Bom dia!

Ontem escrevemos aqui sobre as dificuldades que as autoridades do setor elétrico brasileiro estavam enfrentando para interligar Roraima ao Sistema Elétrico Nacional através da construção do Linhão de Tucuruí. Desde sempre os redatores da Parabólica, em que pese torcerem a favor da obra, escreveram que, apesar do esforço das lideranças políticas locais e da decisão da presidente Dilma Rousseff de apoiar a iniciativa, a construção do linhão não seria fácil.

E por que pensamos assim? Evidentemente não seria por mero pessimismo, como podem pensar alguns apressadinhos de má-fé. A resposta pode ser encontrada quando se olha o cenário que se foi formando em Roraima nos últimos anos por decisões emanadas de Brasília, com a complacência dos políticos locais com mandatos federais, que, com raras e honrosas exceções, sempre bateram palmas para o Governo Federal em troca de cargos e liberação de emendas.

O resultado dessas decisões de Brasília foi a transformação de Roraima num Estado ambientalista/indigenista com mais de 93% de sua superfície territorial dentro de espaços protegidos (unidades de conservação ambiental e terras indígenas) e refém de um esquema montado por organizações não governamentais (ONGs) que aparelhou os organismos do Estado brasileiro, com possibilidade de dizer sim ou não a qualquer decisão que envolva a possibilidade de desenvolver Roraima.

E quando nos referimos ao Estado brasileiro, não estamos falando apenas do Executivo – flagrantemente tomado de assalto por ambientalistas e indigenistas, muitos servos das ONGs -, mas igualmente com tentáculos no Ministério Público Federal e em algumas instâncias do Judiciário. É dentro de tal cenário que está a possibilidade de integrar Roraima ao Sistema Nacional Elétrico. O resto é conversa para boi dormir.

PIRITITIPor falar em terra indígena, terminou em dezembro de 2015 o prazo para que os antropólogos contratados pela Funai concluíssem o relatório conclusivo sobre a criação de mais uma TI em Roraima, a dos Pirititi. A área interditada é superior a 41.000ha e atinge muitos pequenos produtores, alcançando a margem direita da BR-174, no Município de Rorainópolis. Apesar de findo o prazo, a Funai não dá qualquer informação para a imprensa, como se o fato não fosse de interesse social para qualquer um que vive em Roraima.

FOCOSLeitor da Parabólica e morador das cercanias do Palácio Latife Salomão, na avenida Glaycon de Paiva, bem no Centro da cidade, mandou mensagem para nossa Redação denunciando que aquele prédio do patrimônio público estadual se encontra totalmente abandonado. “Tem focos de mosquitos, esgoto a céu aberto e latas espalhadas para todo lado. Ladrões já roubaram portas e janelas de lá. Os usuários de droga fazem dali um local para uso de entorpecentes. É um descaso total”, disse. O leitor afirmou ainda não saber a quem está destinado aquele espaço, se ao Tribunal de Justiça, Senac ou à Polícia Militar. Está feito o registro.

PERDOADOSA soma das faltas de senadores às sessões do Senado Federal, no ano passado, alcança quase 1.300. Apesar de tantas faltas, quase nenhum teve desconto no salário por gazetar o trabalho. Cerca de 86% tiveram as faltas abonadas pela Mesa Diretora da instituição, depois de apresentarem as justificativas para a ausência. Apenas dois senadores estiveram presentes em todas as sessões: o paraense Flexa Ribeiro (PSDB) e o carioca Romário Farias (PSB). Segundo a Constituição Federal, o senador/senadora que faltar a um terço das sessões de votação perde o mandato.

PROTOCOLOParece que o Banco da Amazônia está mesmo disposto a aumentar sua carteira de empréstimo em Roraima. Pelo menos parece ser a vontade política do presidente daquela casa bancária, Marivaldo Gonçalves de Melo. Ele visitará, no próximo dia 26, a governadora Suely Campos (PP) e deverá assinar um Protocolo de Intenções com o governo estadual prometendo agilizar a liberação de empréstimos ao setor produtivo local através do Fundo Constitucional do Norte (FNO). Tomara que dê certo!

REPRESENTANTEDa Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo estadual recebemos nota explicando a questão da ausência da governadora Suely Campos (PP) na sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos na ALE. Segundo a Secom, não houve dissonância entre a nota emitida pelo órgão e as afirmações feitas pelo chefe as Casa Civil, Oleno Matos. Na verdade, a Secretaria de Comunicação apenas expressou as razões que levaram a governadora a escolher Oleno – um deputado estadual licenciado – para representá-la. Foi uma demonstração de prestígio ao próprio Parlamento, afinal, qualquer outro auxiliar de primeiro escalão poderia representá-la.

COMPENSAÇÃO Em resposta a um pedido da repórter e editora de política aqui da Folha, Vanessa Vieira, sobre a repercussão da saída do deputado estadual Odilon Filho (PEN) da base governista, o deputado Chicão da Silveira (PDT) disse que está em curso uma operação para sacar do Grupo Independente nada menos que quatro deputados. Ele não citou nomes e, ao lado, o deputado Brito Bezerra (PP) permaneceu em silêncio.