Opinião

Opiniao 27 06 2016 2632

O BULLYING PELA JANELA DOS ADULTOS – Vera Sábio* Bullying é uma palavra estrangeira, porém com significado nada atual, visto que sempre existiu preconceito em todos os lugares e de todas as formas; havendo também nas escolas entre os pequenos que ainda estão em formação.

Analisamos assim o porquêdisto acontecer, pois está nas crianças a verdadeira pureza, simplicidade, encanto e amor. Será que os adultos com seus preconceitos e malícias embutidos e mascarados por boa educação e gentilezas. No fundo não passam aos filhos quem são as pessoas com que eles devem se relacionar, emitindo um padrão de beleza, de inteligência e mesmo de bondade?

“Olha filhinho para você ser bonito não pode ficar gordo, para você ser inteligente deve andar direitinho, não se arrastando como fulano, ou veja aquele na cadeira de rodas vai ver que ele não obedeceu a mamãe e ainda se você não olhar para mamãe pode ficar com o olho torto ou desengonçado etc.”

Assim a criança começa a ter bullying tão somente pelas janelas dos adultos que falam como sendo punições as deficiências e diferenças existentes em cada um.

Vocês, pais e cuidadores, são totalmente responsáveis pelo comportamento da criança que está em vossa responsabilidade. Conseguindo outras maneiras mais eficientes e sem discriminações para que as faça entender que devem ser boas, educadas e obedientes.

Já passou a época ignorante em que tudo de errado que a criança fizesse, vinha um adulto para dizer que Deus a castigaria por isto. Agora você adulto e inteligente já tem a compreensão de que isto não corresponde a verdade; visto que Deus que é infinitamente bom, não o seria se vivesse castigando todos por qualquer coisa.

Então esta forma errada de educar deve ser definitivamente eliminada do seu vocabulário através de estudos e conhecimento de que a diferença faz parte do todo e independente da forma que cada um é. Merecemos o mesmo respeito, a mesma educação e o mesmo espaço.

Se você quer um filho bom e honesto, seja sempre uma janela amorosa, confiante e esclarecedora com um olhar interno; pela qual as características físicas, sensoriais, sociais e religiosas, jamais se tornem obstáculos para que seu filho seja amigo de qualquer criança que esteja na mesma escola que ele está. É na escola que se constrói uma sociedade mais inclusiva e principalmente mais fraterna e solidária com todos. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e [email protected]. (95) 991687731————————————– Política de esportes – Pedro Cardoso da Costa* É tão difícil defender políticas de esporte quanto é fácil o inverso e fazer da fome uma justificativa para a ausência de ações efetivas em outras áreas da administração pública da União, dos estados e dos municípios.

Até há uns 50 anos, passar fome ou necessidade financeira era uma situação atribuída exclusivamente ao indivíduo; ou a pessoa era considerada preguiçosa ou sem iniciativa; por um motivou outro, era censurada pela sociedade. Também poderia ser ou depressiva ou portadora de outra doença. A responsabilidade era somente individual.

Com o passar do tempo houve mudanças e hoje há situações em que a pessoa é responsabilizada, mas prevalece o entendimento de que algumas situações ultrapassam a questão meramente da pessoa e o fato passa a ser de responsabilidade coletiva.

De uma forma ou de outra, nos denominados países pobres, sem infraestrutura adequada, a discussão fica restrita à comida no prato. No Brasil não é diferente. Por isso, torna-se impossível cobrar ações das autoridades no sentido de criarem espaços para a prática regular de qualquer esporte, exatamente porque quase tudo o que se fala neste país relaciona-se à falta de comida. Mas a população não quer só comida…

Dos quase seis mil municípios, poucos têm uma quadra poliesportiva adequada à prática de três esportes diferentes. Não é razoável pensar em convencer um prefeito ou uma câmara municipal a construir um ginásio poliesportivo. Cientes dessas dificuldades, as pessoas nem tentam e se omitem totalmente.

Essa falta de compromisso com políticas de esporte ocorre nos governos municipais, estaduais e federal. Mas quando questionadas, as autoridades citam inúmeros projetos que atendem milhões de pessoas. Sabem que ninguém acredita, mas repetem à exaustão.

Iniciativas simples, como torneios de dama, de xadrez deveriam partir das próprias entidades sociais, dos sindicatos, das igrejas, dos condomínios e de outras instituições, mas só se consolidariam de forma abrangente e definitiva com políticas governamentais.

As cidades pequenas deveriam priorizar um esporte e organizar um torneio semelhante aos de tênis, com troféus e com uma simbólica recompensa financeira. Poderiam se organizar entre dez ou mais cidades para que cada uma fizesse um torneio de um esporte específico. Um município realizaria uma competição de vôlei, outro de basquete, de tênis, de natação e assim com outros esportes. Facilitaria a participação de atletas de outros municípios.

