Bom dia!Poucas vezes se viu no Brasil um ministro do Supremo Tribunal Federal ser tão achincalhado e ofendido. Um internauta, reagindo à decisão do ministro Dias Tófoli, que mandou soltar o ex-ministro Paulo Bernardo, preso por determinação de um juiz federal de São Paulo, utilizou as redes sociais para desqualificar e ofender o ministro. Falou coisas que não se deve republicar, para não atingir a própria Suprema Corte da justiça brasileira.

Para justificar um pedido de intervenção militar no País, o internauta alega que o STF perdeu a condição de continuar cumprindo seus deveres constitucionais.

Apenas uma minoria anda fazendo coro para pedir que os militares brasileiros quebrem a normalidade democrática conquistada duramente desde 1985 com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney na presidência da República. De qualquer forma, é impossível não reconhecer a gravidade da crise política e econômica que se abate sobre o Brasil. Para começar, a República tem hoje dois presidentes, uma afastada pelo Congresso Nacional (Dilma Rousseff), e outro interino (Michel Temer), os dois em luta intensiva para capturar votos de alguns senadores que vão decidir, dentro de poucas semanas, qual dos dois continuará mandando no País do Palácio do Planalto.

No Poder Legislativo tupiniquim, a situação não é diferente: a Câmara dos Deputados é presidida pelo vice, que sequer preside sessões plenárias por falta de autoridade política; enquanto que o Senado Federal é presidido por Renan Calheiros (PMDB), que responde a nada menos por 11 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, por suspeita de ser beneficiado pelo dinheiro sujo da corrupção. Nunca esse poder legislativo esteve tão desmoralizado como agora. Ninguém o respeita.

Por enquanto, resta o Judiciário, o único dos três poderes a manter um mínimo de credibilidade, o que tem evitado a quebra da normalidade institucional do País. Se a Suprema Corte também perder a confiança dos brasileiros a vaca vai para o brejo e pode vir intervenção militar. O que não é bom, afinal, na democracia o melhor remédio para crises é, sem dúvida, o voto popular. É por isso que os verdadeiros democratas do Brasil pedem novas eleições já.RECUOO presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado estadual Jalser Renier (SD), vai anunciar logo mais, como publicou a Folha com exclusividade, a decisão da Mesa Diretora de tornar sem efeito o Decreto Legislativo que havia instituído três novos benefícios a serem pagos aos parlamentares. A decisão é fruto da péssima repercussão que a medida alcançou na opinião pública depois de que a imprensa divulgou a notícia. Somados, os benefícios, agora cancelados, aumentavam em cerca de 90% o valor total recebido pelos parlamentares mensalmente.DESGASTENo final das contas, é pouco provável que alguém possa medir o desgaste da Mesa Diretora da Ale, mesmo depois de cancelada a criação dos benefícios. Olhada a medida no contexto da vida pública brasileira, onde outros agentes públicos do alto da pirâmide hierárquica ganham salários elevados, até que os ganhos dos parlamentares estaduais não estavam tão exorbitantes. É preciso lembrar que os ganhos dos políticos quase sempre encontram sócios, na forma de pedidos de toda ordem, inclusive, dinheiro em espécie. Enfim, tomara que essa reação se espalhe contra os outros poderes para minimizar a abismal diferença de ganhos entre a elite, e o corpo principal dos servidores públicos. No Brasil, ela chega a cerca de 150 vezes.SEM DEFINIÇÃOE a novela da indicação de um nome para disputar o comando da Prefeitura de Boa Vista na eleição de outubro próximo continua. Depois de quase confirmado oficialmente o nome do deputado federal Hiran Gonçalves (PP), inclusive com uma costura política bastante avançada para ter como vice na chapa a vereadora Aline Rezende (PRTB), tudo continua indefinido nas hostes governistas. A nova desculpa para retardar a indicação é que teria sido encomendada uma pesquisa quantitativa e qualitativa para melhor clarear o cenário, só depois, possivelmente em 10 dias, sairá a decisão.ESQUISITOUm observador da cena política roraimense se disse estupefato diante do vai e vem na indicação do candidato que receberá o apoio da governadora Suely Campos (PP) para disputar a eleição para prefeito da Capital. Segundo esse observador o que torna esquisita a situação vem do fato de que, normalmente, políticos estariam brigando para conquistar a vaga de candidato governista. “Ao contrário, pelo que se divulga na imprensa, a dificuldade da escolha reside na relutância com que os políticos governistas parecem demonstrar para não carregar o ônus. Tudo indica que eles avaliam que estes são maiores do que eventuais bônus do apoio”, disse nossa fonte. Será?ESCLARECEDORESSegundo o jornal Estado de São Paulo, os parlamentares do PMDB alvos da Operação Lava Jato concentraram dois terços das contribuições partidárias distribuídas nas eleições de 2010 e 2014, pelas empreiteiras envolvidas no escândalo de roubalheira que quebrou a Petrobras. Nessas duas últimas eleições, o PMDB teria recebido cerca de R$ 1 bilhão, isso mesmo, UM BILHÃO DE REAIS roubados do povo brasileiro. O PT, primo pobre da roubalheira, teria recebido, no mesmo período, pouco mais de R$ 650 milhões.