Os desafios profissionais – Pedro Hees*Ao iniciarmos o desafio da profissão comparo como a travessia do oceano, rio, córrego ou lago, onde necessitamos construir nossas embarcações, mesmo com alguns de nós sem saber nadar e, outros, nadadores profissionais. Alguns experientes capitães e outros simples marujos.
O mar que enfrentamos é impreciso, indeterminado e inconstante. Assim é o desafio de nova empreitada, novo projeto e novos clientes. Quando temos a oportunidade de desenvolver nossos projetos, escolhemos os materiais para construção das embarcações, selecionamos a melhor madeira, trabalharmos para sermos úteis e eficientes.
Foi assim que erguemos nosso barco e conseguimos pô-lo ao mar. Navegamos com o auxílio de bússolas e a ajuda de outras embarcações de maiores dimensões e potência. Esses instrumentos contribuem bastante para enfrentarmos grandes ondas e algumas ousadas tempestades, muitas vezes até inesperadas.
Com motores a pleno vapor, conseguimos nos desviar de ataques de piratas ou mesmo enfrentar batalhas, vencendo grandes trajetos e reconhecidos por muitos outros trajetos vencidos. Terras foram descobertas, exploradas e populações de diferentes sociedades foram conhecidas. Com sabedoria e tato conseguimos conquistar respeito e confiança.
Algumas vezes problemas ocorrem com rotas escolhidas e, por isso, a navegação fica comprometida. Enfrentamos batalhas internas e revoltas da tripulação por enfrentar novos oceanos ou mesmo pequenas travessias. Talvez por puro desconhecimento ou mesmo descontentamento, porque faz parte do indivíduo.
A condução de modestas naus ou imponentes embarcações fica comprometida para continuar o trajeto, solucionados pela experiência de capitães ou pela vivencia de marujos. A sensação é de navegar capitaneando grandes embarcações com remos de papelão que nos foram dados para continuar. E isso pode comprometer os reais objetivos. Assim, muitas vezes é encarado o papel do profissional Arquiteto e Urbanista. Enfrentar desafios a cada objetivo, mesmo seguro da formação acadêmica ou sentindo-se capacitado para as metas estabelecidas.
Cada projeto desenvolvido se torna grande desafio, enfrentado com a garra e a coragem que adquirimos nos conhecimentos na academia e vivências profissionais. As cores e texturas, que aprendemos a conhecer, com trabalhos plásticos que desenvolvemos, analises de resultados dos espaços conseguidos e projetados, é grau científico de base para projetos inovadores.
A História das civilizações que ocuparam os espaços e desenvolveram grandes palácios, cidades, monumentos ou ocupações de diferentes necessidades contribuem para o desenvolvimento de soluções atuais, aproveitamos as experiências e as particularidades na definição do “porquê” daquela escolha.
As áreas e as diferentes localizações geográficas, as distintas culturas e hábitos bastantes distintos de nosso país, muito contribuem para a criação de novos ambientes. A utilização e o aproveitamento de recursos naturais estão cada vez mais frequentes nas construções contemporâneas, devido aos estudos e pesquisas científicas profundas para a sustentabilidade.
Com o advento das novas tecnologias a cada dia, a cada instante, novas contribuições e inovações surgem. E aí onde podemos desenvolver soluções, cada vez mais adequadas para o conforto dos usuários dos espaços. Diversas ocasiões e eventos históricos muitas vezes ajudam o profissional Arquiteto e Urbanista a mostrar a real importância no desenvolvimento de ideias, criação de novos espaços e soluções de problemas enfrentados e, que, nem sempre, percebidos pelos usuários.
O nosso papel como Arquiteto e Urbanista é cada vez mais fazer com que a sociedade perceba nossa importância. E o que temos a nosso favor para dar certo? Graças a criações inovadoras de trabalhos de excelentes profissionais, que antes despercebidos, criam soluções eficientes, seja no espaço residencial ou laboral, seja em na rua ou bairro, também na criação ou reorganização de cidades, no projeto de ambientes cada vez mais agradáveis para viver e conviver com nossas famílias, parentes, amigos e vizinhos.
Que venham tempestades, ondas gigantes, leves brisas, pequenas marolas, chuviscos ou mesmo furacão torrencial, estamos aqui prontos para enfrentar a vida profissional e responder pela obra arquitetônica a qual estudamos e compreendemos perfeitamente.
*Especialista em Reabilitação Ambiental, Sustentável e Arquitetônica (UNB); Arquiteto e Urbanista formado pela (UFFRJ); e presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima (CAU/RR)————————————Brasil brasileiro – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Brasil, esse colosso imenso, gigante de coração de ouro e músculos de aço, que apóia os pés nas regiões antárticas e que aquece a cabeleira flamejante na fogueira dos trópicos. Colosso que se estendesse um pouco mais os braços, iria buscar as neves dos Andes para com elas brincar nas praias do Atlântico”.
Esse é o nosso Brasil. Continental, majestoso, rico e que merece mais respeito. Somos um continente dentro de um continente. Talvez por isso não sejamos visto como o que somos. Língua única, sotaques distintos.
Beleza que enriquece as mentes abertas à beleza. País de lutadores pacíficos. Universo dentro do universo das riquezas, das belezas e das injustiças. O gigante de coração de ouro, explorado por garimpeiros da injustiça malvada e descontrolada. Só um gigante poderia resistir a tamanha desordem política. Mas não é de hoje que vivemos os desmandos, e os resistimos com a grandeza de um país realmente grande. O tamanho do Brasil é infinitamente maior do que sua dimensão geográfica. Sua resistência aos inimigos ocultos na patifaria e da desordem, é incomensurável. Espezinhado, machucado, mas resistente aos arrufos dos da bandidagem.
Vamos amar nosso Brasil como ele nos ama. Administrá-lo com o respeito que ele merece, por ser um país acolhedor, amável e nada amado, como deveria ser. Vamos deixar de lado o menosprezo que temos pela nossa Bandeira e pelo nosso Hino. Não sei se você já observou, mas só os hasteamos e cantamos nos estádios de futebol. Mas não basta só cantar o Hino Nacional. Mais importante é respeitá-lo; é preciso tê-lo no coração como alma viva do amor pela Pátria. E nada de euforia, nem sentimentalismo, mas amor ao País que temos e que nos tem e nos mantém. Vamos amar o Brasil respeitando-o como ele merece ser respeitado.
Para que possamos nos orgulhar do País que temos, na sua imensidão, beleza e riquezas mil. Riqueza que não estamos sabendo viver, mas explorando de maneira grotesca e condenável.
Mais ordem, mais respeito, mas honestidade. Porque sem tais instrumentos não teremos o País que realmente queremos no que ele realmente é: “Colosso imenso, gigante de coração de ouro e músculos de aço”.
Porque se não fosse de aço não resistiria à bandidagem dos que deveriam administrá-lo com amor e respeito. Vamos fazer nossa parte, para que não continuemos marionetes de palhaços insignificantes mascarados de importantes. A vergonha não deve fazer parte do cardápio dos que a ignoram em nome de um país que não amam e exploram. Vamos nos educar e salvar este País, das garras das raposas que tentam engoli-lo.
Pense nisso.
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