Opinião

Opiniao 12 02 2016 2031

Amazônia: grandes números, grandes contrastes – Rinaldo Segundo*

“… a grandeza sabe se reconhecer.” Shakespeare, Henrique IV

A Amazônia é grande em todos os sentidos. Territorialmente, mais de 60% do território brasileiro são ocupados pela Amazônia Legal. Isso é meia Europa.

Ambientalmente, 42% da Amazônia brasileira é área protegida (Onde o desmatamento é menor. Por isso, criar áreas de proteção tem sido estratégia eficaz para reduzir o desmatamento) Isso representa 2,15 milhões km².

Embora diminundo nos últimos 10 anos, o desmatamento histórico também impressiona. Em 1994, o número do desmatamento foi de 14.896 km2 e em 1995, esse número foi de 29.059 km2. Nesses dois anos, mais de uma Suíça foi desmatada.

Todos esses números nos remetem a algumas questões: como os números acima se relacionam com a melhoria de vida da população amazônica? Para que tem servido o desmatamento na Amazônia?

O Censo de 2000 mostrou que os indicadores sociais melhoram com o desmatamento.

Todavia, os ciclos de desenvolvimento não duram mais que 15 anos. Assim, os municípios com área desmatada – excetuando-se os destinados à soja (agricultura mecanizada) –, tendem aos mesmos índices sociais dos que iniciam o processo de colonização. Ou seja, social, ambiental e economicamente, a exploração é pouco sustentável.

Para entender isso, é preciso compreender a dinâmica das principais commodities amazônicas, a saber, madeiras, grãos, com destaque para soja e carne. Obviamente, essa análise é impossível de ser realizada aqui.

Analise-se, porém, o ciclo da madeira. Extrai-se madeira da Amazônia há mais de três séculos, e intensivamente desde 1970. Hoje, a Amazônia é uma das principais fontes brasileiras de produtos florestais. Isso se explica, dentre outras razões, pelo baixo preço da madeira amazônica; pela extração de madeiras de áreas públicas; pela existência de menos madeiras em outras regiões brasileiras.

De modo geral, o caráter predatório predomina na exploração florestal amazônica. Na prática, isso significa abrir pequenas estradas no meio da mata, permitindo explorar determinada área. A seguir, essa área é exaurida, através do corte raso das árvores, impossibilitando-se a recomposição da área florestal desmatada.

O desperdício alcança 40%, e ele seria muito maior com a inclusão no cálculo de árvores desnecessariamente destruídas devido à insustentabilidade da própria extração (potencial futuro de extração). Eis aí um grande contraste amazônico: de um lado, a riqueza amazônica, de outro, o desperdício dessa riqueza.

Outro contraste: a falta de maximização de lucros diante de um sistema econômico, o capitalista, cuja maximização é a regra. Prova disso são os impressionantes 6,9 milhões de hectares de terras produtivas sem utilização na Amazônia (desperdício de capital).

Embora pouco difundidos, contrastes também existem entre diferentes atividades econômicas. Assim, enquanto grãos são produzidos num modelo empresarial associado à tecnologia e produtividade em regra, a pecuária não segue similar padrão produtivo, acelerando desmatamentos desnecessários.

Isso se reflete nos índices de ocupação da terra. Assim, 4,8% dos estabelecimentos amazônicos são ocupados por agricultura, representando 5,75 milhões de hectares, enquanto as pastagens totalizam 42,3% da área dos estabelecimentos, ou seja, 51,15 milhões de hectares.

Isso significa que a área ocupada pela pecuária é quase 9 vezes a área ocupada pela agricultura. Logo, a pecuária impacta 9 vezes mais sobre o meio ambiente que a Outro contraste: o PIB e o IDH da maioria dos Estados da Amazônia Legal estão abaixo da média nacional. Numa terra farta de recursos naturais, incluindo alimento, comprar comida é caro na Amazônia. De 70 à 80% da renda da população pobre é gasta na Se reconhecida é a grande riqueza amazônica, grande também são os seus contrastes a serem corrigidos.

*Artigo 4 da série de artigos Desenvolvimento Sustentável da Amazônia.

Rinaldo Segundo, promotor de justiça no MPE/MT e mestre em Direito (Harvard Law School), autor do livro “Desenvolvimento Sustentável da Amazônia: menos desmatamento, desperdício e pobreza, mais preservação, alimentos e riqueza,” Juruá Editora

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Seja feliz – Afonso Rodrigues de Oliveira

“Quando a alegria está conosco até os poros transpiram felicidade”.

