Saúde e regalos sob pedais – Tom Zé Albuquerque*
A cada dia nos deparamos com mais e mais pessoas praticando esportes. Impressiona quão lotadas estão as ruas, as academias, as praças com gente das mais diversas idades, classes e raças exercitando o corpo. Uma atividade nesse arcabouço, porém, merece destaque: pedalar em bicicletas.
Nesta década, o sedentarismo cruel que provoca tantas doenças – entre elas as crônicas: obesidade, colesterol alto e hipertensão – está sendo massacrado pela iniciativa de uma crescente parcela da sociedade em mudar seu ritmo de vida, vislumbrando quase sempre uma velhice sem traumas ou distorções físicas e mentais. Henry Hells já defendia que “Sempre que vejo um adulto de bicicleta, volto a confiar no futuro da raça humana”. O uso das bicicletas, por muito tempo usadas para brincadeiras pueris ou meio de transporte especialmente para uso no trabalho, de alguns anos para cá tem sido tratado como atividades física e de lazer que trazem diversos benefícios físicos, psicológicos e emocionais, conquanto, seu objetivo maior visa dispor qualidade de vida.
Segundo o treinador de ciclismo, Marcos Reis, o ciclismo “como atividade aeróbica, gera perda de peso, ajuda a equilibrar a pressão e os níveis de triglicérides. Também trabalha equilíbrio e confiança, além de relaxar e combater o estresse. Praticada com bom senso e na medida da forma física de cada um, a atividade quase não tem restrições”. Seja um breve rotineiro passeio, seja no divertimento em família, ou em uso cotidiano, os resultados positivos na saúde do praticante são surpreendentes. Nada obstante não haver substanciais restrições para a prática do ciclismo, imprescinde desempenhar esse esporte um exame clínico prévio, primordialmente cardiológico e ortopédico, com o fim de atestado à aptidão compatível ao ritmo do adepto e, por conseguinte, a sua segurança imperiosa para a evolução dos exercícios.
Para se ter ideia, uma subtil pedalada queima cerca de 400 calorias a cada hora. Raramente uma atividade aeróbica e com baixo impacto nas articulações gera tão positivos resultados à saúde. Há quem prefira a prática em bicicletas ergométricas ou em aulas de spining em academias, mas não há réstia de dúvida que o uso da bike nas ruas, ao ar livre, em terreno e imagens distintas, o resultado é absurdamente mais benéfico, sobremaneira pelo equilíbrio, reflexos e reação exigidos. Ressalte-se, entretanto, a imprescindibilidade de se pedalar sempre equipado; os objetos de segurança mínimos para o condutor e bicicleta, tais como: capacete, óculos luzes dianteira e traseira, buzina… dão tranquilidade e confiança ao praticante.
Ademais, a prática do ciclismo é deveras útil para a sociabilização das pessoas (seja através de grupos formais ou esporádicos), ao que contribui sensivelmente com a redução da ansiedade, diminuição da letargia e prevenção para a assombrosa depressão. Pedalar é revitalizar, é se manter equilibrado e móvel, é dar novos saltos, desvendar novos cenários; como disse Charles Schulz: “A vida é bicicleta com câmbio de dez velocidades. A maioria de nós tem marchas que nunca usamos”.
