Opinião

Opiniao 31 10 2016 3183

Socialismo sui generis – Pedro Cardoso da Costa*Grande parte dos males do mundo resulta da defesa cega de conceitos e de dogmas. Podem ser de cunho religioso, acadêmico, filosófico; de Estado, de povo, de sistema de governo, de partido político e até de time de futebol. Por eles, as pessoas continuam morrendo ou matando individualmente ou em grandes guerras entre nações.Portanto, só vamos tentar abordar aqui algumas ações assistencialistas de governos brasileiros, sem entrar no mérito se é possível associá-las a determinado sistema econômico.Começam com uma série de bolsas assistencialistas do governo federal. Por meio delas, o governo incentiva a proliferação de crianças, especialmente em regiões pobres, para aumentar o valor da bolsa recebido por cabeça. Também aprovou o Estatuto do Idoso, a lei federal nº 10.741/2003, concedendo isenção às pessoas acima de 65 anos de pagamento de passagens nos transportes coletivos nas cidades. Ora, a pessoa não se torna incapaz ao chegar a essa idade. O importante seria uma aposentadoria em que as pessoas custeassem sua própria locomoção, seus remédios, sua alimentação.Já os estudantes são beneficiados com a chamada meia-entrada em vários ramos de atividade e com o pagamento de metade do valor das passagens. Trata-se de um auxílio generalizado, sem uma análise sobre casos específicos de quem teria necessidade econômica.A gratuidade vai além do ir e vir à escola.  Dentro dela, governos se vangloriam pelo fato de muitas crianças irem às aulas pela comida, as três refeições diárias, e não pelo aprendizado. Não satisfeita, em São Paulo, a prefeitura gasta uma verdadeira fortuna com postagem para que o Correio entregue o leite na casa do aluno.Ainda no Estado de São Paulo existem os restaurantes “Bom Prato”, modelo copiado com pequenas adaptações no Brasil inteiro, nos quais uma refeição básica custa R$ 1,00, com direito a um suco; e um café da manhã pela metade desse valor. O cidadão sai de barriga cheia para morrer na próxima esquina por falta de segurança, exatamente por faltar o dinheiro com que o governo subsidia essas funções exclusivas do indivíduo.São medidas paliativas que servem para iludir a quem necessita e aos defensores ingênuos de boa-fé. Governos devem fomentar o desenvolvimento para ter emprego. Quem tem o dever de alimentar os filhos são os pais ou responsáveis. Até por padronização e organização defendo a alimentação pelo Estado na fase de creche. Todavia, o governo engana alguns com comida, enquanto deixa milhares de crianças sem creche.Os governos dão comida no lugar de ensino de qualidade para preparar cidadãos com boa formação e prósperos para, com isso, darem retorno automático em pagamento de impostos ao Estado. O mesmo governo que gasta fortuna para o leite chegar à porta, deixa que o cocô “in natura” seja despejado diretamente nos rios da cidade.Com a máxima urgência, é preciso que cada cidadão assuma suas obrigações pessoais, ficando a cargo dos governos as funções essenciais e para todos. Esse assistencialismo generalizado e enganoso forma cidadãos parasitários e dependentes exclusivamente de governos. *Bacharel em Direito——————————————-“Moço, me paga um livro?” – Tom Zé Albuquerque*Em 2014 foi publicado um livro intitulado de “Fábula Urbana” (José Rezende Jr. e Rogério Coelho) que retrata uma dura realidade que rotineiramente ocorre, em especial, nas grandes e médias cidades brasileiras: as crianças e adolescentes pedintes. Ocorre que, na obra ilustrada, a criança pede aos transeuntes não o usual, dinheiro ou comida, mas… um livro. Creio que a intenção do autor foi de trazer a sociedade para uma reflexão social, numa revisão sobre valores, ética, discriminação, preconceito, pensamento linear, para todos os níveis, idades e tipos de pessoas. Ler a obra Fábula Urbana é um desafio, afinal, qual o impacto psicológico de alguém (principalmente adultos) que é abordado no meio da rua ante as atribulações diárias? Observemos que os pedintes em sua maioria buscam dinheiro, e alguns poucos comida, mas… livros? Não à toa, na obra, o autor em terceira pessoa discorre o contexto expondo as reações do “homem de ferro” perante o “menino”. E o muito importante repassado no livro: a existência das várias mensagens subliminares, carecendo de o leitor educar o olhar para aquilo que não está explicitamente colocado.Recentemente um programa televisivo tratou da temática explorada no livro, através de uma matéria simulada, cuja criança de rua era um ator em abordagens a várias pessoas no centro de uma cidade grande. O resultado, como de se esperar, foi impressionante. Na reportagem, muitas pessoas banalizaram, se esquivaram, mas muitas outras se sensibilizaram com o atípico pedido da criança pela doação de um livro. Isso mostra as diferentes visões que temos sobre a importância e necessidade de se ler, sobretudo quem pode ou deva ler, e quem está habilitado ou apto a colher um livro no meio do tempo de uma rua qualquer.Em um país onde a educação é tratada com desdém; uma nação onde o investimento na área educacional é enorme, mas os recursos se esvairam no ar e no tempo por falta de gestão, zelo, probidade e respeito; num país onde boa parte dos discentes universitários chegam no terceiro grau sem o hábito da leitura, conquanto, em sérias dificuldades de interpretação de um pequeno e simples parágrafo; em uma sociedade onde o vandalismo supera a livre manifestação, e a anarquia sobrepõe a reflexão responsável, pela reivindicação de direitos aniquilando estes mesmos de outrem; em uma nação em que ler é considerado um fardo para expressiva parcela da sociedade, acreditar que crianças de rua optem o livro à comida é, no mínimo, incongruente.Pois bem, dia 29 de outubro é reservado para comemoração ao Dia do Livro. Para a UNESCO, é assim considerado, em forma de produto, quando se tratar de uma publicação impressa, não periódica, que consta de no mínimo 49 páginas, sem contar as capas. Mas o livro extrapola essa condição por ser um extraordinário meio de informação e um suporte inigualável no desenvolvimento do conhecimento. A média de leitores no Brasil é de um livro anualmente lido por cada dez habitantes, enquanto na vizinha Argentina, a média é de oito livros por cada dez habitantes. Ao considerarmos que o Livro é possivelmente uma das três mais revolucionárias invenções do homem, a obra aqui mencionada deveria para nós ser chamada não de “Fábula Urbana”, mas de “Fábula Brasileira”. Triste realidade, retratada também nos bons livros, que poucos se habilitam a ler.*Administrador – email: adm.tom.albuquerque.com.br——————————————-APROVEITE A VIDA – Vera Sábio*A vida é a verdade da ida, uma ida de encontro com a morte.Viver é atitude para corajosos, persistentes e preparados para enfrentar os desafios, superar os limites e encontrar o inevitável, a morte; pois viver é mais do que sobreviver.Para viver é indispensável toda força, fé, determinação e estratégias, afim de ter avida com maior qualidade.A busca por vida saudável, por academias, nutricionistas, naturalistas, terapias corporais, meditação e meios de manter-se jovem e ter mais tempo neste mundo é a deixa do momento.Porém o rancor ainda existe de maneira drástica, o estresse estampado nos rostos sérios e o amor e o perdão em escassez. E assim como ter qualidade de vida?

