Como saquear um cofre público – Tom Zé Albuquerque*Quanto custa um parlamentar no Brasil? Será que a população brasileira tem essa preocupação? De onde sai tanto dinheiro para manter as benesses e os exageros nos gastos dos políticos neste surrupiado país? Será que as pessoas sabem que bancam uma vida arreganhada de regalias dos parlamentares brasileiros?
Segundo levantamento do “Congresso em foco”, além do pomposo salário, os parlamentares são agraciados com auxílio moradia (embora tenham apartamentos de graça para morar), verba de gabinete no valor simbólico de R$ 92.000,00, de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículos, escritório, divulgação de mandato, além de ressarcimento com gasto médico (embora tenha atendimento de primeiro mundo no Congresso Nacional), ajuda de custo nos primeiro e último mês da legislatura (uma forma dissimulada e vil de substituir os 13°. E 14°. salários, carros de luxo à disposição…
As dádivas aos homens públicos do país da lava-jato chegam a ser risíveis. O cotão, por exemplo, inclui passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, cota postal e telefônica, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança. O telefone dos imóveis funcionais está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. O cotão varia, de Estado para Estado. Resultado da bagaça: 1 bilhão de reais por ano para nós, contribuintes, pagarmos.
Neste momento estamos bancando os seguranças, as moradias, os carros oficiais, a farra dos combustíveis, os inúmeros motoristas, a diferenciada, farta e cara comida de políticos afastados pela justiça, por exemplo, Dilma Roussef e Eduardo Cunha. Por quê? Alguém vai dizer que é devido à lei que rege o funcionamento dos poderes no Brasil. Com minha ingenuidade, até dia desses acreditava que as leis brasileiras eram construídas com bases monólitas da moral. Ora, leis pra quem?
Não acredito que o Brasil mude de uma hora pra outra, sobretudo porque são muitos parlamentares envolvidos com escândalos, o que acarretaria numa limpeza quase generalizada no Congresso. Pouco provável.
Creio inclusive que o ex-presidente Lula volte a ser eleito, num retorno memorável pelo codinome de “herói providencial”. Ou seria “papai dos pobres”? Não importa, mesmo diante de evidências irrefutáveis, com acúmulo de capital, crescimento sinistro de patrimônio, escutas nauseantes, imagens comprometedoras, o que vale é que ele é nordestino, andou de pau-de-arara, não estudou, adora cachaça e fala “menas”. Precisa de perfil melhor?
Os deputados federais e senadores brasileiros são os segundos mais caros do mundo. A conclusão é de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Alie-se a este trágico dado o baixíssimo retorno que um parlamentar traz à sociedade da nação mensaleira. Nesse caso, a relação custo X benefício agiganta o custo. Orgulhe-se de ser brasileiro com uma balbúrdia dessas!
*Administrador ———————————-Começo TEMERário – Pedro Cardoso da Costa*
Michel Temer está presidente da República com os mesmos decantados 54 milhões de votos dados à presidente Dilma Rousseff. Por mais que seja negado pelos petistas, ainda é seu vice e é governo do Partido dos Trabalhadores – PT. Isso seria o bastante para não gerar expectativas positivas. Mas, as trapalhadas no início do seu governo conseguiram superar todas as expectativas negativas. Caso não ache um rumo logo, seu mandato será mais breve do que o da antecessora.
Começou pelos ministros falando de modo dissonante do entendimento do presidente e o governo desdizendo em questão de minutos. O titular do Ministério da Justiça disse que o governo não era obrigado a indicar o primeiro da lista tríplice para procurador-geral da República. Uma obviedade cristalina, pois se fosse o contrário não precisaria de lista. Mas não ficaria simpático a um presidente interino, que conta com a aceitação e simpatia da sociedade, contrariar uma prática de governos anteriores, mesmo que a contradita ofenda uma lógica primária.
Depois, veio a declaração do ministro da Saúde de que o SUS estava grande demais e que o país, daqui a alguns anos, não teria condições de bancar o sistema como está. Outra obviedade logo rechaçada.
Alguns veículos de comunicação enumeraram como desabonados fatos absolutamente irrelevantes para um governo federal, como para qualquer governo, não fosse a peculiaridade do atual presidente.
O primeiro desses fatos foi o logotipo criado pela gestão Temer, escolhido por seu filho, que estaria defasado por trazer 22 e não 27 estrelas na bandeira brasileira. A mídia também deu ênfase à falência do posto de gasolina de onde o presidente retirou a frase “não fale em crise, trabalhe”, que melhor simboliza o momento de sua administração. Além de não configurar nenhuma contradição por ser adotada em tese, na prática, a incoerência pode servir apenas como ironia. Mesmo sendo uma infeliz coincidência, a falência do posto em nada influenciará uma eventual má administração federal.
