A vida de um graduando – Emanuel Rabelo*
O excesso de leitura e o gasto financeiro e mental que a universidade me proporciona já me deixaram esgotado. Já acordei tantas vezes sem vontade de ir à aula. Foram muitas vezes. Eu dormi, acordei, fiquei deitado e pensando. Demorei e me levantei mesmo assim. A partir dos anos 2000 até os dias de hoje, ter uma graduação não significa garantia de emprego para o mercado de trabalho do mundo contemporâneo em que nós vivemos.
Muitas pessoas, depois de concluírem o ensino médio, procuram diretamente concursos públicos ou emprego em repartições privadas com apenas um curso técnico que se equipara com questão de valorização salarial e profissional diante vários cursos. Ter uma graduação hoje não significa mais empregabilidade, além de trazer muito mais stress durante a jornada no ambiente acadêmico.
A vida do graduando é difícil, principalmente para aqueles e aquelas que dependem dos auxílios universitários que geralmente não dão para bancar quase nada com as despesas. Tem que se observar também nos espaços acadêmicos que o tratamento do graduando da universidade pública é completamente diferente do da universidade particular, em especial, quando se fala em apoio e ajuda das mais diversas situações.
Outro ponto que pode ser ressaltado na vida do graduando é a disponibilidade de tempo por conta de trabalhos externos. Muitas universidades, principalmente as públicas em geral, exigem praticamente de uma dedicação exclusiva do discente, tanto para fins didáticos como para científicos. E, em sua maioria, os cursos de graduação das universidades são em horário e acaba ocasionando uma sobrecarga aos graduandos e como consequência uma evasão em massa dos cursos.
Muitas pessoas falam também com relação à faculdade que ”é fácil entrar e difícil é sair”. Eles não estão errados, muitos acadêmicos não conseguem concluir o curso justamente pelo tenebroso TCC(trabalho de conclusão de curso), que exige tempo, dedicação e muita força de vontade. Todavia, é apenas uma iniciação para quem sabe futuras pesquisas de mestrado e doutorado do aluno.
Enfim, a vida do graduando não está nada fácil no Século XXI, graduação não significa mais tanto prestígio na sociedade, além de ser um estilo de vida extremamente cansativo. Não é para tanto, são praticamente 4 a 6 anos dedicados aquilo que pode ser a profissão da sua vida. Porém, apesar das diversidades, tudo que se planta, se pode. Então, mesmo assim, eu levantei e fui para a aula.
*Aluno do curso de História da UFRR
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O sim de Maria – Vera Sábio*
Sempre questiono a respeito de como fazer novas amizades. Será que em primeiro lugar você conhece aquele com quem irá se relacionar? Ou primeiro você confia e se aproxima do outro? Todos já ouvimos falar sobre o nascimento de Jesus e como Maria simplesmente confiou, sem outros questionamentos, não tentou e nem teria como conhecer Deus para depois confiar. Pois, se fosse assim, Jesus não haveria nascido até hoje.
“senhor faça-se em mim, segundo a sua vontade”. Este versículo exposto de várias formas nos evangelhos dá-nos um exemplo de amor incondicional, doação, entrega e infinita confiança. Entre adultos, ao haver uma aproximação, interroga-se tudo a respeito do outro. Queremos conhecer, saber sua origem, onde trabalha, onde estuda, o que gosta, com quem convive etc. Depois de um minucioso questionário, começamos a confiar e revelar quem somos, o que por vezes acaba a amizade.
Primeiro é preciso confiar. A criança brinca com o coleguinha o dia todo, divide seus brinquedos, coloca sua intimidade e, muitas vezes, quando nós adultos perguntamos como seu amigo se chama, a criança sequer sabe o nome dele.
“Só é possível entrar no reino dos céus, quem for como as crianças”. Maria era uma criança, uma menina pura, amável, obediente e cheia de fé em Deus. Tanta fé capaz de entregar sua vida para que o reino dos céus entrasse nela.
Portanto, independente da religiosidade que pratique, se és Cristão, saberá que Jesus teve uma mãe e foi graças a ela que Jesus se tornou homem e habitou entre nós. “O Espírito de Deus pousou sobre ela, e o filho que ela teve é filho do Altíssimo”.
Que confiança e em um tempo em que mãe solteira era facilmente apedrejada. Que doçura ao verificar nossas angústias em nos revoltar com coisas que não estão em nosso alcance. Que ternura, em acolher sem se importar com as dificuldades que a falta de recursos, proporciona no cuidado com um filho. Que fé ao entregar seu futuro a Deus, em um mundo tão destorcido pela disputa pelo poder mundano.
