Opinião

Opiniao 04 07 2016 2667

OS CAVALOS E A SÍNDROME DE DOWN -Waldecir R. Andrade*Por todos os lugares do mundo, grandes cavaleiros fizeram a história:

– Gegiscan: Um grande guerreiro, que travava suas batalhas com seu cavalo.

– Centuriões romanos: com suas parelhas, faziam as bigas voarem.

– Cowboys: homens que despertavam paixões, em suas montarias mostrando-se valentes.

– Os índios americanos: que a galope alvejavam suas presas com as flechas.

E aqui no Brasil, teve muito destaque os vaqueiros e os grandes desbravadores deste país que na maioria das vezes o cavalo era seu único meio de transporte.

Até mesmo na mitologia, o cavalo é diversas vezes citado, por ser a montaria de grandes deuses e semideuses; como Odim, o grande deus supremo de Asgard.

Os lendários:

– Pegasus: cavalo alado com suas lindas asas, sendo a montaria dos deuses.

– Centauros: ser que era metade homem e metade cavalo; com o poder de prever o futuro.

– Unicórnio: cavalo com um chifre na testa, tendo poder de converter o mal em amor entre as pessoas.

Agora na atualidade, cheia de tecnologia e transportes motorizados, tem os que pensam que os cavalos servem apenas para competições e lazer… O que é um terrível engano.

Os nobres animais ajudam em todo o mundo milhões de indivíduos que convivem com alguma limitação devido a síndrome de down, paralisias cerebrais, autismo, problemas de coordenação motora, acidente vascular cerebral e muitas deficiências intelectuais.

Enfim existem vários tratamentos realizados com a equoterapia, comprovando que o cavalo melhora o desenvolvimento intelectual, a afetividade, a liberdade de expressão, a independência, a elevação da autoestima, o amor pela natureza e seus animais, a socialização, adoção, e o cuidado mútuo.

O cavalo com sua nobreza, força e doçura, é um animal apaixonante.

Eu que não possuo deficiência intelectual, porém sou cego, tenho neste animal, um grande parceiro; adorando cavalgar e me sentindo depois das cavalgadas, com minhas forças renovadas e liberdade adquirida. Recebendo assim uma grande energia revitalizadora que só o cavalo proporciona.

Portanto sempre que posso e tenho um amigo que vai em outro cavalo me informando a direção; cavalgo e me sinto enxergando nestes momentos, estando de igual para igual com o companheiro que do outro cavalo me orienta.

Deixo aqui o meu relato no dia da pessoa com síndrome de down, reforçando a importância que são estes animais para estas pessoas.

Parabenizando os profissionais que se dedicam a esta excelente terapia. Pedindo aos governantes que a equoterapia aconteça sempre como uma grande prioridade neste Estado.

E que suas nobres montarias sejam tratadas com respeito e carinho. Para que amazonas e cavaleiros em sua cavalgada da vida tenham satisfação e alegria, com os ótimos resultados.

Assim os guerreiros com síndrome de down e outros demais com diversas anomalias, enfim, todos que se beneficiam da equoterapia, tenham dignidade e seus direitos cumpridos e respeitados.

*Terapeuta Corporal, Conselheiro do Conselho da Pessoa com Deficiência, esposo, cavaleiro e cego…[email protected] — 81173771————————————— Mentes do bem ou do mal – Walber Gonçalves de Souza* Pensar, com certeza é a nossa segunda maior qualidade. Pois a primeira sem sombra de dúvidas é a capacidade de amar, de amar incondicionalmente. Juntas então, amar e pensar, uma união perfeita, torna o ser humano um ser especial. Amar e pensar transforma o animal em gente, transforma o ser em humano.

Ao desenvolver a nossa capacidade de pensar nos afastamos dos outros animais. E como diria o filósofo René Descartes passamos a existir, pois para ele “penso, logo existo!”. O pensamento possibilita ao ser humano a capacidade de articular, de programar, de prever situações, de organizar os seus atos… enfim, o pensamento torna-se o cerne, a essência, de como o ser humano lida com a sua própria vida.

Mas o pensamento pode ser condicionado, levando as pessoas ao estado de alienação ou manipulação. Da mesma forma também pode ser direcionado, fomentando assim perigosas ideologias. A forma de pensar ou de como aprendemos a pensar dará a direção para a nossa vida.

