Bom dia!
Ontem uma ouvinte do programa Sabor de Café, da Rádio Folha, apresentado pelo radialista Antônio Sousa, deu uma nítida ideia do estado de espírito dos eleitores e das eleitoras de Roraima sobre a questão do atendimento aos desejos e necessidades do cidadão comum, que põe seu voto no nome de um candidato e depois ver-se frustrado quando as coisas simplesmente continuam ruins e iguais. Ao reclamar das idas e vindas a hospitais, laboratórios e postos de saúde e não conseguir marcar um exame do qual precisa com urgência, a ouvinte disse: “A gente dá um voto de confiança e de consciência esperando por mudanças e elas não acontecem. Não ganhamos nada. Tudo continua péssimo, às vezes dá a sensação de piorar”.
É difícil dizer se essa é a percepção da maioria dos cidadãos e das cidadãs, mas num ano eleitoral, como 2016, de eleições municipais, parece estar desenhado um cenário nada animador para uma eleição limpa e de exercício da cidadania. Se depositamos um “voto de confiança e de consciência”, como diz a ouvinte, e “não ganhamos nada”, parece ser um convite para a venda de votos; para que as eleições em Roraima continuem sendo um grande mercadão, onde a cidadania é trocada por cem ou duzentos reais. Essa tem sido a prática entre nós. Será que os políticos têm algum interesse em mudá-la?
POSSE Ontem publicamos, daqui deste espaço, que a posse do novo reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Brasília, estava marcada entre 7 (segunda-feira) e 8(terça-feira). A cerimônia foi transferida para as 15 horas do dia 9 (quarta-feira) devido a um compromisso do ministro Aluísio Mercante, que estará em visita ao Maranhão nos dias anteriormente marcados e que faz questão de presidi-la. Está feita a correção.
RELATORO senador Telmário Mota (PDT) está com um problema e tanto para resolver. Ele foi indicado, ontem, para ser o relator do processo de cassação do senador Delcídio do Amaral (PT). Ele foi incluído no sorteio depois que o PTB, de Fernando Collor, abriu mão de uma vaga no conselho de ética e cedeu-a para o PDT, que indicou o senador roraimense para lá. Mota foi um dos senadores que votou contra a prisão de Delcídio, decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
REVELIA 1Parece que ex-administradores públicos não estão levando, na devida conta, as notificações que recebem do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Eles são intimados para prestar informações em processos de prestação de contas, com prazo para respostas, e deixam decorrer tais prazos. Conclusão: são declarados revéis. É o caso do ex-prefeito de São Luiz do Anauá, Raimundo Pereira Lima, declarado revel pelo conselheiro Marcus Hollanda.
REVELIA 2 Na mesma “canetada”, Marcus Hollanda também condenou, à revelia, o ex-prefeito de São Luiz do Anauá, Waldeir Nunes de Oliveira, e o ex-prefeito de Amajari, Rodrigo Cabral. Tudo se refere à prestação de contas daqueles municípios no exercício fiscal de 2012. À revelia significa que o TCE vai julgar essas contas sem necessidade da defesa dos interessados. Nestes casos, é muito difícil que eles escapem da condenação.
REVELIA 3Dentre os ex-administradores julgados revéis pelo conselheiro Marcus Hollanda, a mais importante decretação de revelia foi aplicada ao ex-governador José de Anchieta Júnior (PSDB). Ele foi notificado para se defender no processo de prestação de contas do município de São Luiz do Anauá através do Mandado de Citação Nº 625/2015 e não respondeu em tempo hábil. Com ele, também foram declarados revéis os empresários.
PREGÃO A Agência de Fomento do Estado de Roraima (AFERR) vai elaborar, refazer, atualizar e revisar todos os seus manuais de procedimentos. Para tanto, fará seleção de empresas interessadas em prestar esses serviços através de um Pregão Presencial a ser realizado no próximo dia 09.03.16 (quarta-feira), às 08h30, na sala da Comissão Permanente de Licitação da agência. Lá também poderão ser obtidas mais informações sobre o certame.
QUEBRA-QUEBRA E a coisa não está para brincadeira na vida política tupiniquim. Ontem o corregedor da Câmara Municipal de Boa Vista, vereador Flávio Padre Cícero (PRTB), exatamente o parlamentar encarregado de zelar pelo decoro naquela Casa legislativa, promoveu um início de quebra-quebra na sala da diretora-geral da instituição. Tudo aconteceu quando o corregedor foi informado de que o pagamento das verbas indenizatórias não seria feito para nenhum dos edis em virtude do corte no duodécimo feito pelo Executivo. Ele deu um murro e até vidros foram quebrados.
É O FIMA Parabólica não poderia terminar hoje deixando de abordar a perplexidade que tomou conta do País com as revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral (PT) e publicadas pela revista ISTO É, dando conta do envolvimento direto do ex-presidente Lula da Silva (PT) e da atual presidente da República, Dilma Rousseff (PT), no escândalo de corrupção na Petrobras. É estarrecedor. A República está à deriva e não parece existir uma saída em curto prazo. Falta uma luz no final do túnel.