Bom dia!

Quando estiverem concluídos estudos do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), que torcemos que possa ocorrer o mais breve possível, restará provado que Roraima é decididamente, gostemos ou não, um Estado ambientalista/indigenista. Afinal, dos mais de 22 milhões de hectares da superfície estadual, restará algo em torno de 2 milhões de hectares disponíveis para o uso econômico tradicional. Ou seja, é o máximo que os roraimenses disporão para plantar grãos e frutas. Inclusive o espaço destinado à criação de gado bovino.

Esta realidade, a ser revelada pelos números do ZEE, indica que é preciso criatividade para viabilizar economicamente o Estado com mais de 90% de seu território destinado a terras indígenas e à unidade de conservação ambiental. Para que se tenha uma ideia da exiguidade dessa superfície disponível para produção agropecuária em Roraima (2 milhões de hectares), basta lembrar que, no Mato Grosso do Sul, a área plantada só com soja ultrapassa 6 milhões de hectares. Aqui, com menos de um terço, somos desafiados a tornar Roraima viável como unidade da federação brasileira.

ALTERNATIVASA pequena área disponível para produção agropecuária em Roraima impõe que a alternativa agropastoril a ser resolvida no Estado tem que ser baseada em agricultura de alta precisão e que a produção dela decorrente tenha que ser contemplada com agregação de valor econômico. Além do mais, é preciso criatividade para perceber que o desenvolvimento do estado não pode ficar restrito à questão agropecuária. É preciso, por isso mesmo, pensar seriamente na alternativa da industrialização e da prestação de serviços.

LIMINARInformações colhidas nos bastidores da política local pelas poderosas antenas da Parabólica indicam que dificilmente a bancada governista na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) obterá consecução de liminar junto ao Poder Judiciário para anular a aprovação da Lei Orçamentaria Anual (LOA) do Estado para 2016. Os governistas entraram com esse pedido de medida judicial junto ao Tribunal de Justiça do Estado.

OITIVAPor sorteio, a relatoria do Mandado de Segurança que os deputados governistas impetraram junto ao TJRR caiu nas mãos do desembargador Leonardo Cupello. Antes de julgar o pedido de liminar, o desembargador pediu a manifestação da própria Assembleia Legislativa e do Ministério Público do Estado. A posição da Assembleia já se sabe e a do MPRR, segundo fonte da coluna, vai ser pelo arquivamento do pedido.

REPERCUSSÃOA matéria divulgada ontem, pela Folha, sobre a perspectiva de recebimento de um maior volume de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), teve grande repercussão na política local. Nela, a repórter Vanessa Vieira entrevistou o ex-secretário de Planejamento, Haroldo Amoras dos Santos, que disse da possibilidade de o Estado ganhar novos recursos daquele fundo por conta da mudança de metodologia do cálculo do coeficiente de cada Estado. Roraima sairá beneficiado com o novo cálculo.

FPMAs mudanças na metodologia de cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) não trazem qualquer influência no cálculo da distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Para este, continuam valendo os mesmos critérios anteriores. No caso do Município de Boa Vista, uma medida judicial de natureza liminar garante ao município receber o FPM segundo os mesmos índices que prevaleciam em 2006.

RÁDIO FOLHAA Rádio Folha AM 1020, do Grupo Folha de Comunicação, decidiu não renovar o contrato de afiliação com a Rede Panamericana de Rádio (Jovempan). A diretoria da emissora tomou essa decisão porque as novas exigências levariam a emissora a renunciar toda a programação local, com exceção de duas horas permitidas para o jornalismo. Por conta dessa decisão, a Rádio Folha deve, nos próximos dias, anunciar uma ampla reforma de sua grade de programação.

UFRR 1A administração gerida pela reitora da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Gioconda Martínez, divulgou o Relatório de Gestão e Catálogo de Obras 2012/2015. Os números são expressivos, a começar pelo orçamento anual que, na esfera federal, é o maior do Estado, após o Governo de Roraima e a Prefeitura de Boa Vista, totalizando R$ 220,5 milhões.

UFRR 2São cerca de nove mil alunos matriculados nos cursos de ensino básico, técnico, de graduação e pós-graduação. O corpo de funcionários é de 966 servidores efetivos, dos quais 587 professores e 379 técnicos administrativos. Do total de professores 460 (78,36%) têm doutorado e mestrado, sendo 205 (39,92%) doutores e 255 (43,44%) mestres.

UFRR 3Atualmente são 50 cursos ofertados, sendo 29 bacharelados, 20 licenciaturas e um tecnológico em três campi: Cauamé, Murupu e Paricarana. A UFRR também oferta 10 mestrados, sendo oito acadêmicos. Em 26 anos de existência, são mais de seis mil alunos formados nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado.