Não há presente sem passado – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Meu pai sempre me dizia: Meu filho tome cuidado; quando penso no futuro, não esqueço o meu passado”. (Paulinho da Viola)
Mesmo que você esteja rodando com a ressaca trazida pelo carnaval, dê uma paradinha no sono e reflita um pouco sobre os rumos da vida. Porque não sei se você já reparou, mas a ressaca vem até mesmo para quem não pulou nem bebeu. Não há como evitar o burburinho. Mas o que mais importa em tudo isso é que sempre aprendemos nas caminhadas da vida. E nada é tão desprezível que não possa ser aproveitado como lição de vida. Quantos de nós já não brincamos mais o carnaval, mas sentimos saudade dos bons tempos da “Maria Candelária”? E é aí que a jiripoca pia. Em vez de ficar remoendo a saudade, vamos lembrar o passado como um dos momentos mais agradáveis de nossas vidas. É com os bons momentos do passado que construímos nosso futuro. O importante é que saibamos viver o passado sem viver no passado.
Agora deixemos o carnaval no passado e vamos construir nosso futuro. E a construção deve ser bem alicerçada no conhecimento adquirido na caminhada da vida. Comece não desperdiçando seu tempo. Aproveite cada momento de sua vida construindo o que você mais quer para o futuro do mundo. E é na sua família que você constrói o alicerce do futuro. Tudo que você construir hoje será vivido pelos seus descendentes. E é no que eles viverão, que irão se lembrar de você como o construtor. Por isso faça sempre o melhor que você puder fazer no que você faz a todo instante no seu dia a dia. Cada momento de sua vida é muito importante para o seu crescimento como um ser racional. Porque é o que você é. Somos todos da mesma origem. Viemos do mesmo lugar e voltaremos para o mesmo lugar de onde viemos. A permanência de cada um de nós por aqui depende de cada um de nós. Depende do que fazemos para nossa evolução racional.
Viva intensamente. A vida tanto pode ser um palco como um picadeiro, não importa. O importante é como você se comporta e executa sua parte. Não perca seu tempo martirizando-se com os erros cometidos. Quando você os reconhece é porque está aprendendo com eles. E já sabemos que quando erramos não estamos errando, mas aprendendo como não fazer. E o mais importante é aprender a lição que o erro nos dá. E isso faz com que você se sinta feliz, não por errar, mas por aprender com o erro. Dirija sua vida com o que você aprendeu no passado e estará aprendendo no presente para viver no futuro. Lembre-se sempre de que seu futuro é eterno. Ele está bem além do seu horizonte. Mas você vai chegar lá. Só depende de você mesmo. Pense nisso.
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Brazika Olímpico – Tom Zé Albuquerque*
O governo brasileiro atual tem uma habilidade incomum de ludibriar seu povo. Falácias, terror, ameaças… enfim, as últimas eleições nacionais foram arquitetadas por base em patranhas, cujas imundícies geradas nos anos anteriores foram jogadas de forma satírica para debaixo dos tapetes.
Como toda mentira um dia vem à tona, eis que o país, em 2016, está em situação calamitosa do ponto de vista econômico, cujos naturais reflexos encaixam o Brasil numa crise imensurável, de consequências cruéis projetadas para o sofrimento das próximas gerações. E nesse embolo, tem uma Olimpíada no meio. Geralmente quando se faz festa em casa é porque existe fartura de tudo para isso. Quando a carência predomina, as necessidades transbordam, as deficiências se multiplicam, não há condições mínimas para festejos e afagos. Não é o caso da nação do petrolão.
Depois da palhaçada da Copa do Mundo de futebol, agora o circo olímpico está montado, e os palhaços arcarão, mais uma vez, com a conta. Não se admite, do ponto de vista racional, que um país afundado em dívidas e lameado por desvios de recursos, moralidade corroída, déficit público interno impagável e dívida externa crescente de forma exponencial se volte para festejar evento seja qual for. A despeito dos resultados, como há décadas não há investimento em esporte, a vergonha dos nossos irmãos será acachapante.
E nesses últimos meses, ganhou ressonância um problema que vem há pelo menos um ano em avanço: o zika vírus. Imaginemos um país que promoverá (de forma precária, é fato) um evento esportivo mundial, cujos atletas correm risco de contrair doenças, e pior, as mulheres jovens, atletas estrangeiras, são aconselhadas a não se deslocarem para o Brasil da olimpíada. A Organização Mundial da Saúde já classifica o local do evento como “emergência de saúde pública de proporção internacional”. Não basta a desonestidade, não basta a violência nos píncaros, agora o país do mensalão está no esgoto da enfermidade.
Um recente artigo veiculado na conceituada revista Forbes, defende que o Comitê Olímpico Internacional deve mudar o local dos jogos olímpicos ou cancelar a Olimpíada, sob o lúcido argumento que “Prevenção é a melhor opção diante de uma ameaça tão séria à humanidade”. Esse tipo de vexame proporciona mais uma vergonha para os brasileiros com discernimento apropriado, em face dessa mais uma conturbação do governo estrelado. O cinismo e a contradição, pontos altos do governo petista, fazem com que mergulhemos numa peça pastelão do tragicômico, quando a Presidente da República afirma, categoricamente, que o zika vírus não causa risco às olimpíadas no Brasil, como se essa senhora gozasse de credibilidade e fosse dotada de conhecimento para disparar mais bobagens.
Por um momento os petistas achavam que a farra do dinheiro público perduraria por longos tempos, sem que os problemas boiassem em seus colos. Ledo engano, embora o Brasil seja farto de tolos que amam pão-e-circo, mas agora o picadeiro está infestado de mosquito… *Administrador – email: [email protected]
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O FOGO QUEIMA – Vera Sábio*
Pensei e repensei um nome bem chamativo que despertasse a consciência dos leitores e de toda a população a respeito do quanto as queimadas são prejudiciais a nossa casa planetária.
É triste não ter um lar para voltar e por mais simples que nossa moradia seja, nos sentimos seguros e protegidos nela. Porem é desesperador a verdadeira consciência que nosso planeta terra, nossa ecologia e todo nosso mundo corre grande risco de virar fumaça, e aí, para onde iremos?
Isto de que minha mínima contribuição como a de não jogar um simples papelzinho de bombom ou um palito de picolé na rua não interfere neste processo é grande balela de mentes pequenas do tamanho do lixo jogado.
Pior ainda é aquele que desperdiça água em tremenda seca e ainda, com o vício maldito que o queima o pulmão, deixa que a bituca do cigarro seja jogada em qualquer local provocando enormes queimadas e destruições.
Sabia que o fogo queima?
Claro que todos sabem, porem como dizia Jesus em Mateus 13; sobre o que foi falado muito antes pelo profeta Isaías:
“15 Pois a mente deste povo está fechada: Eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender…”
Todavia temos sinais aos montes e inteligência para realizar diferente. Basta querer e poderemos.
Pare de ficar na mesmice de antes, abra os olhos para o obvio e retire as ilusões mentirosas que os encantam, mas não os permitem uma mudança concreta.
O fogo queima e você pode ser queimado e devorado por ele. Acorde e tome sua gota de responsabilidade para espalhar nas chamas da hipocrisia, labaredas da luxúria e brasas do poder constante.
Pois só haverá a fornalha do mal enquanto as brasas não forem eliminadas e a oportunidade de novos pensadores, outros políticos que não estejam envolvidos e comprometidos com o oxigênio que mantém aceso a fogueira da corrupção possam destruir todo este inferno.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. 991687731
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A Aposta – Valdir Fachini*
Essa história bem que poderia se chamar Miguelzinho e seu fuscão preto, mas eu optei por se chamar a aposta, porque o fusca ele vendeu, teve outros carros, mas a aposta jamais será esquecida.
Miguelzinho, que na verdade não se chama Miguel, esse apelido ele herdou do pai que tinha esse nome e os dois se pareciam muito, pelo menos no gênio ruim, a mesma cara emburrada, a mesma irritação por pouca coisa e a mesma mania de dobrar o dedo anelar e ficar mordendo quando se enervava.