O pensamento pode sofrer alterações? Acredito que sim, entretanto, quanto mais formatados em uma ideia nós formos, na mesma proporção ficará difícil mudarmos a nossa concepção do que foi pensado. Como exemplo, citarei os intermináveis casos de intolerância religiosa que presenciamos mundo afora. Quanto mais radical é a formação religiosa de grupo, mais intolerante ele se torna em relação aos membros de outras religiões. Outro exemplo também que pode ser dito está ligado aos campos de futebol, quantas pessoas na radicalidade da sua opinião acreditam que ninguém pode torcer por outro time. Imagine se todas as pessoas torcessem por um time só. Os outros com o tempo acabariam e aquele de torcida única, acabaria também, pois não teria com quem jogar.

Pensar deve ser então uma atividade mental diversa, múltipla e que deveria servir para o ser humano evoluir, crescer, desenvolver-se. Mas pode ser usada das mais diversas formas, para as coisas boas e para as coisas ruins.

Nenhum de nós pode negar a inteligência de Hitler.A forma como ele conduziu o nazismo é algo inusitado. Somente uma mente “brilhante” conseguiria tamanho êxito. Só que ele usou sua “brilhante” mente para o mal. Para maltratar, para matar, para discriminar, para propagar a intolerância, o ódio…

É impressionante como tantas pessoas usam uma das nossas maiores qualidades para desenvolverem a maldade. Temos presenciado no nosso país um turbilhão de mentes “brilhantes” usando o pensamento para o mal. Como covardes desumanos usam o ato de pensar como uma ferramenta de maquinar a decadência humana.

Entre os intermináveis atos de corrupção que dia a dia vemos brotar sob os nossos olhos, alguns se tornam tão sutis, tão bem pensados que quase chegam a ser um plano perfeito. A inteligência humana manifesta na sua mais cruel forma, busca nos limites da lei dar um ar de legalidade à prática corruptiva.

Somente uma mente “brilhante” poderia pensar em cobrar praticamente um real em cada prestação de todos aqueles que buscam crédito bancário. Pois não foi isto que aconteceu em mais um escândalo envolvendo os nossos ditos homens públicos. Aproveitam da fragilidade da pessoa que busca o crédito, pois quem está precisando de ajuda financeira não vai comprar a briga por pagar alguns centavos a mais na sua prestação, mesmo porventura achando aquilo algo estranho. E como diria o ditado popular de “grão em grão” foram afortunando-se à custa do trabalhador brasileiro, que historicamente sempre foi, com raríssima exceção, explorado das mais diversas formas.

Estamos vivendo uma “onda” estranha, onde em nome da relatividade, tudo aos poucos vai ganhando ares de normalidade. Assim, exemplos não faltariam para mencionarmos o que seria e como agiria uma mente do mal. Pois com caras piedosas tramam as mais cruéis falcatruas.

Todos somos dotados da capacidade de pensar, todos podemos ser bons ou maus, cabe a nós escolhermos o caminho que queremos seguir e como usaremos a nossa capacidade de pensar. Agora, pensando o Brasil, são tantas coisas que precisamos pensar, são tantas cosias precisando melhorar, que um bom caminho seria usar a nossa mente para pensarmos coisas boas, usarmos a nossa mente para o bem. *Professor————————————-                        Dá chá de boldo – Afonso Rodrigues de Oliveira* “O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual da abundância; a virtude inerente ao socialismo é a distribuição igual da miséria”. (Winston Churchill) Lutar por um dos lados é querer trocar seis por meia dúzia. Confesso que não tive coragem de ler a matéria de anteontem, aqui na Folha, sobre a nossa saúde que está no fundo do poço, de um poço sem paredes para a subida. Mas fazer o quê? Tomar chá de boldo também não adianta, porque a saúde está internada na mesma enfermaria em que está a educação. As duas, coitadas, estão nas mesmas condições e sem saída.

Você se lembra de quando o Paulo Renato foi Ministro da Educação? Certa vez um repórter comentou, com ele, sobre a falta de verba para a educação, e ele respondeu: “Não falta dinheiro para a educação. O que falta é gerenciamento no dinheiro da educação”.

A saúde está no mesmo balaio. E se o balaio é de gato, os gatos sabem o que fazer, enquanto gatos. E é o que fazem. Todos vivem no vício inerente do capitalismo. Enquanto isso, os defensores do socialismo continuam estrebuchando, na tentativa de um balaio diferente com os mesmos princípios. E nós? Que é que vamos fazer se não sabemos, nem conhecemos nosso poder para resolver isso sem arengas nem briguinhas comadrescas? E se você estiver com intenção de fazer sua parte para melhorar o cenário, cuidado. As mudanças não ocorrem de uma hora para outra. Elas exigem muito tempo. Mas temos que começar nossa luta pacífica e silenciosa.

