O trânsito é o responsável pelo maior número de óbitos de crianças por acidentes no país.
Indiscutivelmente, os pequenos são mais vulneráveis aos perigos do sistema viário: eles podem estar desacompanhados de um adulto no trânsito; têm dificuldade de julgar tempo e distância, consequentemente a velocidade dos carros; têm pouca experiência no trânsito; por sua pequena estatura podem não ser vistos pelos motoristas; misturam imaginação com realidade sendo capazes de acreditar que um carro pode parar instantaneamente à sua frente; não distinguem a direção do som; por ter a visão periférica limitada, não conseguem ver um carro que vem pela lateral.
Em 2013, segundo o Datasus, 1.791 crianças de até 14 anos morreram vítimas do trânsito.
Deste total, 30% corresponderam aos atropelamentos, 30% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 9% como passageira de motocicleta, 6% na condição de ciclista e os 25% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.
Além das mortes, 14.150 crianças foram hospitalizadas vítimas de acidentes de trânsito.
Contexto dos acidentes
Os acidentes de trânsito e todos os outros acidentes somados representam a primeira causa de morte e a terceira de hospitalização de crianças de um a 14 anos no Brasil.
O acidente é uma séria questão de saúde pública que pode ser solucionada em 90% dos casos com ações de prevenção como a disseminação de informações sobre o tema, mudança de comportamento, políticas públicas que assegurem infraestrutura e ambientes seguros para o lazer, legislação e fiscalização adequadas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 122.590 crianças foram hospitalizadas, em 2014, vítimas de acidentes e 4.520 morreram, em 2013.
Ao sofrer um acidente grave, a criança pode ter sua vida interrompida ou seu desenvolvimento saudável totalmente comprometido.
No mundo, 830 mil crianças morrem, anualmente, vítimas de acidentes, segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, da Organização Mundial da Saúde e UNICEF, que também relata que milhões de crianças vítimas de acidentes não fatais necessitam de tratamento hospitalar intenso e adquirem sequelas – físicas emocionais e sociais – por toda a vida.