*Administrador
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Dádivas que vêm da dádiva – Afonso Rodrigues de Oliveira
“A felicidade está onde nós a pomos, e nem sempre a pomos onde estamos”. (Vicente de Carvalho)
Dádiva é essa coisa que vem do céu quando você a merece. Momentos divinos que fazem de você uma pessoa digna de você. Na medida em que ela cresce, crescem as dádivas que você contrai, cada vez mais, de acordo com seu merecimento. Dádivas acumulam-se e fazem você se sentir mais feliz e comprometido com o amor; demonstrações de carinho que podem vir sutilmente ou de maneira aberta, franca, tanto faz. O que importa é que elas trazem, sempre, a felicidade. Em abril de 2004, eu ainda não conhecia meu neto Iago. Ele tinha, então, um ano e meio de idade. Vez por outra os pais dele ligavam pra mim, em São Paulo; colocavam-no ao telefone e ele gritava:
– FôOoonso… tchau!…
Nem me dava tempo para responder ao cumprimento. Mas sabe Deus o quanto eu me sentia feliz. Aquele dia de abril era o dia do meu aniversário. Nove horas de uma manhã friinha e gostosa. Alexandre na faculdade, Salete lá fora, comprando alguma coisa e eu em casa, lavando a louça do café. A campainha da porta tocou. A portaria do prédio não me avisara da chegada de alguém. Abri a porta. Cara, dei de cara com os três. O Magno, a Lyres e o Iago. Meus susto e alegria só foram superados pelos da Salete quando ela chegou. Combinamos e os três se puseram no meio da sala enquanto eu abria a porta.
Quando os viu, a Salete ficou uns trinta segundos esperneando e gritando no meio da sala com os braços abertos. Foi um dia memorável. Um aniversário que jamais esquecerei. Os três saíram de Boa Vista sem me avisarem exatamente para a surpresa.
Já em Boa Vista, em outro meu aniversário, um ano mais velho, eu deveria estar mais experiente. Mas acabei caindo, novamente, na armação da surpresa. Já era noite quando a Salete armou a cilada. O Rômulo saiu para a rua, como de costume, o Marco retirou-se com a família e a Salete me convidou para ir comer uma pizza com o Magno e família, numa pizzaria. Saí amuado porque desconfiava que estávamos jogando o Marco para escanteio, não o convidando para a pizzaria. Mas, levaram-me para a casa do Magno, onde todos eles me esperavam. Uma cilada e tanto. Era gente pra dedéu. Tinha até um bolo que não cabia setenta e duas velinhas. Aí, colocaram uma só. Daquelas que soltam faíscas. Foi superlegal.
Estou curtindo aqueles momentos porque estou feliz com eles, e alegre com as dádivas da vida. Faça isso com sua família. Ame seus filhos e ame mais ainda seus netos. Eles são o fruto da semente que você plantou, e trazem a felicidade que você merece. Pense nisso.
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O sonho e o planejamento – Flávio Melo Ribeiro* O sonho é o desejo de que algo se realize. Planejamento é o delineamento de como alcançar esse desejo e concretizar a realização. Isso explica porque a maior parte das pessoas não realiza os sonhos idealizados no réveillon. A maior parte das pessoas não ultrapassa o sonho para o planejamento e, não o escrevendo, a possibilidade de fracasso é enorme.
Todo planejamento se inicia com o desejo de realização de algo, de a pessoa alcançar no futuro o que ela idealizou. Inicialmente se escolhe um objetivo que, uma vez atingido, alcance o sonho. Mas como chegar no objetivo? Desdobrando-o em metas e ações necessárias e suficientes para alcançá-lo. Alguns cuidados precisam ser tomados: as metas precisam ser quantificadas, preferencialmente em tarefa e tempo. Por exemplo, ler vinte livros em seis meses. Quantifica-se a meta em pelo menos dois indicadores para poder acompanhar e avaliar se está indo na direção do objetivo e se o que está sendo feito é suficiente. Uma vez avaliado, pode-se corrigir o que for preciso. Outro cuidado: as ações precisam ser muito bem definidas, com responsável, calendário, metodologia e recursos necessários para realização da mesma.
Mas esses cuidados são tomados? Geralmente não. Comumente as pessoas têm boa vontade, até prometem que vão cumprir o que desejam, mas pouco fazem para manter o foco. O ano passa e novamente, às vésperas do ano novo, fazem nova reflexão de como foi o ano, fazem críticas do que não fizeram, mal se lembram das promessas do ano anterior e, novamente, listam os novos desejos. Essa é a grande diferença entre as pessoas que fazem e as que constroem.