Comece sua batalha já nas primeiras eleições. Observe se seu candidato, pelo menos alguma vez, fala sobre educação e saúde. Se ele falar, cuidado, ele está fora da linha da política atual. E como tal, não vai ter vez nem voz. Se ele não falar, cuidado, ele está na mesma linha dos que estão indo para a cadeia. E agora? Que é que eu faço? Vamos fazer nossa parte. Já que não nos ensinam, vamos aprender a aprender. E comece se preparando para ser um cidadão. Porque até agora ainda não conseguimos sê-lo, embora nos digam, enganando, que somos. Ainda não temos a liberdade no voto. E sem liberdade não há democracia. E para que haja liberdade tem que haver direitos. E não há direitos sem deveres. Para que usufruamos nossos direitos precisamos cumprir nossos deveres. E cumprir nosso dever é obrigação, direito e dever de cada um de nós.

Então vamos fazer nossa parte. Vamos nos educar, já que não nos educam. E só quando educados seremos merecedores do direito ao voto facultativo. E é exatamente por isso que os políticos não estão nem aí para a educação. Mas todos nós temos o dever de fazer nossa parte. Pense nisso. *[email protected]    —————————————Ciúme – Flavio Melo Ribeiro*O ciúme aparece nas relações interpessoais de diversas formas e intensidade, o espectro vai desde algo “leve” ao patológico. Surge nas relações de amizade, amor, familiar, trabalho, entre outros. De qualquer forma, é fonte de sofrimento para si e para quem se relaciona. Com relação a gênero, é comum os homens sentirem ciúmes quando há possibilidade de a parceira relacionar-se sexualmente com outro homem. As mulheres, geralmente, sofrem ao considerar que seu parceiro possa ter um sentimento, uma paixão para com outra mulher. Esse artigo aborda o ciúme na relação amorosa.

O ciúme é uma mistura de acreditar que se tem a posse sobre o outro com a insegurança de perdê-lo. O ciumento tem dificuldade de aceitar tal situação. É costumeiro o ciumento usar as atitudes do outro como desculpa para o ciúme, dizendo que as atitudes do outro dão “motivo” para tal. É claro que há pessoas que declaradamente se insinuam aos quatro ventos, mas nesse caso não é o ciúme o problema, pois ou a pessoa aceita que o parceiro será infiel ou corta a relação. O grande problema do ciúme é quando o outro não dá motivos nem se comporta como alguém que vai trair, mas sua liberdade incomoda.

Por outro lado, o mundo das redes sociais ampliou de tal forma as possibilidades de relacionamento, tanto em encurtar as distâncias geográficas como divulgar e esconder contatos, que possibilitou mais atritos que se poderiam imaginar anos atrás. Por outro lado, a total falta de ciúmes também não é saudável para uma relação amorosa, pois aponta frieza, falta de interesse e pode, inclusive, gerar insegurança no outro. Por fim, a intensidade do ciúme está diretamente ligada ao sofrimento que ele vai causar. Na mesma proporção, quanto maior a carência afetiva, maior a possibilidade de sentir ciúme.

Como resolver o problema do ciúme? É mudar a personalidade, alterar o ponto de vista sobre quem é o outro. Primeiramente, precisa se dar conta de que o outro não passou a existir depois que você o conheceu, que se o outro apresenta boas qualidades é porque provavelmente aprendeu nos braços e beijos de outrem. Se o outro apresenta maturidade no amor, é porque já amou, sofreu, fez sofrer e já foi feliz com outra pessoa. Mas para ver o outro dessa forma sem sofrer precisa inicialmente investir em si, se valorizar, localizar-se de quem é e o que quer. Saber que é uma pessoa criada e desenvolvida numa rede de relações e que se apaixonou por alguém que também tem uma vida, uma história e uma rede de relações. E, caso seja uma pessoa “legal”, vários amigos, amigas, parentes irão requisitá-lo para várias atividades. Mas não é fácil fazer isso sozinho, sem estar contaminado per seus próprios valores. Por isso a importância de a pessoa procurar um psicólogo para fazer uma psicoterapia. Conhecer-se e saber qual o seu projeto de vida é investir em si.*PsicólogoCRP12/[email protected]