Cristão avivado – Marlene de Andrade*“…medita na Palavra de Deus dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer tudo quanto nela está escrito…” (Josué 1:8).Antigamente eu corria atrás de crentes ‘superpotentes’, é que naquele tempo, eu acreditava que os mesmos iriam me revelar o que estaria para me acontecer no futuro, porém hoje eu sei que isso tudo não passa de falácias, pois o futuro só Deus o conhece.Antigamente eu também achava que gritaria dentro da igreja, ‘cair na unção’, sapatear, bater palmas se rebolando e entre outras tantas ‘meninices’, falar em línguas estranhas, ou seja, bizarramente, era sinal de avivamento espiritual e ficava triste porque não conseguia agir dessa maneira.Eu achava ainda que gritar glória a Deus e aleluia, automaticamente, várias vezes, dentro do culto, ou fazer exorcismo, era sinal de uma igreja avivada. E se o pastor não falasse gesticulando muito, ou seja, agindo como um animador de palco, se remexendo e rebolando bastante no púlpito para fazer os fieis rirem às gargalhadas, para mim, ele também não era avivado. Será que o apóstolo Paulo, referência internacional como cristão da época e um dos mais respeitados escritores da Bíblia, era um animador de palco? Evidentemente, que não. Avivamento tem a ver com comunhão, principalmente a sós com o nosso Deus e a leitura bíblica diariamente. Outro fato importante também, para se refletir, é que, o suposto dom de revelação não é sinal de avivamento espiritual. A revelação de Deus está dentro da Bíblia e não existe um ‘super-homem’ que adivinhe o futuro.Ninguém é avivado porque, ‘revela sonhos’, ou prevê acontecimentos, pois só Deus conhece o futuro e quem é de Deus, segundo João 8:47, ouve a Sua Santa Palavra através da Bíblia e não através de homens. Deus agora fala, somente através do Livro Sagrado e Hebreus 1:1 deixa isso bem claro.Crente avivado vive em comunhão com Deus tanto na alegria quanto na tristeza. Isso sim é avivamento. A começar de mim, precisamos nos perguntar quanto tempo nos retiramos de nossas lutas diárias para ler a Bíblia e estudá-la? Quantas vezes ao dia oramos em secreto em nosso quarto, ou em qualquer outro local onde estejamos? E tem mais: estar cheio do Espírito é estar cheio da Palavra de Deus e o que passar disso seja anátema.*Especialista em Medicina do Trabalho/Anamt, pós-graduada em Perícias Médicas/ Fundação Unimed e técnica em Segurança no Trabalho/Senaihttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47————————————Vendedor, será mesmo que a maré não está para peixe? – Mário Rodrigues* Todos os dias nos deparamos com alguma pesquisa sobre o mau momento da economia brasileira. Um levantamento realizado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, revela que o primeiro semestre de 2016 teve queda de 7% nas vendas do varejo, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o pior resultado da série histórica desde 2001, quando a entidade iniciou as pesquisas. Mas será que as pessoas estão mesmo deixando de comprar? A resposta pode até ser “sim”, mas ela não se aplica a todos os tipos de produtos e estabelecimentos. O que podemos observar é que os consumidores estão diminuindo os seus gastos e, em vez de comprarem os produtos que estavam acostumados, buscam opções de menor valor. Procuram continuar satisfazendo suas necessidades, mas com redução de custos. Ou seja, é um novo movimento de mercado.É importante que os profissionais de vendas fiquem atentos às novas demandas que estão surgindo, entendam o que os seus clientes, de fato, necessitam e estabeleçam um bom relacionamento para ampliar as chances de venda. É preciso lembrar que, mesmo reduzindo os valores de seus gastos, as pessoas querem ter um bom atendimento. Portanto, os profissionais que vão conquistar espaço são os que valorizam as novas oportunidades. Clientes que compravam em seus concorrentes mais caros vão começar a aparecer no seu balcão na busca de uma nova escolha de menor custo. Mas lembre-se: ele está acostumado com o bom atendimento e com produtos de qualidade. Essa pode ser uma oportunidade de alavancar sua carteira com um pouco mais de esforço.Os consumidores continuam pedindo “a pizza”, porém o tamanho dela diminuiu. É comum ouvir alguns vendedores reclamarem atrás do balcão e deixarem a “pizza esfriar”, mas os mais habilidosos aproveitam cada chance para vender os pequenos pedaços para o mesmo cliente e aumentam a quantidade.Para não perder sua carteira de compradores, os profissionais de vendas precisam voltar a atenção também para os produtos ou serviços de menor custo e, acima de tudo, mandar um recado aos seus clientes: “estamos ao seu lado durante ou após a crise e vamos te reconhecer por isso”.
*Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) – www.ibvendas.com.br————————————-Mutantes e multantes – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Uma pátria não tem direito ao amor de seus filhos, se não ama todos igualmente”. (Maquiavel)Alguém ligou o televisor, aqui em casa, pela manhã, e ouvi um dos maiores absurdos dos grandes absurdos que a televisão nos traz diariamente. O apresentador falava sobre a corrupção nas multas de trânsito pelo Brasil. Em outro canal falava-se sobre os Mutantes. Refleti sobre o absurdo, não da corrupção que já é um patrimônio; mas sobre a boboquice do assunto no ar. Porque já estou enfadado de dizer que tudo não vai além nem aquém da incompetência na administração do poder público. E não é malcriação minha.Em 1952 eu estava em Natal, no Rio grande do Norte. Tinha um amigo muito querido. Éramos muito jovens. O pai dele era guarda de trânsito. Frequentemente nos encontrávamos na casa deles. O pai dele adorava ficar nos contando como ele fazia para arrancar “propinas” dos motoristas flagrados no trânsito. Ele usava o mesmo método que policiais corruptos, do transito, usam hoje. O motorista colocava a cédula dentro da carteira de motorista e ele, o pai do meu amiguinho, retirava o dinheiro e o motorista podia seguir em frente. Era assim que eles viviam confortavelmente.Sessenta anos já se passaram desde aquelas conversas que me chateavam. E o que mudou? E por que a televisão ainda nos mostra essa bandidagem como se estivessem descobrindo a pólvora. Quando na verdade tudo não vai além do desmando no poder público. Da incompetência na administração pública. Já sabemos que em pouco mais de quarenta anos a população do Brasil praticamente triplicou. E a política e a administração pública continuam no mesmo patamar. E isso nos deixa mal, já pela manhã, para encarar o dia com otimismo. A política e o poder público que são os mesmos, não estão respeitando os que realmente merecem respeito. E como vão querer que os respeitemos? Mas não somos “o João ninguém”. Mesmo que não nos respeitem como cidadãos, devemos cuidar de nossa cidadania para poder, não reclamar, mas exigir o respeito que realmente merecemos. Vamos nos educar como cidadãos já que as autoridades não estão nem aí para isso. E como já sabemos o porquê do descaso valorizemo-nos, para que respeitem a nossa presença. E não vai ser com alardes e bagunças de rua, nem invasões e depredações a órgãos públicos, que vamos nos valorizar. Mas com demonstração de cidadania. Com educação e respeito pelo nosso País que está cada vez mais desrespeitado pelos que deveriam respeitá-lo. Comece sua batalha no silêncio das urnas, nas próximas eleições. E somos todos responsáveis pelo que temos e vivemos. Pense nisso.*[email protected]