Criado com a finalidade de promover e incentivar a leitura em comunidades rurais, o programa Arca das Letras tem se firmado como uma das iniciativas mais nobres na difusão de educação e cultura nas áreas mais afastadas dos centros urbanos. Gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria como os vários ministérios, como o da Educação (MEC), Justiça (MJ) e Cultura (MinC), a ação já atendeu mais de um milhão de famílias em todo o País desde a sua criação, em 2003.
Em Roraima, o projeto já atendeu a várias comunidades, como Serra Grande, no Município de Cantá, região Centro-Leste; Vila Nova Colina, no Município de Rorainópolis, região Sul; e PA Nova Amazônia, na zona Rural de Boa Vista, além de locais públicos, como o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, no bairro São Francisco, zona Norte.
“A iniciativa basicamente oferece ferramentas que auxiliem na promoção da leitura e o acesso aos livros nas comunidades que são alvo das políticas públicas do ministério, que são os assentamentos de reforma agrária, as áreas de produção rurais, comunidades tradicionais, ribeirinhos, extrativistas, indígenas, entre outras. Com esse processo, é realizada também a promoção de eventos culturais, como saraus, visita autores, exposições e contação de estórias. Ou seja, todas aquelas manifestação cultural e artística que são características dessa região”, comentou o engenheiro agrônomo da Delegacia Federal do MDA em Roraima (DFDA-RR), Márcio Granjeiro.
Segundo ele, nas comunidades onde o projeto é inserido, são implantadas minibibliotecas rurais, dispostas em uma prateleira de madeira com rodinhas e, nesse móvel, são disponibilizados os livros. Inicialmente, cada unidade recebe 200 livros, com acervos que envolvem a literatura nacional e internacional, infanto-juvenil, livros técnicos, pesquisa e outros. O quantitativo pode aumentar, de acordo com a necessidade dos interessados.
“Esse quantitativo serve justamente para promover o acesso dessas pessoas à leitura, sendo também uma forma de você qualificar essas pessoas e também estimular a comunidade a interagir. Existe inicialmente um contato com a comunidade, aonde a gente vai até eles para divulgar a iniciativa. Havendo o interesse, o solicitante preenche um formulário e a Delegacia Federal inicia o processo de implantação essa biblioteca. Nós ainda realizamos o treinamento dos agentes de leitura, que serão aquelas pessoas que ficarão responsáveis pela gestão desse espaço”, explicou.
Para fortalecer mais a rede de parceiros do projeto, a delegacia realizará no dia 06 de outubro, às 08 horas, um encontro geral com lideranças locais. A ação será na Escola do Legislativo (Escolegis), localizada na avenida Nossa Senhora da Consolata, 897, Centro. Quem tiver interesse em realizar doações pode procurar também a sede da DFDA, que funciona das 08h às 12 horas e das 14h às 18 horas, na rua Chico Lira, número 315, bairro São Francisco, zona Norte.
“Qualquer pessoa tenha interesse em implantar uma biblioteca na sua localidade ou que queria contribuir com doação de acervos pode nos procurar que nós atenderemos com o maior prazer. É uma iniciativa que não tem periodicidade e que sem dúvida alguma contribuir para o enriquecimento do saber em todas as localidades do nosso Estado”, concluiu o engenheiro. (M.L)