Tudo começou na época que o Almir Rogério fazia sucesso com o fuscão preto e o Miguelzinho comprou um e saiu por ai todo poderoso, se achando e pegando todas as moçoilas namoradeiras. Junto com seu amigo Tim que também tinha um carro, não me lembro qual, saiam pela noite adentro azarando, dois verdadeiros “curva de rio”.
Eles moravam no Jardim das Flâmulas, mas não saiam do bairro Santa Josi. Lá eles conheceram a Natalina, mais conhecida por Lina.
Lina era mulher vivida, com dois filhos e nenhum marido, e mais velha que o moço do fusca, mas ainda muito bonita e cheia de amor pra dar, e como dava!
Cada noite um bacana de carrão mais bacana ainda passava por lá e levava Lina pro abate.
Miguelzinho se encantou com a beleza e a safadeza da moça e falou pro Tim, – Você quer apostar que eu vou ganhar essa morena? Eu, com essa porcaria de fusca, vou faturar essa gata e deixar esses grã-finos babacas na mão chupando o dedo.
E Tim, magrelão tranqueira que gostava de um mal feito, topou na hora.
E lá foi o Casanova “made in Brazil” investir na nova presa, com sua conversinha malandra, cheia de borogodó, jogou um xaveco na sujeita e ela entrou no seu fuscão, criticou o cheiro de carro velho, mas no fundo gostou.
No outro dia entrou de novo, outra noite outra entrada e os Tiozãos das carangas chiques ficaram mesmo na mão.
Ai aconteceu o que o Miguelzinho não esperava, Lina engravidou da Paulina, ai então todo mundo falava, essa filha não e sua, porque a Lina já vinha soltando a franga faz tempo, mesmo buxuda ela não dava mole, dava tudo e não parou até hoje, depois veio outro rebento e ela continuou rebentando a boca do balão.
Hoje em dia Lina já não e tão bonita, aliás, tá feia pra burro, mas se bobear ainda da umas “puladinhas de cerca”, ainda queima o fogo da sem-vergonhice.
Miguelzinho já se conformou e ainda estão juntos apesar de tudo.
Outro dia eu me encontrei com o Tim e ele me perguntou por onde andava o Miguelzinho, porque ele precisava pagar uma aposta que o lobo mau do fuscão preto tinha ganho.
*Escritor[email protected]
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ESPAÇO DO LEITOR
PASSARÃO 1O leitor Israel de Paiva Lima Júnior ([email protected]), morador do Projeto Passarão, denunciou a falta de energia na localidade. “Faz mais de 48 horas que estamos sem energia. Entramos em contato com a empresa responsável, a Eletrobras, e eles pediram para a gente ficar aguardando, sem dizer quando a energia será reestabelecida. Sofremos com a falta de energia”, afirmou.
PASSARÃO 2Ele aproveitou para denunciar outras situações que acontecem no Projeto Passarão. “Só temos um meio de contato, que é um orelhão. Ele não funciona. Procuramos ajuda da Oi e nada. Não temos um posto policial. Policiamento lá só com muita ligação para o 190 e nem todas às vezes somos atendidos. Também não temos água, pois a água do poço que a Caer furou é imprópria para o consumo humano. As autoridades não querem enxergar a real situação. Mas a eleição está aí e eles vão nos visitar, prometendo Deus e o mundo. Depois somem”, desabafou.
CINTURÃO VERDEUm leitor, que pediu para não ser identificado, relatou que a Travessa Gêneses, no bairro Cinturão Verde, está abandonada. “No ano passado, foi denunciado que a Prefeitura de Boa Vista não olhava para aquele lugar. Até hoje essa rua não foi asfaltada, nem outras três ruas próximas ao posto Karakas”, disse.
CINTURÃO VERDE 2“No verão, os moradores enfrentam a poeira e a buraqueira. No inverno, enfrentam os alagamentos. Carro pequeno praticamente não entra na rua. Na operação Patrulha da Chuva, a prefeitura foi lá e raspou a rua de trás e metade da travessa Gêneses, mas não resolveu o problema por completo. Os moradores exigem asfalto, pois essas ruas poderiam até desafogar o tráfego da avenida Centenário, visto que ela dá acesso à BR-174”, relatou.