Bom dia! Logo após ser anunciada a intenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de levar a leilão a construção de um Linhão de Transmissão e de sua operação, para interligar Roraima ao Sistema Nacional de Energia, através da energia fornecida pela hidroelétrica de Tucuruí, os antropólogos da Fundação Nacional do Índio (Funai), tendo à frente João Porfírio, anunciaram a “descoberta” de uma nova tribo indígena em isolamento no Município de Rorainópolis. A “novela” comunidade indígena, que eles nominaram de Pirititi, seria uma nova etnia que se diferenciava dos Wamiri-Atroari e, portanto, merecedora de sua própria Terra Indígena.
Dito e feito. Como sempre acontece neste Brasil, cujas instituições estão aparelhadas, os antropólogos e burocratas da Funai decidiram, unilateralmente, expedir uma portaria interditando uma área com superfície superior a 40.000ha, para garantir a criação da nova Terra Indígena. A maior parte da superfície da área é ocupada por produtores agrícolas assentados pelo Incra desde o começo dos anos 80 do Século passado, o que significa algo em torno de 40 anos de ocupação efetiva e de boa-fé. Mais que isso, a interdição alcança até as margens da BR-174, no Município de Rorainópolis, a altura da Vila do Equador, nome devido à Linha do Equador.
A Funai tinha o prazo fixado para novembro de 2015 para concluir o chamado Laudo Antropológico, necessário para dar curso à criação da Terra Indígena Pirititi. Venceu-se aquele prazo inicial e, como não é obrigada a dar explicações a qualquer outro órgão da administração federal, a autarquia decidiu prorrogar o prazo inicial e, até hoje, ninguém sabe quando isso deve ocorrer.
Enquanto antropólogos e burocratas da Funai não cumprem o prazo que lhes é imposto por lei, e como sempre acontece, os operadores do indigenismo/ambientalismo entram em ação para consolidar na marra o que pretendem. É nesse sentido que deve ser olhada essa invasão perpetrada por índios Wamiri-Atroari nas posses e propriedades de produtores agrícolas, que em protesto estão fechando a rodovia BR-174, na altura da Vila do Equador.
O restante da história já se conhece: não será novidade se alguma força policial for usada para reprimir o legítimo, e necessário, protesto de pais e mães de família que estão no risco iminente de perderem tudo o que construíram em décadas de penoso trabalho. Enquanto isso, o esquema de inviabilização de Roraima continua em curso, sob os olhares complacentes do mundo político local – especialmente dos detentores de mandatos -, muito mais preocupados em brigar entre si e disputar nacos de poder para obtenção de ganhos nada republicanos. E o resto? Que se exploda, respondem alguns. SUBSTITUTOA governadora Suely Campos (PP) ainda não definiu o substituto do ex-secretário estadual da Fazenda, Shiská Pereira, que pediu exoneração do cargo. Para ocupar interinamente o posto foi nomeada a secretária adjunta do Tesouro, Aline Karla Lira de Oliveira. Segundo fontes da Parabólica, a governadora está ainda avaliando se desloca do Instituto de Previdência do Estado de Roraima (Iper), o presidente Ronaldo Marcílio, para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).OUTRAOutra mudança que a governadora deve fazer proximamente no seu secretariado é na Secretaria Estadual de Planejamento, Indústria e Comércio (Seplan). Assim, como o ex-secretário da Fazenda, Shiská Pereira, o atual titular da Seplan, Alexandre Henklein, está afastado temporariamente do cargo por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O que se diz nos bastidores é que, tão logo encontre um nome para substituí-lo, a governadora fará a mudança.MEDIÇÃOO Governo do Estado, através do Instituto de Apoio a Ciência, Tecnologia e Inovação (IACTI), já contratou uma empresa para fazer a medição dos ventos nas regiões de Normandia e Bonfim, com o objetivo de colher subsídios que vão determinar a viabilidade da instalação de uma usina eólica em Roraima. A empresa contratada é do Rio Grande do Sul, tem larga expertise na matéria e vai fazer a medição durante três anos, tempo mínimo para fornecer as informações que legalmente é exigido nestes casos. O valor do contrato é de R$ 500 mil.APOIOAté ontem, nenhum parlamentar de Roraima, tanto no âmbito federal quanto no nível federal, foi ao encontro dos produtores agrícolas de Rorainopólis, que tiveram suas propriedades e posses invadidas por índios Waimiri-Atroari, que a princípio nada têm a ver com a pretensão dos antropólogos da Funai, que decidiram criar a Terra Indígena Pirititi. Que ninguém se diga surpreendido, mas a criação dessa nova área vai ser mais uma complicação para a construção do Linhão de Tucuruí. Quem viver verá.GARANTIDOSegundo informações do secretário estadual de Saúde, César Ferreira Penna, o Governo do Estado já tem garantido todo o recurso necessário para equipar as novas unidades de saúde que estão sendo construídas, inclusive o anexo do Hospital Geral de Roraima (HGR). Em entrevista à Rádio Folha, o secretário destacou que isso só foi possível devido ao apoio de parte da bancada federal do Estado e nominou especificamente os senadores Ângela Portela (PT) e Telmário Mota (PDT), além dos deputados federais Carlos Andrade (PHS), Hiran Gonçalves (PP), Jonathan de Jesus (PRB) e Remídio Monai (PR).