Opinião

Opiniao 01 09 2016 2921

Virtudes morais: transgressões e rupturas (V) – Sebastião Pereira do Nascimento*O que resulta de uma sociedade que não se orienta pelas virtudes morais? No Brasil, incontáveis são os grupos sociais desabonados das condutas do bem e indiferentes enquanto suas práticas de cidadania. Atitudes que fazem menções ao empobrecimento do ser humano e ao agravamento da despreocupação moral quanto à responsabilidade de cada um na sociedade.  

Assim, quando nos deparamos com pessoas padecendo por conta de diversas indisposições nas áreas da saúde, educação, violência, entre outras inquietações que tanto nos indignam, é importante saber o quanto isso nos afeta moralmente, e o quanto a parte “podre” da sociedade que comunga das deias contrárias às leis e à moral tem a ver com tudo isso.  

Por outro lado, quando nos deparamos com essas graves indisposições que degeneram o povo brasileiro, além de acusarmos os plenipotenciários, devemos também questionar como as pessoas no país se revelam diante do seu cotidiano: Será que deliberam seus juízos a partir das virtudes morais? Ou qual sua escolha diante do exercício da cidadania? Esses e outros questionamentos devem ser considerados, uma vez que as pessoas que agem com tais indisposições, por si só não deveriam reclamar dos seus males, pois é a soma de suas más atitudes que incidem sobre as mazelas desse país, seja na esfera pública, seja pelo indivíduo comum.

Fazendo um paralelo no que diz respeito ao bem-estar, em seus vários aspectos, é notório que a prática de uma alimentação sadia, um ambiente salubre, exercícios físicos e mentais etc, é de fundamental importância para uma melhor qualidade de vida, pois muitos dos males que ocorrem no universo humano estão relacionados ao estado de natureza em que vive o indivíduo – aqui considerando o bem-estar físico, mental, emocional, espiritual, social e moral. Por isso, promover esses bens é responsabilidade de cada um e da sociedade como um todo, que devem partilhar entre si as boas intenções para que possamos consentir uma vida sadia, digna e feliz.  

Partindo dessa máxima, percebemos que muitas vezes o indivíduo padece de algum agravo por conta de sua própria ignorância, aliada à fadiga preguiçosa de não “nutrir” adequadamente o corpo, a mente e o espírito: o corpo a partir de uma dieta sadia, exercícios físicos e uma escolha correta para seu estilo de vida; a mente através de uma boa leitura, de um sorriso fácil e um pensamento que desprenda coisas do bem; o espírito envolve descobrir e acreditar em algum propósito na vida e estar intimamente em contato com seu eu interior.

Para algumas pessoas a saúde espiritual pode incluir a prática religiosa, mas que, de maneira exagerada pode entorpecer o espirito e desfalecer a alma. Por isso, a negação aos dogmas pode ser uma opção para quem quer desprender o espirito. Sendo todas essas acepções fundamentais para uma vida saudável e oxigenada de boas intenções, que devem ser promovidas de forma comedida, sem exagero, sem vício e sem excesso;se for ao contrário, podemos insuflar o sentido das virtudes morais.

No caso do Brasil, a própria educação formal não oferece orientações suficientes aos mais jovens quanto às boas maneiras de promover o bem-estar pleno. Por razões diversas, as escolas deveriam superar esse fraco desempenho da educação e orientar melhor essa população juvenil para a prática de uma vida mais saudável. A família, que é a base estrutural da sociedade, também tem um papel importante nesse processo, sobretudo quanto os males degenerativos que afetam o corpo e a consciência de seus entes. Não o bastante, atualmente é comum perceber que a maioria dos pais – talvez pela incompetência ou mesmo pela ignorância –, não revela nenhum interesse em prover seus filhos de boas maneiras.

Ao mesmo tempo, creio que os “artefatos” eletrônicos como celulares, aplicativos, games, tablets etc, usados de forma excessiva só contribuem para robustecer esses problemas, principalmente quando utilizados por indivíduos incapazes de agir intelectual e moralmente, onde no futuro próximo teremos multidões de sujeitos – feito zumbis humanos – ensandecidos e inaptos aos exercícios sociais, como bem apregoou Charles Chaplin em “Tempos Modernos”, e mais tarde José Saramago em “Ensaio Sobre a Cegueira”.

O que resulta de tudo isso, são pessoas apáticas e dementes sem perspectivas de conforto para suas inquietações. Por conta disso, o Brasil continua sendo um “imenso hospital”, assim como relatou o sanitarista Miguel da Silva Pereira, no início do século XX, quando se referiu às graves epidemias causadas pela má qualidade de vida do povo brasileiro. Diante dessas preocupações, é acalentador pensar nas virtudes morais, apregoadas por Aristóteles, como elementos construtivos que trazem consigo a possibilidade de alentar a resiliência da sociedade e ressignificar os valores morais como forma de ruptura das maleficências que tanto nos afetam.

*Filó[email protected] ———————————————Fique atento – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Existe uma abundância de oportunidades para a pessoa que seguir a correnteza, em vez de tentar nadar contra ela”. (Wallace D. Wattles)    Uma expressão genial do Wallace. Difícil é agente entendê-la, interpretá-la. Por que nadar contra a correnteza, se podemos segui-la? E seguir a correnteza no âmbito racional não significa ir com ela, mas apenas segui-la. São coisas diferentes. Há um zilhão de livros, por aí, que não deveríamos deixar de lê-los. E o importante é que nem sempre devemos seguir rigorosamente o que eles nos indicam. O importante é saber lê-los. Os ensinamentos vindos dos livros devem ser implantados no nosso cérebro e sabermos usá-los no momento certo, quando eles forem convenientes. E esse momento pode muito bem estar numa conversa descompromissada. Pode estar no momento exato em que você externa um pensamento vindo do livro, mas sem o sentido de orientação. Que é o que caracteriza a oportunidade. Simples pra dedéu.

O mundo está vivendo uma reviravolta incomensurável. A impressão que temos, quando prestamos atenção, é que o mundo vai se acabar. Mas se formos mais atentos veremos que nada de novo está acontecendo.

Que tudo a que assistimos hoje, no mundo da evolução humana, não é mais do que o que já aconteceu em épocas remotas. Não nos esqueçamos de que estamos aqui, sobre esta terra, há nada menos do que vinte e uma eternidades. E ainda há dirigentes dos destinos espirituais que acreditam que o mundo não tem mais do que oito mil anos. O ser humano sempre viveu o problema da corrupção, do crime, que nem sempre foi considerado crime, e por aí afora. E daí? O que devemos fazer para corrigir isso? Vai depender de sua evolução racional para que você entenda os caminhos da evolução. E só.

O mais importante é que aprendamos a não nos deixar levar pela desgraça. O que importa é que não a ignoremos. E quando não a ignoramos, sabendo o que ela realmente é, e não nos deixamos influenciar, estamos caminhando e evoluindo. Mas esse processo evolutivo depende de cada um de nós por nós mesmos. E depende, e muito, da nossa autoestima. E nunca a teremos enquanto não nos conhecermos no que somos. E o que somos, são seres de origem racional. E por que não seguirmos em rumo ao nosso retorno ao nosso mundo, de onde viemos e para onde devemos voltar? E isso é simples pra dedéu, é só nos valorizarmos. E quem se valoriza não se deixa influenciar pelos que não se valorizam. Respeite-se no seu nome. Cognomes, quando usados no sentido de evolução, não são mais do que uma indicação de falta de personalidade. E quem não se respeita não merece respeito. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460