Opinião

Opiniao 20 06 2016 2598

OPORTUNIDADE DE FAZER O BEM – Vera Sábio* Vemos o mal estampado em todos os lugares; muita violência, dor, tristeza, egoísmo, falsidade, corrupção e morte. Porém o bem faz parte da essência de todo ser humano e basta uma atitude para que ele brilhe como o sol e elimine todas trevas.

Volto a repetir uma frase do Lair Ribeiro que faz parte de alguns dos meus textos. “Intenção sem ação é ilusão. Tente e o poder lhe será dado”.

Precisamos despertar a esperança de dias melhores, que a cada vez mais dorme profundamente dentro de nós, pois é possível ser bom e fazer o bem.

Enquanto há vida,há esperanças e temos oportunidades de construirmos um mundo melhor.

É mais fácil enxergar a maldade presente em todo local. Todavia a bondade vem do íntimo e mesmo invisível aos olhos ansiosos e apressados que somente enxergam seus próprios interesses, ela vive sempre.

Ao pararmos, respirarmos suavemente, desacelerarmos os passos ambiciosos e concentrarmos na pureza do sorriso de uma criança, na beleza do pôr do sol, na harmonia dos pássaros e lírios; aqueles que tudo têm sem tanta pressa e desatenção.

Sentiremos que a oportunidade de servir, de se doar, de encontrar alegria na simplicidade e principalmente termos paz quando fizermos o bem é o que realmente vale a pena e nos entrega o prêmio da gratidão de uma vida feliz. Não permita que a maldade existente apague a luz da bondade vinda do criador e parecido a uma semente que está pronta a germinar dentro de cada um de nós.

Assim sempre que o mal se mostrar, perceba nele a oportunidade de fazer o bem. Como quando souber de alguém precisando de ajuda, sinta vontade e vá ajudá-lo. Se queremos honestidade, seja cada um de nós o 1º a ser honesto. Se gostamos de gentileza, sejamos cada um de nós, sempre gentis. Se queremos que sejam educados conosco, sejamos educados com todos que se aproximarem de nós. Enfim, só façamos aos outros o que queremos que nos façam.

É prático, é correto, é bom. Todavia requer a vontade de dar o passo inicial sem esperar que antes nos façam atitudes que são responsabilidades nossas; para que assim aproveitaremos a oportunidade de fazer o bem e evoluirmos a cada dia. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]. (95) 991687731————————————-A significância dos insignificantes – Luiz Maito Jr* Quem são aqueles que não vemos? Porque não os vemos? Quem nos ensinou a não os ver? O que nos constrange quando nos deparamos com um deles? São tantas as perguntas a serem relacionadas, mas quais são as respostas? Um breve olhar, talvez de lupa e, encontraremos estes seres humanos vivendo à revelia de nossos sentidos soberbos.

A ideia de superioridade intelectual, moral, social, perpassa certamente em cada um de nós e exatamente neste momento limita e alija um grupo de pessoas que passam a ser invisíveis, como fossem apenas figurantes de um filme. Moradores de rua, trabalhadores em lixões, varredores de rua, mendigos, usuários de entorpecentes, são vários, todos eles invisíveis.

O que nos contaria suas histórias? Suas vidas? Aonde chegaríamos se em um momento qualquer alguém contatasse e trouxesse à tona suas expectativas, suas frustrações, seu relato histórico do que é ser simplesmente ignorado, ser submetido todos os dias ao silêncio e a não existência. Durante a História e também durante a História da História vários grupos ganharam voz e lugar, quando alguns homens e mulheres perceberam a significância dos aparentes insignificantes.

Uma nova ou novíssima História se impõe, dela é composta aqueles que querem saber das diferenças, que querem respostas para inclusão social, que principalmente entendem que não há um só motivo racional para que nos aceitemos como superiores. Todo historiador é filho de seu tempo, e nosso tempo é este, um tempo em que no meio da segregação é preciso cerzir tecidos sociais com base na História de todos.

No decorrer da história da humanidade os homens cada vez mais capacitados intelectualmente e tecnologicamente passaram a distanciar-se daquilo que um dia foi uma sociedade mais igualitária, tal como as sociedades primitivas que Geertz C. em seu livro “ Nova Luz sobre a antropologia” citando o antropólogo MelfordSpiro, diz: “Tentativas de abolir a propriedade privada; ou a desigualdade, ou a agressão nas sociedades ocidentais têm uma probabilidade razoavelmente realista de alcançar sucesso, já que tais situações podem ser encontradas em muitas sociedades primitivas. Em comparação com, pelo menos, alguns primitivos, o homem ocidental é singularmente competitivo, belicoso, intolerante aos desvios, sexista, e assim por diante.(Spiro,M.1978)”

