradores próximos ao local é que são penalizados com o aumento da criminalidade no bairro”.