Por que ir buscar lá fora o que está dentro de você? É só você acreditar em você mesmo e não necessitará de ir buscar a felicidade lá fora. Ela está em você mesmo. É só você acreditar nisso. Porque quando acreditamos em nós mesmos não nos julgamos nem nos consideramos inferior a ninguém. E se não somos inferiores somos felizes. Simples pra dedéu. A dificuldade que o ser humano encontra em encontrar a felicidade está no seu interior. Saiba, e acredite, que ninguém neste universo tem o poder que você tem sobre você mesmo. Que ninguém além de você mesmo tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz; a menos, claro, que você esteja a fim. Ninguém neste mundo tem poder sobre você. O problema é que você não acredita nisso porque não acredita em você mesmo. Logo, não tem poder nenhum sobre você mesmo. E, logo, não pode ser feliz. Mas está sendo infeliz porque quer ser.

Já procurou se olhar no seu espelho interior? Faça isso. Mas é preciso estar de bem com a vida. Não procure saber por que, procure ver você. Porque é no seu espelho interior que você realmente se vê como você realmente é. É quando você começa a gostar de você mesmo e a se amar. E só quando nos amamos nos respeitamos. E só quando nos respeitamos nos valorizamos. Mas você não é um ponto perdido no universo. Você é um componente do universo. E ele, o universo, conspira a seu favor a todo instante. Você é que nem sempre aproveita as dádivas que vêm do universo que nem é céu nem e azul. Dê uma paradinha, reflita, pense sobre a vida e procure entendê-la para poder vivê-la. E aí a viva intensamente.

Todo o poder de Deus está dentro de nós. Mas isso só é válido para quem acredita nisso. Desperte-se. Procure viver com racionalidade. E esta não impõe restrições. Quando se pisa na bola é porque não se foi racional.

Todos nós somos de origem racional. Viemos todos do mesmo Universo e nas mesmas condições: por livre arbítrio. E é no livre arbítrio que buscamos nossa liberdade. As veredas estão sempre abertas. Cabe a cada um de nós saber qual a que lhe convém. E você não é diferente. É só acreditar que somos todos iguais nas diferenças. E as diferenças podem, e devem, ser eliminadas no patamar superior. Porque é nele que está o pódio da vitória. Estamos e caminhamos tropeçando por este pequeno mundo que nos parece tão grande, há vinte e uma eternidades. E nossa volta ao nosso mundo de origem depende de cada um de nós. E não votaremos enquanto não formos capazes de dirigir nossas próprias vidas com racionalidade. Pense nisso.

*[email protected] 99121-1460

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ESPAÇO DO LEITOR

ALUGUEL O leitor Antônio Jean comentou: “Moro de aluguel e tenho uma filha de 01 ano, minha mulher está desempregada e não temos condições de pagar um aluguel. Como estou tomando conta de uma residência localizada no Pérola do Rio Branco, conversando com os vizinhos, fiquei sabendo que existem várias casas fechadas e os donos aparecem de vez em quando, pois possuem outros imóveis. Ou muitos aproveitam e estão alugando as residências. Enquanto estamos passando por esta dificuldade e aguardando a lista de espera, é visível a falha na concessão destas moradias a quem realmente não precisa”.

GREVEOs serviços terceirizados da firma União, que presta serviço no hospital Délio de Oliveira Tupinambá, de Pacaraima, já estão há doze dias paralisados pelo atraso de três meses nos salários. “A deflagração desta mobilização pelo pagamento dos salários atrasados inclui também condições dignas de trabalho, já que faltam materiais de proteção individual. Estamos mantendo 30% dos serviços essenciais para que a unidade hospitalar não deixe de funcionar. Aguardamos a manifestação da empresa em relação às nossas reivindicações, o que ainda não ocorreu”, informou um dos coordenadores do movimento grevista.

ASFALTO“Ano passado, depois de uma reportagem feita na Travessa Gêneses, localizada no bairro Cinturão Verde, oportunidade em que foi denunciado que o município não olhava para aquele lugar, deixando-o no abandono, até hoje essa rua não foi asfaltada, visto que todo o bairro possui asfalto só não em quatro ruas. No verão, os moradores enfrentam a poeira e a buraqueira, e no inverno enfrentamos os alagamentos. Carro pequeno praticamente não entra na rua. São feitos apenas serviços paliativos e o asfalto nunca chega”, relatou um morador que optou pelo anonimato. MEDO“A divulgação de um vídeo em que o assaltante, de cara limpa, saqueia um ônibus em plena luz do dia reflete muito bem o medo, a insegurança e a fragilidade à qual a população está exposta. Não adianta nem cobrar policiamento ostensivo nas ruas se nem viaturas existem para que a Polícia Militar possa trabalhar”, escreveu a leitora Fabíola Rocha.