A cada três ou quatro anos, os municípios com mais de cem mil habitantes promoveriam eventos esportivos mais amplos, com nome de miniolimpíada ou de jogos abertos, a exemplo dos realizados no interior de São Paulo.

Como ainda prevalece a cultura da lei para tudo por aqui, para ajudar a fomentar a prática de esportes, o governo federal e/ou os governos estaduais deveriam criar normas prevendo a realização de atividades esportivas anuais em cada escola, sem exceção.

Estruturas físicas ideais viriam com a prática contínua. De início, valeria o improviso. Poderiam espelhar-se no futebol, que tem sua própria estrutura organizacional com torneios, campeonatos e tudo mais, com ou sem rede, com ou sem árbitro uniformizado. No vôlei, a falta de rede seria substituída por uma corda. Uma cal resolveria a demarcação da quadra. Um leigo que entendesse um pouco superaria tranquilamente a falta de um árbitro.

Da mesma maneira que todo vilarejo possui sua igreja, poderia se empenhar para a construção de uma quadra. As condições só surgirão com consciência, iniciativa e empenho.

Também há a necessidade de perseverança nas ações, para que os jovens não desistam no início. Seria necessário conscientizá-los dos benefícios que o esporte traz à saúde, além de ser ótimo como entretenimento.

Com pouco dinheiro é possível realizar todas as sugestões propostas. Com uma tábua (madeirite), dois caibros, seis parafusos e seis pequenas latas de tinta eu fiz uma mesa de tênis, que alegrou um vilarejo no interior da Bahia por muito tempo.  

Pode até não existir má-fé, pouco importa, mas se faz necessário que as autoridades e a sociedade se comprometam um pouco mais em relação ao esporte.

Também, essas iniciativas preliminares se encaminhariam automaticamente para a formação de atletas com índices olímpicos. A posição do Brasil em Olimpíadas dá o atestado da falta de investimento. Quando vence muito, ganha duas medalhas de ouro. É desestimulante. Dá vergonha! Isso precisa mudar e depende de todos e muito dos prefeitos e vereadores por estarem mais próximos da população. *Bacharel em Direito————————————-A importância do simples – Afonso Rodrigues de Oliveira* “As pequenas coisas parecem não ser nada, mas elas trazem a paz; assim são as flores dos campos que acreditamos não terem perfume, mas que juntas perfumam”. (Gandhi) É nas pequenas coisas que dimensionamos as grandes cosias. Se não existissem as pequenas, não existiriam as grandes. Assim como não existiria o feio se não existisse o bonito. A grande diferença está em não observarmos isso. Uma coisa valoriza a outra. Cada um na sua. Nada mal observar isso num início de semana. Sua semana vai ter a importância que você lhe der. Comece sua semana, não importa nem interessa quem você é, prestando atenção às coisas mais simples à sua volta. Comece por não pensar que isso é perda de tempo. Sempre perdemos tempo com coisas que pensamos ser o máximo para nossa felicidade, quando na verdade a felicidade está bem aí, do nosso lodo, nas coisas mais simples. Tão simples que nem lhes damos atenção, porque não damos atenção à nossa importância.

E se você estiver pensando que isso é jogo de palavras, você não está dando atenção à simplicidade. O que mais chamou sua atenção na sua vinda para o trabalho? Foram as poças de água nas ruas ou as flores silvestres ao redor das poças? As pessoas mais felizes prestam mais atenção às flores silvestres. Elas nos trazem momentos curtos, mas de uma felicidade que nem sempre percebemos; felizes sem perceber. E como somos apenas de origem racional, ficamos felizes quando vemos os garis arrancarem as flores silvestres e as jogarem no lixo.

Vamos falar sério. A felicidade está em cada um de nós. Não adianta ficar procurando-a lá fora ou em quem pensamos ser capaz de nos fazer feliz. Taí um poder que só você tem sobre você mesmo, ou mesma, não importa. Se você é uma garota bonita não se esqueça de que sua felicidade está no Salão de Beleza de Deus. E você não precisa sair de casa pra ir ao salão de beleza. Basta se olhar no seu espelho interior, porque é nele que você se reflete. Cultive seu sorriso, sua postura, seu falar, seu eu. E tudo está em você mesmo. Não permita que os maus momentos que possam lhe ocorrer durante o dia, façam de você uma marionete de você mesmo. Não há como ser superior se não for feliz. Comece prestando mais atenção às coisas simples à sua volta. Elas expõem a beleza de que você necessita para sua felicidade. É só você se valorizar em você mesmo. Quando nos aborrecemos com o insignificante nos igualamos a ele. Então, por que perder tempo com a inferioridade? Valorize-se no que você é porque você é o que você pensa. Por isso, pense positivo. É aí que está a felicidade. Pense nisso. *[email protected]