Bom dia!Para os próximos três anos, a negociação do presidente interino Michel Temer (PMDB) com os governadores dos estados jogou no colo da União uma perda de receita equivalente a R$ 50 bilhões. É uma grana que vai resultar em mais endividamento do Governo Federal ou, na hipótese pior, no corte de verbas para setores mais essenciais como educação e saúde. Como é de costume, no Brasil, não se exigiu antecipadamente o corte da festança de gastos públicos que levou quase todos os estados e municípios brasileiros à situação pré-falimentar em que se encontram. A solução mais simples, especialmente de um governo sem legitimidade, foi jogar a conta dos malfeitos na costa do contribuinte.
E quando decidimos tratar do assunto na Parabólica, não significa que estejamos contra a busca de uma solução para os graves problemas enfrentados pelos estados. Muito pelo contrário, o pleito dos governadores, na maioria dos casos – e o de Roraima é um deles -, é justo e necessário, mas é preciso ir além, inclusive promovendo auditorias para saber onde foi parar a montanha de dinheiro recebida por governos anteriores, e que benefícios foram gerados que impactaram para melhor a vida da população. Transferir o problema para novas administrações é criminoso e sem qualquer legitimidade que possa sustentar esse jogar a sujeira para debaixo do tapete.ESCLARECIMENTOAs matérias da Folha foram cristalinas e não deixam dúvidas de que recursos públicos e tráficos de influência foram usados para retirar posseiros de um latifúndio privado localizado nas imediações da Zona Leste de Boa Vista. Essa enorme área é parte de um conjunto de outras áreas que deixaram a Capital roraimense literalmente cercada por áreas adquiridas, sabe-se lá com que dinheiro, para fins especialmente de especulação. Usar privilégios instalados na administração pública em benefício privado é crime, de igual natureza daqueles que afanam o dinheiro público. E o pior é quando os dois crimes se somam. Até agora ninguém deu esclarecimentos convincentes.DESERTOSE por falar em pregão, ninguém sabe como o Governo do Estado vai dar solução para o pagamento dos serviços de decoração e ornamentação, com montagem e desmontagem das estruturas, e de contratação de empresa especializada em prestação de serviço de vigilância e segurança desarmada a serem executados nas dependências do Parque Anauá, a serem prestados durante os festejos conhecidos como Arraial do Anauá. Os pregões presenciais realizados para as duas contratações foram declarados desertos, isto é, ninguém compareceu ao certame. Vale lembrar que o aviso de licitação para contratação da empresa de decoração foi publicada no Diário Oficial do Estado de 7 de junho. Foi, inclusive, nota publicada cá, na Parabólica.LISTADa Assessoria de Comunicação da Defensoria-Geral do Estado recebemos e-mail nos seguintes termos: “Em relação à nota ‘Lista’, publicada na coluna Parabólica no dia 22 de junho de 2016, quarta-feira, as informações veiculadas comportam os seguintes esclarecimentos: a) A eleição deflagrada pelo Egrégio Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado (Edital n° 01/2016, DOE nº 2782, de 16 de junho de 2016) diz respeito à formação da lista tríplice para escolha, pelo Defensor Público-Geral, do novo Corregedor-Geral da Instituição, para o biênio 2016/2018; b) O processo de escolha do novo defensor público-geral encontra-se suspenso, aguardando definição por parte do Poder Judiciário. Feito o registro, informamos aos leitores que a Folha estará publicando matéria sobre o imbróglio.DEFESAE da Assessoria de Imprensa do deputado federal Carlos Andrade recebemos e-mail transcrito a seguir: “Diante da nota ‘Silêncio 2’, que saiu na editoria Parabólica do Jornal Folha de Boa Vista (de 21 de junho), que trata da questão da criação da Terra de Pirititi e do Linhão de Tucuruí, o deputado Carlos Andrade repudia veementemente a mentirosa acusação quando se fala da ‘total omissão dos parlamentares federais do Estado que não dão a mínima para essas duas questões’. O deputado e toda a bancada federal sempre estiveram ativos na questão energética do Estado. Durante todo o ano de 2015 e nesse primeiro semestre de 2016 já foram inúmeras audiências com o Ministro de Minas e Energia, o secretário executivo, representantes da Funai e Ibama e com o atual presidente em exercício Michel Temer”. Roraima necessita de resultados, e não de parolas, dizemos nós.