BAR DO CORRIMBOQUE Aonde o torcedor do Flamengo é bem-vindo
Como diz o Hino do time: “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo”, assim repete o Edilson de Melo Galvão, mas conhecido como: “Corrimboque”, em seu Bar e Pastelaria na Avenida das Flores, no Bairro Pricumã. Ele é um dos mais ardorosos torcedores do Flamengo, e no seu Bar se reúne em dias de jogos, dezenas de torcedores como ele a gritar: “Meengôô!”, todas as vezes que o time faz um gol contra o adversário. O local há muitos anos se tornou um ponto de encontro dos “rubros-negros”, como são conhecidos. Há até uma Placa, com um Aviso: “Jogo de Flamengo, no Bar do Corrimboque, somente para Flamenguistas.”
O apelido “Corrimboque” recebeu do seu tio que também é chamado assim. Mas, o que vem a ser o Corrimboque? É um pequeno reservatório oco elaborado da extremidade do chifre de caprino ou de ovino, feito de formato piramidal, com tampa, em que é colocado o tabaco ou rapé que é produzido a partir do fumo de rolo “torrado” em panela de barro ou de alumínio. Os usuários aspiram esse pó e o argumento é que serve para resfriados, sinusites, gripe, etc. No entanto, quem não é acostumado com o uso, certamente terá crise de espirros causada pela ação do pó impregnado na mucosa nasal.
O Edilson de Melo Galvão é boa-vistense, filho do casal: Nelson Cardoso Galvão e de Júlia Melo Galvão. Ele nasceu no dia 17/07/1946 e, na juventude estudou na Escola Lobo D`Álmada e no Ginásio Euclides da Cunha, onde cursou até o equivalente ao 1º ano do Ensino Médio. Depois, por necessidade, passou a trabalhar como vendedor de picolés e de bombons, diante do antigo Cine Boa Vista, na Avenida Jaime Brasil. Outras vezes vendia Bolos, num tabuleiro de madeira, pela “zona proibida”, como era chamada a Rua Antonio Bittencourt (aquela que fica entre a Rua Benjamin Constant e a Avenida Getúlio Vargas, chegando no Supermercado DB).
Mas, ele era um menino peralta, dava trabalho aos pais, quando se juntava aos amigos Tadeu Terêncio, Waldir Xaud e outros, quando iam às festas daquela época.
Em 1970, já adulto, o Edilson foi para Georgetown, capital da Guiana, onde passou a trabalhar no escritório do Jonas Dias e José Francisco, com compras e vendas de diamante e ouro. Foi um tempo bom para ele, ganhou dinheiro e casou-se com a senhora Fawzeia (pronuncia-se: “Fáusia”) de Melo Galvão, com a qual tem a filha Adriana de Melo Galvão (trabalha no Tribunal de Contas do Estado de Roraima-TCE).
O Edilson retornou a Boa Vista e passou a trabalhar na construção civil, inclusive na construção do Aeroporto de Boa Vista, depois passou a trabalhar no Bar “Barracão”, situado na Rua Professor Diomedes, de propriedade do senhor José Bento de Pinho. Nesta época, o Edilson gostava (e, muito) de tomar bebidas alcoólicas, o que vinha lhe causando problemas de saúde e, em determinado momento e por circunstância familiar, parou de beber.
E, em 1975, junto à esposa, montou um Bar. Dali em diante, ele passou a vender, mas não mais a consumir bebida alcoólica. Assim, aproveitando o terreno defronte à sua residência na Avenida das Flores, no Bairro Pricumã, eles construíram o prédio do “Bar e Pastelaria Corrimboque”, um dos mais famosos e conhecidos pelos torcedores do Flamengo e pelas famílias também rubro-negras, que fazem a festa nos dias de jogos do time.
Hoje homenageamos o Edilson de Melo Galvão, o “Corrimboque”, gente da nossa gente, e que faz parte da nossa história.