Opinião

Opiniao 01 02 2016 1994

QUEREMOS CHUVA – Vera Sábio*

“Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.” (Mateus 7,7)

É difícil considerar todos seres humanos, no instante em que percebemos que a ambição retira a essência e a noção do quanto precisamos nos tornar unidos.

Estamos sem tempo para esperar para depois, para ficarmos na mesmice de antes, confiantes que o que tiver que ser será. Afinal muita coisa não deveria estar da forma que está e os responsáveis por tudo isto somos nós mesmos.

Ai lhes pergunto:

-Quem é ser humano suficiente para, não somente assumir a culpa e ficar de braços cruzados, mas principalmente arregaçar as mangas e dar o passo necessário para reverter tantas tristes situações.

Moramos em uma terra riquíssima que a cada dia enriquece mais outros países, enquanto a população definha pelo ralo da corrupção.

E isto se reverte contra a nós de todas as maneiras possíveis, inclusive pela falta de chuva de uma região, no instante em que outra se acaba em água.

Assim chegamos ao momento crucial, onde só nos resta clamar a Deus que nos envie uma chuva abençoada, pois ser humano é isto mesmo. É reconhecer limitado e incapaz de todas as decisões sozinho.

A união ainda continua sendo a melhor maneira.Unidos poderemos tirar do poder aqueles que estão acabando com a pátria.Unidos nossas orações terão mais forças e Deus com certeza iluminará nossos passos, nossos pensamentos e nossas decisões para que sejamos melhores e façamos um mundo melhor.Unidos haverá menos desigualdade social, mais fraternidade e condições necessárias para reviver o mundo que se tornou imundo.

A seca de solidariedade existente nos corações individualistas é parecida com esta seca tremenda que deixa os campos desertos, queimados e improdutivos.

Porém para irrigarmos quaisquer locais, teremos que clamar, orar, renunciar, perdoar e doarmos nosso ser para que seja inundado pelo Espírito de solidariedade, amor e paz; o qual transbordará em chuvas de bênçãos a todos nós.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. 991687731 ———————————————- Honestidade sem alma viva – Tom Zé Albuquerque* O ex-presidente Lula promoveu para a sociedade inteligente mundial mais um ato cômico ao se intitular como um intocável homem honesto, nunca abaixo de qualquer outro brasileiro, quando se trata de probidade. “Não existe viva alma mais honesta do que eu nesse país”, delirou o ex-presidente.

Antes eu acreditava que o Lulão era um alienado que fora jogado de um lado para o outro por um grupo de patifes com interesses escusos de tomada do poder. Mas com o tempo vi que o petista-mor não é bobo, e até é pós-graduado em matéria de cinismo. Atualmente ele está sendo investigado por uma série de envolvimentos em corrupções, nada tão simples quanto ao usufruto da casa do sítio de Atibaia e do triplex com elevador particular e mobília de quase R$ 400.000,00 que, embora o porteiro do prédio saiba, os vizinhos saibam, o segurança saiba… mas o presidente honesto não sabe sequer que lá esteve.

O jornalista Josias de Souza detectou que “Lula é o político mais honesto que Lula conhece”, e que este fatiou o Brasil com Calheiros, Collor, Barbalho, empreiteiros e formou um bando para praticar vilanias no país, desafiando a justiça com sua tradicional arrogância que “não há no Brasil nenhum delegado ou promotor no Brasil com coragem suficiente para dizer que ele cometeu algum ato ilícito”. Josias teme que se espalhe no mundo a notícia que foi inventada no Brasil a vacina contra a honestidade, graças ao fato de termos em nosso país o expoente de honestidade. Enquanto a Argentina tem o papa, nós temos o homem mais honesto de todos.

O governo Lula está enrolado com o mensalão, com a organização do cartel da Petrobras, anistias nebulosas, influência em licitações e outras traquinagens, mas mesmo assim ele se promove como homem de limpeza e integridade cristalinas. A sua cria, Dilmona, alega que o que atrapalhou a gestão do presidente Lula foi o excesso de virtudes dele. Considere-se que um dos braços fortes deste governo é o envolvido no escândalo do dólar na cueca. O deboche dos petistas não tem limites. O ex-presidente anjinho alega que no governo petista foi o tempo no qual mais se investigou. Mas fica a pergunta… será que havia no passado corrupção a granel com atualmente há? A fartura de fraudes, apropriações indevidas, desvios, jogos de influência, propinagens existiam nessa monta ao ponto de tanta esculhambação estar às escâncaras?

No mesmo tom, o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró (nomeado pelo PT), atualmente preso na carceragem da Polícia Federal, após saber que o ex-presidente Lula havia declarado não existir viva alma mais honesta do que ele, não deixou barato, dizendo que: “Se não há ninguém mais honesto que o Lula, gostaria também que fosse declarado não haver ninguém no mundo mais bonito do que eu.”

Quando uma pessoa com a sordidez do ex-presidente afirma não haver homem mais honesto que ele “…nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica, ele idiotiza a ala racional de nosso país. O jornalista Augusto Nunes explicitou que “O ex-presidente nasceu desprovido do sentimento da honra, nunca rimou com seriedade, inspira tanta confiança quanto um hipnotizador de circo mambembe, desconfia que escrúpulo é nome de inseto, é mais parcial que torcida organizada, mente como Dilma Rousseff, é tão virtuoso quanto Rosemary Noronha e acha que decência é coisa de otário. Para o homem que liderou a execução do projeto criminoso de poder, o único pecado mortal é perder eleição. A eternidade no poder é o fim que justifica todos os meios ─ do furto do cofrinho da bisavó à venda da mãe em suaves prestações.”