É preciso entender que tanto a vida como a morte são duas fontes do mesmo íntimo; por isso não resolve buscar externamente o que não se encontra internamente.Não adianta no dia dos mortos tumultuar o cemitério com saudades e lágrimas que não foram distribuídas com perdão, amor, sorrisos e abraços, enquanto a pessoa estava viva.É preciso mais uma vez lembrarmos que morremos a cada dia e por isto não temos tempo para acumular rancores, ódios, mágoas e tudo que nos impede que nossa estrada esteja mais florida na ida da vida.Faça para o outro o que quer receber dele Lembrando do que disse Jesus: “pé de espinhos não produz figos doces”. Portanto não temos como colher o que não plantarmos.Aproveite este dia dos mortos para valorizar a vida e visitar alguém que deve faz tempo e sempre deixa para depois. Sorria mais, divirta-se mais, ore e agradeça mais a Deus, pois com certeza nós temos bem mais do que precisamos.Ajude o próximo e sejas mais feliz para que quando a sombra da morte nos cobrir; brotaremos nos outros lágrimas de gratidão, com  a doce lembrança da nossa história que ficará para sempre.* Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e [email protected](95) 991687731——————————————-Valores que nunca se desvalorizam – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A alegria e boas maneiras, quanto mais você as gasta mais você possui”. (Barão de Itararé)    Na verdade, não gastamos quando distribuímos na felicidade. E ser alegre é ser feliz. E como você está iniciando mais uma semana, procure vivê-la intensamente alimentada com alegria. E alegria é algo que não temos como armazenar. Ela cresce na medida em que a distribuímos. Uma lição de vida que a vida nos dá. Você é uma pessoa alegre? Que é que está lhe faltando pra você ser feliz? Procure em você mesmo o que você necessita e quer. Você tem tudo de que necessita para viver a vida como ela deve ser vivida. O importante é que você se valorize. E é só isso.Não permita que os problemas façam de você um trapo humano. Nenhum problema, por maior que ele seja, pode ser maior do que você, a menos que você se considere inferior a ele. Viva cada momento no seu dia de hoje, mantendo acesa a felicidade que mora em você. Ela é tão superior que nada no mundo pode torná-la inferior. Quando acreditamos em nós mesmos não nos deixamos levar pelos contratempos que não são mais do que lições disfarçadas. Porque eles existem como ensinamentos e não como motivos de derrota. Os contratempos não são mais do que resultados de erros cometidos por nós ou pelos outros. E os erros existem para nos ensinar a não errar. Não é fácil encarar as dificuldades. Mas se fosse fácil, que graça que iria ter? Já observou como rimos quando vencemos um problema? O que indica que o sorriso, tanto quanto o riso, são uma força incomensurável que temos dentro de nós mesmos e nem sempre sabemos usá-la. E só descobrimos isso quando descobrimos o que somos no que somos. Quando descobrimos que nada, nem ninguém, tem o poder de nos dominar.

Vamos lá, cara, essa carranca é o maior produtor de rugas. E as rugas indicam quem você realmente é. Elas nem sempre são produto de sua idade cronológica. Cada sorriso que você doa a alguém está eliminando uma ruga que provavelmente estaria despontando, se você não sorrisse. Nunca deixe de sorrir, levado pelo medo de parecer tolo. Porque tolo mesmo é quem não sorri, ingenuamente acreditando que é o que pensa que é. Demonstre o que você realmente é com seu sorriso. Distribua-o para que ele lhe traga de volta a felicidade que você transmitiu com ele. Porque você já sabe que só colhemos o que plantamos. Então plante felicidade para colhê-la com abundância. O resultado na sua colheita depende da qualidade do que você semeou. Reflita sobre isso. Olhe nos olhos das pessoas com quem você conversa. Observe como elas estão felizes com seu sorriso. Pense nisso.*[email protected]