Ambas podem ter boa vontade e trabalhar muito, mas as que apenas fazem não mantêm o foco, não distinguem o que é importante do que é urgente, vivem “apagando incêndios” em vez de planejarem para não ter retrabalho e conseguir o máximo de eficiência nos seus projetos. Mas não é apenas a capacidade de montar um planejamento, ou mesmo de visão do querem, que distingue alguém que constrói de alguém que faz. É uma diferença de personalidade. Mas essa personalidade pode ser aprendida. Procure ajuda caso você queira compreender mais. PsicólogoCRP12/[email protected]
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HONRA E HÁBITOS – João Silvino*
Hábitos e fatos existentes em nossa vida são essencialmente necessários. Trocamos a roupa suja que usamos de um dia para outro, por outra mais limpa, uma roupa velha por outra novíssima na medida do possível. Livramos-nos de algumas amizades, quando descobrimos falsidade, que esta trabalha exclusivamente para a maldade. Mudamos de ideia, quando erramos feio e para não sofrermos outras novas consequências. Quando alguma alimentação que consumimos esteja nos fazendo mal, deixamos de comer para não morrermos pela gula. Sacrificamos alguma diversão às vezes, por medo de saímos de casa.
Estes e outros hábitos são quase automáticos, menos a honra, um dom natural para poucos. Se tivermos compromissos com a honra, não devemos jamais retroceder. Uma pessoa de palavra firme é considerada nobre. Quem empenha a palavra e não a cumpre é desconsideradamentepessoa. A firmeza da palavra é o maior dos diplomas acadêmicos que alguém possui. Mudamos de atitude, mas não de personalidade. Mudamos de religião, mesmo sabendo que Deus é um só para quem merece, mas nunca trocamos a honra. Quando desrespeitamos os compromissos assumidos é porque somos enganadores.
Podemos enganar uma comunidade, um bairro, uma cidade, um Estado, um país inteiro, mas enganar a Deus é impossível, pois somente ele é capaz esaberá com honra nos mostrar ocaminho da nossa própria desgraça.
*Síndico Santa Rosa/Guarujá/SP
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ESPAÇO DO LEITOR
FALTA DE ÁGUA 1A moradora de Rorainópolis Francisca Alves Rodrigues Silva denunciou à Folha que o bairro onde mora, o Novo Horizonte, está há quatro meses sem fornecimento de água. “Denunciei a situação no início da semana e a Caer informou que não tinha recebido nenhuma reclamação de desabastecimento no bairro”, relatou. Segundo ela, até agora a situação não foi resolvida.
FALTA DE ÁGUA 2Na outra ponta do Estado, em Pacaraima, a reclamação é a mesma: falta de água. “Moro em Pacaraima e já estamos há oito dias sem água em uma quadra no bairro Monte Roraima. Os moradores da rua Anel Viário já foram reclamar, pois a conta chega todo mês, mas os serviços não são prestados”, denunciou a leitura Rosanir Rodrigues Pinho ([email protected]).
HIDRÔMETROSO leitor Nilson Avelino ([email protected]) denunciou à Folha que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) atrasou a leitura dos hidrômetros para cobrar a conta já considerando o novo aumento. “A média de leitura ficou em 35 dias e o valor da conta veio um absurdo”, reclamou.
LINHÃOSobre a ação que o Ministério Público Federal no Amazonas ingressou questionando a carta de anuência para a construção do Linhão de Tucuruí, o internauta Antônio de Oliveira comentou: “Lamentável! Como o Estado de Roraima irá progredir com este impasse e sair do isolamento? Problema este que era para ter sido resolvido na época do governo militar. Somente as regiões sul e sudeste são beneficiadas com o desenvolvimento e a Amazônia fica esquecida, com justificativas de impactos ambientais, áreas indígenas. Todos os povos da Amazônia poderiam viabilizar o progresso, ressalvando o menor ou nenhum dano ao Meio Ambiente”.