O que se sabe é que o Brasil está declinando velozmente no ranking mundial sobre a corrupção. A respeitadíssima Organização Internacional em defesa da transparência, justiça, democracia, integridade e combate à corrupção, TransparencyInternational (http://www.transparency.org), apontou que o Brasil, em 2015, passou a ocupar o 76° lugar no índice de países mais corruptos do mundo, atrás de – pasmem – Trinidad and Tobago, Mongolia, El Salvador e até Cuba. Como o Lulão já bradou que tem preguiça de ler, fica difícil exigir dele acesso a dados científicos para evitar contradições tão aberrativas. *Administrador ——————————————— Andar por andar, andar, andei – Afonso Rodrigues de Oliveira* “O mundo do comportamento humano é uma das poucas áreas que continua a operar com teorias e informações fora de moda”. (Anthony Robbins) Ultimamente tenho matado bem minhas velhas e carcomidas saudades. Sempre que fico muito tempo longe de São Paulo fico meio fora de forma. E quando chego por aqui boto pra fora velhos e saudosos costumes, no caminhar por essa cidade gigante e acolhedora. Nos últimos dias caminhei muito pelas areias das praias no litoral sul do Estado. Matei as saudades de Ilhabela, São Sebastião e, sobretudo, a querida Praia das Cigarras. Andei por andar. Os velhos e costumeiros papos divertidos. Mas que não são coisas de idades avançadas. Se fosse eu não faria parte deles. Você sabe disso.

De volta a Sampa, voltou o velho hábito de olhar a cidade, pela janela do apartamento. E lá estavam eles. Aqueles dois garotos de bronze, abraçados, em frente ao velho e saudoso Fórum João Mendes. Aí deixei os pensamentos passearem pelo calçadão do Fórum, e eles me levaram aos velhos tempos em que conheci aqueles dois garotos. São um jornaleiro e um engraxate. O engraxate com a caixa de engraxar pendurada pelo ombro e o jornaleiro com um chapéu estilo Candinho. Bem à moda do tempo em que eles foram postos ali. E já que estava em Sampa, lembrei-me do Laudo Natel que, quando governador do Estado disse, certa vez: “Saudade é a presença da ausência”. Sorri e continuei olhando para aquele ambiente.

Confesso pra você que não tinha intenção de falar daquela estátua, hoje. Mas não resisti, quando, pela manhã, olhei para o Fórum e vi os garotos ali. Nós, eles e eu, temos certa convivência que se arrasta desde o início dos anos cinquenta. E essa relação se arrastou. Foi já no início da década dos dois mil que, um dia, acordei e eles não estavam lá. Um temporal, à noite, derrubou árvores e uma delas derrubou os garotos. E eles sumiram. Até que um dia, entrei no Fórum e os vi jogados ao pé da parede, e a mão do jornaleiro estava cheia de moedas. Fiquei sem saber se ria ou se me revoltava com descaso. Ainda bem que não ri, porque pouco tempo depois, eles voltaram ao seu velho lugar, e sempre os cumprimento, quando passo por lá. Só não sei é por que eles não sorriem pra mim quando sorrio pra eles. Mas faz parte de vida.

Ainda há pouco fiquei olhando para o movimento de rua num domingo e nada mudou por aqui. Tudo indicando que a mente humana não consegue sair do passado. Até mesmo quando tenta viver o presente, vive seguindo modos, modelos e hábitos do passado. E eu estou nesse barco furado. Deu pra perceber, não deu? Pense nisso. *[email protected]

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ESPAÇO DO LEITOR

INTOXICAÇÃO 1Alunos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) denunciaram à Folha que, após refeição no Restaurante Universitário do campus Paricarana, na quinta-feira, 28, passaram mal. “Nesta última semana, o RU passou dos limites. No início da semana, os alunos postaram fotos de refeições do RU com larvas e insetos e nada foi feito. Na página ‘Acadêmicos da UFRR’, e até na página oficial da UFRR, no Facebook, há postagens sobre o assunto”, relatou um dos denunciantes.

INTOXICAÇÃO 2“Na quinta-feira, dezenas de alunos foram parar no Hospital Geral e nos postos de saúde para serem medicados e receberem soro. Vários relataram diarreia, febre, enjoo, vômito e dores abdominais. A comunidade não aguenta mais tamanho descaso. Foi feita denúncia na Central 156 e estamos aguardando retorno”, denunciou, afirmando que, pelo menos, 50 alunos estariam com intoxicação alimentar.

ADERRTodos os dias chegam à redação da Folha denúncias contra a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), a maioria sobre diárias pagas indevidamente. “Estão pagando diárias para pessoas trabalharem nas barreiras de fiscalização da Aderr. Essas pessoas são técnicos da Agricultura que não têm perfil de fiscal. Enquanto isso, os concursados da Agência não estão recebendo insalubridade desde março do ano passado”, afirmou um leitor em uma das denúncias anônimas encaminhadas à redação.

KARTÓDROMOUm leitor, que pediu para não ser identificado, reclamou do fechamento da pista de kart recém-inaugurada no Parque Anauá. “O kartódromo foi reativado no fim do ano passado. Fui lá esta semana e estava fechado, com uma corrente e cadeado. Não podemos usar o kartódromo?”, questionou.