Que amor, ao aceitar os planos de Deus, mesmo sem saber que planos eram aqueles. Mas com sua entrega trouxe-nos o salvador. Pedindo sempre que nós fizéssemos tudo aquilo que Jesus dissesse. Portanto, Maria filha de Deus pai, mãe de Deus filho e esposa de Deus espírito. Rogai por todos nós.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 99168-7731
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Tempo de mudanças – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Há momentos na vida que para você ser o mesmo tem que mudar”. (Leonardo Boff)
Nós vivemos num mundo em constante e permanente mudança. E querendo ou não, temos que mudar. Só que ainda não aprendemos a mudar. E pelo que temos observado ainda não aprendemos nem mesmo a observar. Ainda não aprendemos a observar a nós mesmos. Ainda não aprendemos a pensar; o que nos impede de saber viver. Então vamos acordar e nos olhar no nosso espelho interior. Procure ver no que você mudou nos últimos dias. Observe as coisas ao seu redor. É nas diferenças que você vai perceber nas coisas, que você vai ver o quanto você mudou. Porque a beleza e a feiúra estão em nosso modo de ver as coisas.
Se somos o que pensamos, devemos cuidar dos nossos pensamentos para que sejamos o que queremos ser. E o que devemos ser é diferente do que somos. E aí não podemos nem devemos ignorar o Victor Hugo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”.
De acordo com “A Astrologia Espacial, o dia hoje já não tem mais vinte e quatro horas. Ele não vai além de dezessete horas e quarenta e cinco minutos. E se á assim, estamos caindo na ilusão de estar vivendo mais.
Mas isso é uma história aparentemente complicada. Vamos deixá-la pra depois, se isso interessar a você. O importante no momento é que prestemos mais atenção aos acontecimentos do nosso dia a dia. Eles já não são mais iguais aos dos outros tempos. Ainda continuamos na luta desigual e insensata de querer viver o mundo atual como nossos antepassados viveram o tempo deles. E ainda pensamos e agimos como eles agiam e pensavam.
Mude seus modos e atitudes a todo instante. Mas não se esqueça de que somos todos de uma mesma origem. Logo, somos todos iguais nas diferenças. E é neste pensamento que alimentamos o respeito pelas atitudes e pensamentos do nosso próximo. Seu valor está representado nas suas atitudes. São seus atos que vão dizer quem realmente você é. Muito cuidado quando você for responsável pela orientação dos que dirigirão nosso mundo no futuro. Ontem saí para comprar o pão para o café da manhã. Na saída do edifício me deparei com uma passeata de professores. Aproximei-me de um deles e vivi um momento desolador com o comportamento do cara. Foi realmente hilário. Mas só vou lhe contar depois. Você vai rir como eu ri a caminho da padaria. E isso foi aqui na Sé, em Sampa. Nem todos nós estamos preparados para o dever de orientar a sociedade sempre nascente. Tarefa que ainda não aprendemos que só conseguiremos com mudanças responsáveis. Faça sua parte na vida como ela deve ser feita. Pense nisso.
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ESPAÇO DO LEITOR
MERENDA 1Em relação à matéria “Sem merenda, escolas servem leite a alunos”, um leitor, que optou pelo anonimato, fez o seguinte comentário: “Por enquanto, ainda está tendo leite. E quando acabar, como fica a situação dos alunos? É um absurdo esta situação! E o mais interessante é que prometeram que uma das prioridades desta gestão seria o setor educacional, mas a realidade está bem diferente do discurso. Entra governo e sai governo, o caos permanece o mesmo. Com o governo passado foi a mesma situação, mas ainda existia, pelo menos, bolacha para tomar com leite”.
MERENDA 2Sobre o mesmo assunto, o internauta Moisés Amorim escreveu: “Pelo menos, quando faltava merenda, os alunos tinham como comprar um salgado ou suco nas cantinas que ficavam na parte interna das escolas. Mas com a determinação de que seriam retiradas e em contrapartida a merenda escolar seria ‘reforçada’, agora nem uma coisa, nem outra. Como pai de aluno, vejo a necessidade de uma mobilização das autoridades que cuidam da aplicação dos recursos para que cobrem de que forma está sendo empregado o valor destinado à merenda escolar, já que esta situação se encontra tanto na Capital quanto no interior do Estado”.
PRAIA GRANDE“Com a proximidade do feriado prolongado por conta do Carnaval, muitas pessoas devem optar para se deslocarem à Praia Grande neste fim de semana. Mas, por outro lado, é necessário redobrar o cuidado com as crianças em relação à circulação de veículos que tem aumentado neste período, já que aproveitam a falta de fiscalização para circularem livremente pela praia, bem próximo dos banhistas”, reclamou a leitora Lurdes Garcia.
IRACEMAMoradores do Município de Iracema relataram que estão indignados com a situação de abandono naquela cidade. “Estamos passando por uma das piores administrações de todos os tempos. Nesta situação de calamidade a qual vivemos, com a falta de água potável, e principalmente pelo fogo que alastra nossa produção, ainda não consegui ver nenhuma ação do próprio município para minimizar os problemas decorrentes da falta de água e do fogo que consome grande parte da vegetação e dos pastos”, frisou um morador que preferiu anonimato.