As distâncias vão aumentando com o passar do tempo e com a consequente predominância de uns (poucos) sobre outros (muitos), as relações de poder se estabelecem. Relações intrincadas e por vezes violentas, mas sempre vitimando ou submetendo pessoas a condições cada vez mais complicadas de subsistência. Rousseau em seu “Discurso sobre a desigualdade” tratará do mesmo tema, o homem em estado de natureza não competia entre si, apenas se valia da natureza para saciar seus instintos de sobrevivência, mas “O primeiro homem que, tendo cercado um terreno, e se lembrou de dizer isso é meu, e encontrou pessoas bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil” Jean Jaques Rousseau. E tendo inventado a sociedade civil, começou a dominar, até que em certo ponto fosse necessária a regulação desse novo entendimento de sociedade, assim surgiram as cidades, e delas a Justiça e o Estado, enfim a fundamentação do poder.

Todo o processo de avanço do mercantilismo até tornar-se capitalismo e do mesmo modo avançar de maneira predatória sob a égide da globalização e alcançar níveis mundiais de concentração de riquezas, criara de maneira exponencial enormes desigualdades sociais. Dentro dessa perspectiva de capital cada vez mais concentrado, alguns grupos são remetidos a total degradação humana e por este e outros motivos, que direta ou indiretamente estão ligados a este modo de viver contemporâneo, tais como racismo, preconceito, acabam por criar um mundo paralelo, onde uma população crescente se estabelece em empregos degradantes ou mesmo subempregos e sob o olhar da grande maioria se tornam invisíveis.

Em busca do entendimento de tal situação nos deparamos com várias questões relevantes, a questão econômica é uma, mas não necessariamente exclusiva ou primordial. Alguns outros fatores compõem esta situação, são eles: O preconceito racial, a pretensa superioridade cultural e intelectual bem como a discriminação e criminalização dos usuários de entorpecentes. As ruas são normalmente seu lugar, expulsos ou ignorados por seus familiares encontram na solidão ou nas drogas, geralmente as duas associadas, o caminho único de subsistência e sobrevivência. Uma política voltada para essas pessoas urge, estamos colocando cada vez mais gente na sub-humanidade, o Estado e sua Sociedade Civil, são os responsáveis pelo caos em que se encontram os invisíveis. *Estudante de História da UERR————————————-Pense no que diz – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa tudo o que diz”. (Aristóteles)Nunca se deixe levar por uma provocação para uma discussão. Perceba sempre quando está sendo provocado e fique na sua. Não importa se a outra pessoa vai pensar que você está fugindo, com medo de perder a discussão. Seja esperto e não se deixe levar pela provocação. Você já sabe que ninguém vence uma discussão. Os mais espertos saem, fingindo que perderam. Não há motivo para uma pessoa inteligente ficar alimentando uma discussão que não a levará a lugar nenhum. Quando conhecemos o assunto não temos por que pô-lo em discussão. O mais importante é repassá-lo para alguém que não o conheça. Mais do que importante, isso é um dever. Devemos passar nossos conhecimentos para os menos informados. Mas se isso gerar uma discussão caia fora dela. Mas procure sair pela tangente; nada de provocação nem demonstração de descaso.

Não caia na tentação de exibir seus conhecimentos. Use-os sempre que necessário. E a importância que você lhes dá está sempre em saber quando é necessário repassá-los; e com o amadurecimento adquirido desde que eles lhes foram passados. Maneirar é a mais eficiente maneira de você mostrar seu valor. Uma tarefa dificílima para os exibicionistas. E nada mais chato do que uma pessoa exibicionista exibindo-se, ou tentando exibir-se. Quer mesmo uma sugestão? Deixe que as pessoas descubram, por elas mesmas, quem você é. Lembre-se da Dama de Ferro: “Estar no poder é como ser uma dama, se precisar dizer que é não é”. Fique frio e você só sairá ganhando. Não se preocupe se alguém achou ou pensa que você saiu perdendo. Aí você deve se lembrar da do Jaime Costa: “Não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”.

Vá pensando nesse embaralhado durante esta semana. Sempre que aprendemos com as coisas mais simples tornamo-nos mais simples e por isso mesmo, mais admirados. Você vai ser admirado pelo que você é, e não pelo que você tenta mostrar que é. Quando você se exibe está preocupado em ser o que quer que os outros pensem que você é, e não com o que você realmente é. Nenhuma boneca sai do salão de beleza pensando nela mesma, mas em agradar ao público. E às vezes se esquece da sua beleza interior que não necessita de demonstrações. Você está nessa? Se estiver, vá em frente. Mas não deixe de refletir um pouco sobre você mesmo ou você mesma. Procure sempre ser o melhor você que você puder ser. Mas faça isso sem exibicionismo nem preocupação. Lembre-se de que você sempre será o que você pensa, mas nem sempre você é o que pensa que é. Pense nisso.*[email protected]