Meio século decorreu e a vida continua com saudade e memoráveis recordações – Francisco de Assis Campos Saraiva*Era abril de 1966 e lá estava eu correndo freneticamente para todos os lados tentando coordenar as tarefas que me eram pertinentes. A condição financeira era forte entrave que me importunava na ocasião.
Necessitava de dinheiro para tudo, pois o compromisso assumido carecia de rigidez para o objetivo colimado. E olhava para o calendário assinalando o dia 30 do mês corrente para o meu enlace matrimonial. Eram diversas providências a serem ultimadas e isso me preocupava bastante. Apesar do sufoco, não olvidava minha despedida de solteiro que já estava acontecendo. Pelas lindas praias de João Pessoa, em especial, a de Tambaú, saí acompanhado dos bons amigos de seresta Cristóvão Rodrigues, com sua linda voz e o majestoso violão e o grande mestre de voz cativante Gelon, e, juntos, fazíamos minha despedida de solteiro à brisa suave da praia cantando canções marcadas pelo tempo, como Ronda, Malaguenã, As Rosas não Falam, Chão de Estrelas, La Barca, Senhora Fortuna e outras. Hoje lembro com saudade a amizade fraterna daqueles bons amigos, que já estão no Jardim Celeste, aos quais deixo minha mensagem de gratidão espiritual para sempre. Na penúltima semana do mês, 23 de abril de 1966, sábado, lá estavam eu e Maria das Neves (Nevinha), natural de Bananeiras – PB, minha noiva, fazendo nossa despedida de solteiro, junto com outros casais, no salão panorâmico do Esporte Clube Cabo Branco, construído nas proximidades da Ponta do Seixas, importante marco geográfico, o mais oriental das Américas. Numa visão encantadora olhando para o mar, dançávamos suavemente ao som do violino do Maestro Sérgio Moura Trindade e da voz belíssima do Vocalista Jonas Pedrosa Alvarenga, que cantava músicas divinais embaladas pelo resplendor do tempo, dentre as quais Italianas, com predominância de algumas Napolitanas, como TORNA SORRENTE, SAPORE DI SALE, EL MONDO, ROBERTA, L’AMORE CENEVA, ZINGARA, AL DI LA, VOLARE, AMORE SCUSAMI e outras. Uma noite inesquecível que memorizamos para sempre. E a 30 de abril, sábado, última semana do mês que transcorria, estávamos nós casando na Igreja de São Bento, próxima a Catedral de Nossa Senhora das Neves, a Padroeira de João Pessoa, ministrando o Ato Cerimonial, o Grande Servo de Deus Padre Fernando Montenegro Abath, que fez uma evocação nupcial sublime enaltecida e admirada pelos presentes. Um casamento prestigiado pela comunidade daquela urbe. No mesmo dia chegava a João Pessoa, a comitiva do Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que foi recepcionado em desfile pela tropa do 1º Grupamento de Engenharia, minha Unidade Militar onde servia na ocasião, mas me encontrava em licença nupcial. As comemorações do casamento foi na residência do sogro Rui Rocha Madruga, à Rua Flávio Maroja, 29 – Tambiá, para onde os companheiros de caserna, após a Solenidade Presidencial, foram comigo comemorar, todos ainda fardados, sob o Comando do Capitão Marcos Lutero de Miranda, que era Comandante da Companhia de Comando e Serviços daquela Corporação. Foi uma comemoração alegre junto àqueles inestimáveis companheiros de batente. Quanta saudade sinto de todos eles. Dois dias após o casamento, fomos para Recife – PE, onde comemoramos a nossa lua de mel. A Praia de Boa Viagem é testemunha fidedigna de nossa felicidade naqueles dias transcorridos.
