Bom dia!
É preciso parar de ludibriar a opinião pública com anúncio de seguidas forças-tarefas para evitar fugas de preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. O sistema prisional já está falido há muito tempo, a ponto de permitir a existência de uma favela bem no meio do presídio, fato que já foi assunto por algumas vezes na mídia nacional.
Nenhuma força conseguirá impor a presença do Estado em um presídio caindo aos pedaços, superlotado e sem a estrutura necessária para que haja um controle dos presos. Talvez essas fugas em massa pudessem ser amenizadas se houvesse efetivo suficiente para montar um serviço de vigilância externa. Mas nem isso o sistema consegue, pois as fugas têm ocorrido somente onde há guaritas desvigiadas.
A única solução para o sistema prisional roraimense é a construção de um novo presídio que atenda à demanda da população carcerária, com planejamento para futuras vagas e que dê condições de trabalho aos policiais militares e agentes penitenciários. Mas, para isso, seria necessário outro tipo de força-tarefa, uma mobilização de autoridades de todas as esferas e cores partidárias para atacar o problema de frente e conseguir uma solução definitiva.
Mas, ao que parece, não há vontade política para que haja essa mobilização suprapartidária, acima de qualquer interesse e de qualquer partido. Como isso não deve ocorrer, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo continuará sendo um depositário de gente comandada por facções criminosas, onde o Estado sequer consegue manter uma vigilância externa eficiente e muito menos ter o controle interno.
NOVELA 1O parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que enterra de vez a possibilidade de ex-servidores do Território sem vínculo serem enquadrados na União, será apenas mais um capítulo dessa novela sem fim, que começou na década de 90, servindo de promessa eleitoral a cada pleito. Agora já tem parlamentar anunciando que apresentou mais uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tentar desfazer o parecer da AGU.
NOVELA 2É sempre assim: quando a legalidade desmascara a mentira, surgem PECs para que possam continuar iludindo eleitores em tempo de campanha eleitoral. Essa nova PEC apresentada no Senado é tão somente mais um capítulo dessa novela que vem engabelando milhares de famílias roraimenses sob a promessa de enquadramento na União de ex-servidores, apresentando apenas um contracheque ou um recebido de pagamento do tempo de Ex-Território Federal. É mole?
INSEGURANÇA 1Depois de uma matéria publicada aqui, na Folha, sobre o estupro de uma adolescente no bairro São Francisco, moradores dessa região enviaram denúncia de vários lugares onde desocupados dominam, além de pontos que abrigam viciados às claras. Um deles fica rua 9 de Julho, entre as ruas Gaúcho dias e Valério Magalhães, onde menores e um rapaz, aparentando ter 18 anos, ficam vendendo e consumindo drogas boa parte do dia.
INSEGURANÇA 2Conforme uma moradora vizinha do local, os desocupados chegam à tarde e ficam por lá até parte da noite, entre algazarras, cachaça e cigarros de maconha. O muro do local onde eles ficam é todo pichado com suas identificações. “Vários moradores já denunciaram ao 190 e nada. Eles continuam lá e nós estamos reféns”, protestou uma moradora que enviou uma mensagem via WhatsApp pedindo que as autoridades tomem uma providência antes que algo de ruim aconteça com algum transeunte ou morador.
UIRAMUTÃOs moradores do Município Uiramutã, o mais isolados do Estado, a 300 km de Boa Vista, estão numa espécie de “mato sem cachorro”. Além de a agência dos Correios ter fechado, porque a única funcionária entrou de férias, os correspondentes bancários do Bradesco Expresso não conseguem atender à demanda de saques das pessoas da comunidade porque nem sempre há dinheiro disponível. Nem mesmo os comerciantes da região conseguem fazer pagamento de boletos em valores altos porque os correspondentes têm um limite do valor a receber.
TRÂNSITO 1A Prefeitura de Boa Vista precisa, urgente, dar mais atenção ao tráfego de veículos na avenida Carlos Pereira de Melo, a única que dá acesso ao bairro Cidade Satélite, na zona Oeste. Depois que mais três mil famílias foram morar no Residencial Vila Jardim, naquele bairro, o trânsito ficou caótico, principalmente no horário de pico. As rotatórias que ainda existem por lá não conseguem mais regular o tráfego de veículos. Os acidentes passaram a ser constantes naquele trajeto.
TRÂNSITO 2Os semáforos recém-instalados não conseguem também dar vazão ao amontoado de carros e motos pela manhã, meio-dia e no final de tarde. O trânsito naquela região se tornou um caos total, pois a única alternativa seria a avenida Princesa Isabel, que, de tão estreita por ser via de mão-dupla, também não consegue mais dar fluidez. Enquanto o projeto de mobilidade urbana não for colocado em prática pela Prefeitura, é preciso ordenar o tráfego naquele setor da cidade o quanto antes.