Bom dia,Se os brasileiros e as brasileiras querem tirar mesmo o Brasil do buraco em que foi metido pelo PT e seus aliados – inclusive e, principalmente o PMDB -, nos últimos catorze anos, uma das tarefas mais urgentes e necessárias será discutir a questão do endividamento dos estados e municípios. Quase todos eles estão endividados, sem equilíbrio orçamentário e incapazes de prover a população dos serviços públicos essenciais, incluindo a educação, a saúde e a segurança pública.
Tomemos, por exemplo, o caso de Roraima, cuja dívida contrapõe o ex-governador José de Anchieta Júnior (PSDB) e o atual governo estadual. Auxiliares diretos e a governadora Suely Campos (PP) já disseram, várias vezes, que os empréstimos tomados pela administração de Anchieta elevaram, de tal forma, o endividamento do Estado, que isso está sendo impeditivo para que o atual governo faça um mínimo de investimento e até mesmo consiga continuar pagando normalmente suas despesas correntes, inclusive a transferência do duodécimo dos demais poderes.
Em sua defesa, Anchieta disse, na Rádio Folha, que todo o dinheiro que tomou emprestado foi transformado em benefício da população. Isso verdadeiro, evidentemente que não foi capaz de gerar aumento da arrecadação própria do Estado, mesmo considerando que todo empréstimo tem um prazo de carência para começar a ser pago, exatamente para esperar algum impacto na arrecadação.
Agora, o governo estadual, e os outros estados brasileiros, quer uma renegociação dessas dívidas por mais 20 anos e novo prazo de carência. O pleito é, aparentemente, justo, afinal, por que a atual administração tem de pagar um empréstimo que não teve o retorno esperado? Mas, caso a solução seja a dilação do pagamento, estaremos todos nós aceitando que se empurre com a barriga o problema para as administrações que imediatamente se seguirão. Parece assim que vivemos constantemente sob a infeliz Lei de Gerson.FALÊNCIA 1A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), autarquia federal a quem foi dada jurisdição sobre toda a região da Amazônia Ocidental, já enfrenta crise orçamentária/financeira, faz alguns anos, desde que o Governo Federal vem contingenciando seus recursos próprios. Os últimos levantamentos indicam que o Ministério do Planejamento tem mais de um bilhão de reais represados em Brasília e que deveriam vir para ser aplicados na Amazônia Ocidental, inclusive, em Roraima. São recursos gerados na região e que os burocratas de Brasília lançam mão, sob a justificativa de cortar gastos públicos.FALÊNCIA 2Esse sequestro das receitas próprias da Suframa, que, aliás, paga muito pouco a seus servidores, tem trazido enorme dificuldade à ação da autarquia. Mas, agora o bicho vai pegar ainda mais. A arrecadação daquele órgão é proveniente da cobrança de uma Taxa de Serviço Administrativo (TSA) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de decretar a ilegalidade. Sem ela, a Suframa vai ter de aguardar a liberação de recursos pelo Tesouro Nacional. Não vai ser fácil.PLACASaudosistas do ex-governador Ottomar Pinto protestaram, pelas redes sociais, contra a retirada da placa alusiva à inauguração da Praça das Águas, obra feita e inaugurada quando ele foi prefeito de Boa Vista. Com a reinauguração promovida, no sábado, pela Prefeitura de Boa Vista, a nova placa traz os nomes do presidente Michel Temer (ele nada contribuiu para tal), do ministro da Defesa, Raul Julgmamm (que também não participou de nada para a reforma), e da atual prefeita Teresa Surita (PMDB). O protesto pode até ser válido, mas, em vida, Ottomar foi useiro e vezeiro em fazer o mesmo com a obra dos outros.CUSTOA Coluna Esplanada, publicada cá, na Folha, trouxe ontem a informação de que os bons escritórios de advocacia cobram entre um a dois milhões de reais para pegarem uma defesa de políticos citados na Lava Jato. E isso é apenas o começo, se a causa sair vencedora a conta sobe para oito milhões de reais. Diante de tais informações, quanto custaria defender alguns políticos que têm mais de meia dúzia de citações? E de onde sairia tanta grana, quando o patrimônio desses acusados não chega a tanto. Com a palavra a Receita Federal, que tem muita dificuldade para apurar a fortuna de alguns políticos tupiniquins..LAVA JATOEntrevistado pelo programa Fantástico da Rede Globo – que parece ter se transformado na emissora oficial do novo governo-, o presidente interino Michel Temer disse que nomeou o senador Romero Jucá (PMDB) para o Ministério do Planejamento por conta de sua expertise em orçamento e pela capacidade que ele tem de articular-se no Congresso Nacional. Perguntado sobre o envolvimento de seu ministro na Lava Jato, Temer disse que Jucá lhe garantiu ter obtido da Justiça a informação de que as acusações que lhes são atribuídas ficam restritas a que “alguém disse que alguém deu dinheiro a ele”. Segundo Temer, nada de concreto.DEPOSITARAMAinda na mesma matéria, quando a repórter perguntou a Michel Temer (PMDB) sobre a citação de seu nome como beneficiário de recebimento de cinco milhões de reais, doados por uma empreiteira envolvida na Lava Jato para sua campanha, ele disse candidamente, que, de fato, “alguém” depositou a grana, mas que ela foi gasta no pleito. E a origem, caro presidente, não importa?