O ano de 1966 foi de bênçãos para nós. De fatos e recordações, que nem o tempo foi capaz de apagar. Tudo foi festa e alegria naquele ano maravilhoso que se foi. E para contemplação singular dos fatos que transcorriam, surge a música e o filme Italiano denominado DIO COME TI AMO, protagonizado pela linda cantora em início de carreira GIGLIOLA CINQUETTI, que encantou o Brasil e o mundo com a bela voz e a esplêndida desenvoltura no filme, que a consagrou como a melhor música e o melhor filme do ano. Era final de 1966, quando fomos assistir, ainda embalados pelo fascínio da lua de mel, o filme DIO COME TI AMO, cuja projeção era mostrada no Cine Rex, que à época ficava em frente à sede central do Esporte Clube Cabe Branco, à Rua Duque de Caxias, naquela fascinante Cidade Das Acácias. A Nevinha já estava gestante de nossa filha primogênita Alecsandra Verônica Madruga Saraiva, que nasceu a 24 de janeiro de 1967. Em 11 de maio de 1968 nasceu Ricardo Cesar Madruga Saraiva e em 8 de novembro de 1969 Adriana Kelly Madruga Saraiva. Esta é uma trajetória de meio século de nosso casamento, que foi capaz de vencer as crises e as tribulações que todo casamento enfrenta. Mas Deus foi e será sempre o Comandante Supremo de nossas vidas, dando-nos a clarividência de Seu Divino Espírito Santo em todos os momentos difíceis de nossa existência, nos assegurando o cumprimento de Sua Santa Palavra: “O que Deus une o homem não separa.” Por isso o glorificamos em contínua adoração por tudo o que fez de maravilhoso em nossas vidas. Tudo o que temos hoje e somos, foram dádivas preciosas do nosso Divino Mestre, o Criador de todas as coisas. Temos uma família abençoada por Deus, com os filhos, além dos citados, Andréa Patrícia Madruga Saraiva, nascida em 27 de setembro de 1971 e Ariadna da conceição Madruga Saraiva, em 8 de dezembro de 1972, ambas em Boa Vista – RR e os 10 netos, todos glorificando ao Senhor em toda a sua plenitude. Não foi um mar de rosas para ninguém, porque quem está na presença do Senhor terá tribulações de toda natureza, mas, com bom ânimo e determinação, suportaremos tudo com perseverança, como manda os ensinamentos do nosso Pai Amado: “Tribulação terá, mas tenha bom ânimo que você vencerá”. Tenho saudade dos bons amigos que já estão no Plano Celestial, porém entendemos que longevidade e saúde são dons de Deus. Quando chega o tempo de cada um determinado pelo Pai Eterno, temos que ser agradecidos a Ele e não nos rebelar, como tem acontecido com muitos de nossos irmãos. Que cada um seja fiel na obra do Pai Criador, como mantenedores de Sua Santa Vontade na face da terra. Deus é Fiel, dono do ouro e da prata e nada precisa de nós, a não ser a fidelidade e o carinho que temos por Ele, que nos dá em dobro tudo aquilo que patrocinamos de relevante no trabalho desenvolvido em sua obra no plano terrestre, na pregação do Evangelho a todas as criaturas. E no amor ao próximo como a si mesmo. Não há ofensa que não se possa perdoar, pois “é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna”. Cultive o amor e a gratidão como virtudes maiores em seu viver. Aos que nos jogam pedras, agradecemos de coração. São com elas que construiremos o nosso castelo. Agradeça sempre, mesmo que seja em períodos de borrascas, porque isso é do agrado de nosso Criador. Reflita nas coisas que não voltam atrás: “A pedra atirada. A palavra dita. A ocasião perdida. E o tempo passado”. Acredite e ame ao nosso Deus de todo o seu coração e tudo será resolvido satisfatoriamente em seu viver.
*Oficial R1 do Exército, empresário, titular, diretor técnico do Lab. Lobo D’Almada, membro da ALB e da ALLCEE-mail: [email protected].
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Vendo com o coração – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A alegria é o fogo que mantém aceso o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligência”. (Helen Keller)A Helen Keller foi um exemplo de superação, uma lição de vida. O que indica que a vida é uma lição que se estende por toda a vida. Estamos aprendendo a viver, em todos os minutos de nossas vidas. A infelicidade está em não saber viver. E a alegria é o alimento mais poderoso que fortalece cada momento da vida. Logo, não há por que ser triste. A tristeza é um atraso no espírito. A Helen era cega e surda. Sofreu muito na infância e foi uma adolescente revoltada, até entender que a vida deveria ser vivida na sua maneira de ser como um ser humano, como qualquer outro. E quando entendemos isso, somos felizes. Nunca permita que nada, nem ninguém, faça de você uma pessoa infeliz. Sorria sempre. Sinta-se no que você é. E você é um ser humano de origem racional. E como tal tem tudo de que necessita para ser uma pessoa feliz.
Mire-se sempre no seu espelho interior. É quando você reflete sobre seus atos, seu comportamento, suas atitudes, suas maneiras. Porque só quando somos felizes conseguimos fazer com que as outras pessoas se sintam felizes com nossa felicidade. O que nos torna donos dos nossos sentimentos. É quando nos sabemos senhores de nós mesmos. E isso nos faz feliz. E se está achando que isso é papo de botequim, corte essa. A simplicidade geralmente conduz à felicidade. Logo, dê mais importância às coisas simples à sua volta. E o mais importante é não confundir simplicidade com vulgaridade.
Toda a felicidade está em você. Talvez você ainda não tenha percebido isso, se você não se sentir uma pessoa feliz. E você nunca vai ser uma pessoa feliz se não se der o valor que realmente tem. E quando nos valorizamos somos feliz. E se somos feliz, transmitimos felicidade. Simples pra dedéu. Não perca seu precioso tempo com coisas que não lhe tragam prazer. Porque é no prazer que está a felicidade. E podemos, quando somos sadios, sentir prazer no planar do urubu nos seu voo encantador. Porque o que deve nos alegrar não é o urubu, mas a beleza no seu voo. E é essa diferença que faz toda a diferença. Coisa a que nunca prestamos atenção.
Não permita que os maus momentos que lhe ocorrem façam de você uma pessoa triste e infeliz. Nada é superior a você se você não se sentir inferior. E quando nos sentimos superiores nada nos abate. Nem mesmo os momentos mais temíveis e terríveis. É a grandeza do adversário que torna mais valiosa a nossa vitória. Erga sempre sua cabeça diante do desafio, por maior que ele seja. Você é mais valioso do que ele. Pense nisso.
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