Outra falácia totalmente sem relevância foi o equívoco cometido por Temer de chamar sua esposa de advogada, quando ela só é graduada em direito. Nem vem ao caso o fato de 99% da população achar que bacharel em direito e advogado são sinônimos. É que seja bacharel ou advogada, imagina-se que o presidente não vá designá-la para nenhum cargo que exija a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil.
Ademais, seu início não poderia ser sido mais infeliz, ao não escolher mulheres para os ministérios. A defesa de que a importância é escolher pessoas competentes agrava a situação. Não é minimamente aceitável que neste país não existam mulheres com suficiente competência para assumir ministérios. E a questão deve ser analisada em sentido inverso. O governo estaria sendo linchado, acusado de discriminação inversa se tivesse escolhido só mulheres. Isso seria inimaginável. Nem falo de outras minorias, sem nenhum representante de comando, como negros, homossexuais e portadores de deficiências físicas. Como se não bastasse, Temer coroou seu mal começo com a extinção e, principalmente, a recriação do Ministério da Cultura.
Outro erro de morte foi escolher alguns ministros investigados pela Polícia Federal e pela Justiça. É que vindo do meio político, e desta política praticada hoje no Brasil, o princípio constitucional da presunção de inocência fica fragilizado diante da iminente possibilidade de as acusações se transformarem em condenações. Nesse caso, valeria a recomendação da ministra Carmen Lúcia, quando do julgamento do promotor designado ministro da Justiça de Dilma: o motorista deve redobrar os cuidados em autoestrada, quando houver um aviso de neblima, curva perigosa ou pista escorregadia.
Michel Temer não se ateve aos cuidados mínimos, manteve a direção perigosa e, com doze dias de gestão, já perdeu seu principal articulador político, seu principal piloto.
No próximo texto, continuarei tratando do que não é feito nessa gestão, mas deveria ser, principalmente, da necessidade de extinção de mais de 300 mil cargos comissionados.
*Bacharel em Direito————————————-Assuma a responsabilidade – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Ser homem é ser responsável. É sentir que colocando a pedra se colabora para a construção do mundo”. (Saint-Exupéry)Todos nós somos construtores do mundo. Cada um faz sua parte da maneira que lhe e possível fazer. É daí que devemos fazer, sempre, o melhor que pudermos fazer. E pelo que vemos, os que fazem melhor não são tantos assim. Mas não vamos nos preocupar com eles, mas conosco mesmo. Você já sabe que é um ser de origem racional. Atualmente não há mais como ignorar isso. Mesmo que tenhamos vivido milênios protestando contra a informação de que somos imortais, já começamos a pensar nisso com mais maturidade. Pense na sua responsabilidade no seu preparo para sua volta. E é simples pra dedéu. É só você começar a dar mais atenção a você mesmo. Se você ainda é dos que vivem rezando para não morrer, verifique qual o motivo do seu medo. Nós não morremos. Estamos aqui sobre esta Terra há exatamente vinte e uma eternidades. E não nascemos aqui; chegamos aqui por livre vontade, escudados no livre arbítrio. E continuamos nesse balaio de confusões porque ainda não aprendemos a sair dele. E tudo depende de nossa evolução racional.
Você acredita em você? Ou ainda é dos que acreditam que não são mais do que mera escultura de argila, esculpida por Deus, num dia monótono, chuvoso e preguiçoso? Não, você não é nem somos. Somos todos da mesma origem. E continuamos todos na mesma piroga furada da ignorância. Ainda não conseguimos saber quem realmente somo, por que somos, e como deixaremos de ser. E só deixaremos de ser o que somos quando progredirmos o suficiente para retornar ao nosso mundo de origem. E é lá que os que não sabem chamam de céu.
Cada um de nós é responsável por si mesmo. Tudo que conseguimos ou conseguiremos nesta vida, depende do que pensamos sobre nós mesmos. Porque atuamos de acordo com nossa responsabilidade. E esta depende da nossa evolução racional. E nossa evolução depende do valor que nos damos. Ou evoluímos no que pensamos, ou no que acreditamos dos que dizem para pensarmos. Quando não somos capazes de pensar sobre nós mesmos não somos capazes de evoluir. Porque se você prestar bem atenção verá que nem todos os seres humanos são capazes de viver. São os que passam pela vida, mas não vivem. E se você faz parte desse grupo, caia fora.
O Saint-Expéry também disse que: “O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem”. Vamos amar. O bem no amor é inesgotável. E é com ele que construímos o mundo para o futuro. E não podemos ser destrutivos quando amamos de verdade. Porque o amor só constrói. Pense nisso.
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