Bom dia! Os políticos brasileiros estão absolutamente esnobando os fatos que saem todos os dias na imprensa, frutos da investigação que está em curso, especialmente em Curitiba, para apurar o maior escândalo de corrupção que se tem notícia no mundo moderno. O Brasil convive com dois presidentes da República, uma afastada (Dilma Rousseff) e outro interino (Michel Temer); o presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha) está afastado e com iminente risco de ter o mandato cassado; e o do Senado Federal (Renan Calheiros) já teve até pedido de prisão formulado pelo procurador-geral da República (Rodrigo Janot).
Do ministério interino de Michel Temer, três ministros já caíram por verem seus nomes envolvidos como beneficiários do esquema de roubalheira montado para afanar dinheiro da Petrobras e outras estatais do setor elétrico federal. Mesmos metidos até o pescoço na lama da corrupção, muitos desses políticos, que Nelson Rodrigues chamaria de canalhas, continuam chafurdando na política nacional, tanto no Congresso Nacional quanto no Executivo, com a maior cara-de-pau, como querendo demonstrar que com eles ninguém pode, e que continuarão impunes depois de passada a onda de aparente indignação de parte da população tupiniquim. Até quando?DÍVIDAFragilizado pela interinidade e por denúncias diárias de que seus ministros estão envolvidos em algum tipo de malfeito, o presidente Michel Temer (PMDB) enfrenta, a partir de ontem, uma prova de fogo quanto à continuidade de seu governo. Pressionado pelos governadores, que querem pagar menos de suas dívidas junto ao Governo Federal, e sem condições de atender o pleito, Temer corre o risco de ficar isolado no Palácio do Planalto. Estima-se que faltariam nada menos que R$ 400 bilhões para saciar a sede de recursos dos governadores, e isso simplesmente quebra o Tesouro Nacional e joga uma pá de cal na tentativa de Henrique Meireles de cortar gastos públicos.SILÊNCIO 1Em janeiro do corrente ano, em reunião com técnicos do Ministério das Minas e Energia, a governadora Suely Campos (PP) obteve a promessa de que seriam feitos estudos de viabilidade para a construção de mais termoelétricas para garantir o abastecimento de energia de Roraima até que o Linhão de Tucuruí venha a ser implantado. Faz mais de duas semanas que repórteres da Folha procuram obter informações acerca das providências para tal fim, afinal, meio ano já se passou e ninguém se dispõe a dizer nada.SILÊNCIO 2Aliás, quase todo o governo FEDERAL faz ouvidos de mouco quando o assunto é prestar informações que são do mais alto interesse para os roraimenses. Exemplos: nunca mais se falou a quantas anda o reinício dos trabalhos de construção do Linhão de Tucuruí; e a questão da criação da Terra Indígena Pirititi? O prazo para a Funai apresentar o laudo antropológico final sobre a criação daquela TI terminou em novembro do ano passado e até hoje não se sabe qual foi a decisão. E ninguém, muito menos aquela autarquia aparelhada, presta qualquer informação sobre o assunto. Mais grave é a total omissão dos parlamentares federais do Estado que não dão a mínima para essas duas questões, que são fundamentais para o futuro de Roraima.ESQUENTANDODepois a Coluna vai dar mais detalhes. Por enquanto, é possível apenas dizer que o clima entre o Executivo e o Legislativo estaduais deve esquentar nas próximas semanas. Nossas fontes dizem que alguns parlamentares já sabem da origem das denúncias que desaguaram na Operação Cartas Marcadas, deflagrada pelo Grupo de Ações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado. As mesmas fontes dizem que os deputados não estão contra a apuração – afinal, a própria Mesa Diretora alega que não tinha conhecimento dos fatos. O que incomoda esses parlamentares é a motivação dos que deram origem às denúncias. LAMAÇALVia Whatsapp recebemos foto encaminhada por leitor da Coluna mostrando o estado da Rua Jandira Logo, no bairro Buritis. O leitor diz que no local foi iniciada, pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), uma obra de drenagem que se encontra paralisada desde o ano de setembro de 2015. Ontem os moradores decidiram bloquear a rua como forma de protesto. Pelas fotografias enviadas à Parabólica, a situação é realmente crítica. Valha-nos quem?CORREÇÃOOutro leitor da Parabólica manda mensagem, através do Whatsapp, tratando da questão do enquadramento dos servidores do Quadro Geral do Governo do Estado. Ele pede anonimato e diz que, na audiência realizada em 20.05.16, quando ficou evidenciado que a antiga lei do PCCR exigia a aplicação de uma prova como condição para a progressão vertical dos servidores, a qual não foi aplicada pela administração anterior, vários deputados estaduais – ele cita a deputada Aurelina Medeiros e o deputado Jânio Xingu – prometeram que a Assembleia Legislativa faria as correções necessárias para não prejudicar a contagem do tempo.