Cotidiano

IFRR explica paralisação de obras e afirma que prédios serão demolidos

Por erro na execução do projeto das obras de prédios no Centro e no Pricumã, contrato com empresa foi rescindido

Em relação à matéria “Obra abandonada – Prédio inacabado do IFRR causa transtornos a moradores do Centro”, publicada na edição de ontem, a Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Roraima (IFRR) explicou o motivo que ocasionou a paralisação das obras. A instituição explicou que o contrato com a empreiteira responsável pelas obras foi rescindido, sem que nenhum valor tenha sido pago,  e o prédio deverá ser demolido.

Conforme o e-mail enviado à Folha, a construção da sede da Reitoria, na Avenida Major Williams, no Centro, e também a do bloco do ensino superior no Campus Boa Vista Centro, na Avenida Glaycon de Paiva, no bairro Pricumã, zona Oeste, foram paralisadas por motivo de alteração no projeto original, feita pela empresa construtora durante a execução da obra, o que não é permitido sem autorização prévia pelo contratante.

“As alterações foram detectadas pela equipe de fiscalização do Departamento Técnico de Engenharia e Obras do IFRR. As partes estruturais de ferro e concreto apresentavam detalhes inferiores aos do projeto original. A empresa foi notificada a corrigir o que havia sido alterado e a seguir com o projeto original, mas isso não ocorreu, o que levou o IFRR a rescindir o contrato. A empresa Cenge Construções Ltda., CNPJ n.º 84.034.602/0001-50, foi multada e está impedida de contratar com a Administração Pública”, detalhou.

Segundo a instituição de ensino, foi contratada uma perícia técnica para emissão de um laudo técnico para definir e o futuro das duas obras, o qual apontou que, só para o reforço das ferragens de concreto, seria necessário um custo de aproximadamente R$ 800 mil e, para a demolição, R$ 120 mil, ou seja, seria menos oneroso mandar demolir do que concluir a obra com os devidos reparos.

“O IFRR apresentou o laudo aos órgãos de controle da Administração Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal ( MPF), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Superior do IFRR (Consup) e Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), em Brasília, os quais o orientaram a proceder à demolição”, explicou a instituição.

Está em andamento o Processo n.º 23231.000461.2015-59 para contratação da empresa que vai executar a demolição dos dois prédios. Deve ser dado um destino ecológico aos resíduos da demolição, ao ferro e ao concreto, como previsto no processo.

“Em relação à limpeza do terreno, o Instituto Federal de Roraima realiza duas limpezas por ano no local. No início de 2015, foi realizada a primeira deste ano e, até sexta-feira, 25 de setembro, ocorrerá a segunda. O Instituo Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima pede desculpas aos moradores por qualquer transtorno que tenha ocorrido”, concluiu.