Bom dia!Os números expressam uma situação inaceitável, e por isso não parecem críveis. Mas a fonte é idônea e tem os números na mão. Ontem, em entrevista à Rádio Folha, no programa Agenda da Semana, o secretário de Justiça e Cidadania, Josué Santos Filho, disse que existe no sistema prisional do Estado algo em torno de 180 presos, ou como ele prefere chamar, reeducandos, cujas penas já foram integralmente cumpridas. Na mesma ocasião, o secretário disse que o Estado gasta, em média, quatro mil reais a cada mês por reeducando. Por pura aritmética, é possível estimar um custo anual de R$ 8,6 milhões com esses reeducandos que já poderiam estar trabalhando depois de pagarem suas dívidas com a sociedade.
Pelo menos aos olhos dos redatores da Parabólica, com base na informação dada pelo secretário Josué Filho, de que hoje o sistema prisional do Estado dispõe da ficha completa de toda a população prisional, manter esses reeducandos ainda presos é um desrespeito aos direitos humanos e um crime de improbidade, uma vez que essa manutenção provoca gastos desnecessários de dinheiro público, como sempre escasso, inclusive, para financiar o próprio sistema de cumprimento das penas estabelecidas pela Justiça. É preciso apurar de quem é a responsabilidade pela situação, afinal. Basta verificar a ficha de cada reeducando – ela não é tão extensa assim – e fazer uma pequena conta de subtração para restaurar a cidadania para essa gente e, de quebra, evitar essa sangria milionária de dinheiro público.DOMINANDOAs Organizações Não Governamentais (ONGs) e os ambientalistas que aparelham os órgãos estatais que cuidam do meio ambiente estão dominando a batalha em torno do marco regulatório sobre o assunto. No próximo dia 18 de abril, haverá uma consulta pública convocada pelo ministro Luis Fux sobre a entrada em vigência do novo Código Florestal, em virtude de alguns dispositivos estarem sendo contestados na justiça. O STF escolheu 22 pessoas para participarem do encontro e a grande maioria foi indicada por ONGs e ativistas ambientais.DE FORAOs estados da federação brasileira deveriam ser os maiores interessados em acompanhar de perto as discussões que se travam na justiça em torno do novo Código Florestal Brasileiro. No caso de Roraima, por exemplo, ainda não está pacificada a questão sobre o tamanho das áreas de Reserva Legal, que deve ser respeitado em cada lote rural, especialmente nas áreas de floresta. Mesmo assim, em uma rápida olhada na relação dos 22 nomes escolhidos pelo Supremo Tribunal Federal para a consulta pública do dia 18.04 é perceptível que não consta o nome de qualquer representante dos estados. Será omissão ou discriminação?ESCÓRIAEssa história que está rolando em torno do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) mostra uma face perversa da prática política brasileira. É o caso, por exemplo, de parlamentares que estão negociando com o governo, recebendo cargos em troca do apoio a Dilma, mas nos bastidores dizem que vão aproveitar o máximo que puderem do atual governo e na hora H vão traí-lo, votando pelo impedimento da presidente. Nada mais cretino, respeitando aqueles que, por consciência, não aceitam os mimos governamentais por terem já tomado uma posição contrária ao atual governo.LÁ E CÁA Parabólica não vai dar nomes por razões óbvias. Mas, o fato é verdadeiro. Um líder de determinado partido que ameaça desembarcar do governo Dilma Rousseff, embora esteja negociando para receber mais postos para continuar apoiando o Planalto, é visto em Brasília na mesa de negociação, mas aqui tem freqüentado, com muita freqüência, o QG que concentra a captura de votos contra a presidente. Na sexta-feira, por exemplo, essa figura da qual estamos nos referindo passou a manhã inteira naquele QG anti-Dilma.COMEÇARAME os efeitos da luta contra e a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff já começam a chegar a Roraima. Na semana passada, foi publicada Portaria do ministro do Trabalho e Previdência Social exonerando o superintendente estadual do INSS, tido como indicação do senador Romero Jucá, um dos líderes peemedebistas na luta para tirar Dilma do Palácio do Planalto. Um rápido levantamento dos órgãos federais no Estado mostra a possibilidade de várias outras exonerações.LIDERANÇAO embate em torno do eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT) tem mostrado cristalinamente que a liderança tradicionalmente exercida pelos governadores junto às bancadas federais dos estados está em decadência. Tudo leva a crer que os governadores não estão sequer sendo acionados pelo Palácio do Planalto na luta contra o impeachment. Deputados e senadores não estão nem aí para os governadores. CANDIDATOSO advogado Alex Ladislau, pré-candidato a prefeito de Boa Vista pelo Partido Republicano Progressista (PRP), revelou em entrevista à Rádio Folha que o coronel Edison Prola – ex-comandante geral da Polícia Militar e da Casa Militar do governo passado – e a médica Eugênia Glaucy – que também foi secretária de Estado no governo José de Anchieta Júnior – serão candidatos a vereador da Câmara Municipal de Boa Vista. O PRP pode disputar a eleição proporcional sem coligação, pois o partido possui nada menos do que 40 candidatos a vereador.