Bom dia!O pedido de prisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, todos do PMDB, só vem a fortalecer a posição dos que defendem como única saída para a crise política brasileira a convocação imediata de novas eleições, de preferência que sejam gerais.
É fácil entender a lógica desta argumentação. Caso Renan Calheiros seja preso, quem assume a presidência do Senado Federal é o senador petista Jorge Viana (PT), que, pelas posições já reveladas, não reúne condições de isenção para presidi-lo, exatamente num momento tão grave, quando se decidirá pela cassação, ou não, do mandato da afastada presidente Dilma Rousseff (PT). Ora, Viana faz o que Lula manda e tentaria de todas as formas trazer Dilma de volta ao Palácio do Planalto. E ela, decididamente, não tem condições de governar a República.
Acontece que Michel Temer (PMDB) já demonstrou, nestes últimos poucos dias de governo interino, que é refém de todo o esquema de corrupção que se armou nos últimos anos, para saquear os cofres públicos no Brasil. Teve de demitir Jucá, mas não se sabe por quais razões continua a recebê-lo com habitualidade e aceitar sua influência em destinar verbas públicas.
E não se pode subestimar a grave crise institucional do País. O Brasil tem, no momento, uma presidente afastada e um interino sem governabilidade; o presidente do Senado Federal, com prisão solicitada pela Procuradoria-Geral da República. A Câmara Federal é presidida também por um interino, tão desmoralizado que nem sequer aparece para trabalhar e tem igualmente Eduardo Cunha com pedido de prisão. A conclusão lógica é de que esta história de que as instituições estão funcionando é conversa para boi dormir, ou melhor, para desviar a atenção da população.DOIS PESOSOntem, aqui da Coluna, dissemos que os deputados estaduais não iriam aprovar a Moção de Apoio ao ex-governador Neudo Campos (PP) por entenderem que a medida submeteria a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) a desgastes perante a opinião pública. Acontece que os mesmos parlamentares aprovaram, por unanimidade, o mesmo em relação ao senador Romero Jucá (PMDB), com prisão pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. É o típico caso da utilização de dois pesos para a mesma medida.RESPOSTAQuando teve revelados os seus diálogos com o ex-senador Sérgio Machado (PMDB), Romero Jucá disse, inicialmente, que não pediria licença do Ministério do Planejamento. Foi aconselhado a “pedir exoneração” no mesmo dia e justificou-se dizendo ter enviado um pedido a Rodrigo Janot para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) informasse, com a devida urgência, uma declaração de seu real envolvimento na tentativa de barrar a Lava-Jato. A resposta veio a galope: Janot pediu sua prisão. Logo…COMPRANDOO rebanho bovino de Roraima, que talvez mal chegue a 850 mil cabeças, é flagrantemente pequeno, incapaz de sustentar a atividade como de sustentação da economia roraimense. Com pequeno desfrute – número de cabeças que pode ser abatido anualmente -, esse rebanho mal dará para fazer funcionar dois abatedouros, o atual da Codesaima e o Frigo 10, que vai entrar em operação nos próximos meses. E a situação tende a piorar. Notícias que chegam à Parabólica dão conta da existência de pecuaristas do Amazonas comprando matrizes paras levá-las para o vizinho Estado.PROPOSTANa linha do que estamos defendo aqui, na Coluna, o senador Telmário Mota (PDT) – que ainda tem mais de seis anos de mandato – propôs que senadores e deputados renunciem a seus mandatos para que seja convocada uma nova eleição geral no Brasil, envolvendo todos os cargos eletivos no plano federal. É claro, pela composição atual do Congresso Nacional, com cerca de 200 parlamentares envolvidos em falcatruas, é muito difícil que isto venha a ser concretizado. Além do mais, essas novas eleições não deveriam ter a participação dos canalhas, afinal, eles têm muitos outros canalhas menores dispostos a votar neles, e têm muita grana para comprar votos.SEM MEDOQuem observa com atenção o cenário que se está armando para a disputa do pleito municipal, da Capital e do interior, fica bem claro que a esmagadora maioria dos pretendentes a candidaturas andam à procura de uma “boquinha” junto a lideranças que eles acham que têm dinheiro para gastar no pleito. Como está proibida qualquer contribuição financeira que não parta de pessoas físicas, e com valor limitado à renda do contribuinte, fica muito claro que os políticos continuam apostando no famigerado Caixa 2, esquema para esquentar dinheiro advindo da corrupção.REPRESENTAÇÃOA assessoria do senador Telmário Mota (PDT) mandou mensagem para a Parabólica informando que ele entrou, ontem, com uma representação no Conselho de Ética do Senado Federal contra o senador Romero Jucá (PMDB) por tê-lo chamado de “bandido”. A ofensa teria ocorrido por conta da reação do senador peemedebista ao pedido de cassação de seu mandato feito por Telmário e pelo presidente do PDT, Carlos Lupi. Quem assistiu ontem ao embate na Comissão de Ética da Câmara Federal, entre dois deputados federais do Pará, sabe que o nível das discussões no Congresso Nacional é deplorável.