Opinião

Opiniao 18 11 2016 3267

Era só mais um “Sena”, que a estrela brilhou… – Luan Guilherme Correia*Arnaldo Sena não era um Silva, mas era pai de família. Como bom policial militar que foi, seguiu à risca o juramento de servir e proteger, mesmo que isso lhe custasse a própria vida. E custou. Assim como muitos de nós, devia acordar cedo, todos os dias, levar os filhos na escola, deixar a esposa no trabalho e arriscar a vida fazendo a guarda em um presídio para proteger outros pais de família, como nós, que tinham a mesma rotina.Após deixar os plantões de sua nada mole vida de policial militar, devia chegar em casa e, antes de qualquer coisa, dar um abraço nos filhos e um beijo na mulher. E assim se repetia a sua rotina.Mas no meio do caminho da rotina do soldado tinha o crime organizado, mais organizado, inclusive, que muitas instituições que deviam se organizar para proteger pais de família como ele, mas nada puderam fazer.No meio do caminho tinham quatro criminosos, uma arma e balas que tiraram a vida de um pai de família, enquanto o mesmo descansava em sua rede, dentro de sua casa.O soldado Sena era tido como um profissional de caráter ilibado, exemplar e de bem. Ainda assim, e talvez por isso, tenha sido a 2.745ª vítima de assassinato cometido contra policiais militares somente este ano, no Brasil. É o país que mais mata policiais, pais de família.Sena entrou para as estatísticas de uma guerra declarada. Viveu em um país onde ser honesto e de boa índole é sinônimo de ameaça. Foi escolhido a dedo para morrer nas mãos de bandidos que pouco se importaram o que aquele policial representava para a sociedade.Se fosse o contrário, se Sena tivesse tido tempo de reagir e matar os criminosos, talvez houvesse maior comoção por parte de defensores daqueles que em nada representam um pai de família, trabalhador e íntegro.Mas o soldado não teve tempo de reagir, porque levou tiros à queima roupa, na frente das filhas e da esposa. Talvez se tivesse imaginado que realizar o sonho de ser policial lhe custaria a vida, hoje estaria vivo.Sena virou estatística, mas é daquelas que poucos se lembrarão. Era policial militar, mas no mundo das inversões de valores, a maioria acha que policiais que matam bandidos revolta mais que bandidos que matam policiais. A diferença, a grande diferença, é que Sena serviu e protegeu a sociedade, era um pai de família honesto. Hoje, o soldado está entre as 2.745 vítimas que não chegarão mais em casa, após um longo e árduo dia de trabalho.O policial militar não vai mais poder proteger a família, nem a sociedade, e não poderá mais abraçar as filhas e nem dar um beijo na esposa. Era só mais um “Sena”, que a estrela brilhou. *Jornalista e estudante—————————–O futuro do setor de seguros e a certeza da eterna insegurança – Daniel Domeneghetti*Empresas nacionais e internacionais, diferentes propostas de valor e modelos de negócio, ampliação de ramos e canais, inovações em serviços, produtos e tecnologia, dentre outras, são as variantes que podemos apontar como fatores que vêm tomando a atividade de seguro no País algo consideravelmente crescente e maduro.Entretanto, como tudo que ambiciona crescer e se solidificar como regra, o mercado de seguros também se torna exposto e vítima da ação transformadora de hipermodernidade e da evolução social. As inúmeras transformações endógenas e exógenas, naturais ou artificias, que tanto a socidade, como os mercados vêm sofrendo não deixam margem para gestores das principais companhias de seguros que a posição conquistada hoje não deverá estar estabelecida no amanhã. Nada poderá ser tratado como definitivo nunca mais.Certamente, o futuro próximo especialmente para as atividades de varejo de serviços em larga escala, fortemente impulsionado pelo fator digital, como é, cada vez mais, a natureza mutante do setor de seguros – não será uma continuidade linear do que encontramos hoje como formatos e modelos de empresa atuante no mercado.E aqui formalizado a principal mudança que as companhias de seguros vem sofrendo de forma lenta, violenta e irreversível, mesmo sem perceber, se que isso é possível: a alteração definitiva de propósito, modelo, perfil de atuação, antes definida como indústria de produtos, sempre em abordagem B2B ou B2B2C, para varejo de serviços especializados em larga escala de seguros, com ou sem indústria de seguros coexistindo um modelo integrado, sobrepondo as dinâmicas, muitas vezes divergentes e até excludentes, de operações tradicionais B2B e até B2B2C aqui com integração das chamadas redes sociais colaborativas nos modelos de negócios.Antes, porém, vale salientar que, dependendo dos ramos de especialização, do foco de mercado e da estratégia de negócios da companhia, é razoável admitir que diferentes tons de impacto se imponham de maneira específica para cada empresa. Desse modo, se, para algumas este desafio significa mudar totalmente seu foco de atuação e chassis operacional, para outras significa alterar seu posicionamento de mercado ou mesmo incorporar novas competências fundamentais para a competição eficaz nestes novos ecossistemas de negócios. É por isso que deve-se cumprir qualificar algumas das variáveis-chave que dão momentum, sentido e força este movimento.Assim, se a essência do negócio será vencer vencendo a segurança, paz e compensações, ainda que baseadas em assumptions, probabilidades e modelos matemáticos, estatísticos, ninguém melhor que a própria seguradora para ser eternamente cobaia de si própria. Mas qual seguradora está compreendendo isso, efetivamente? Seja como for, bem-vindos todos à era do “estamos todos inseguros para sempre”.  

*Especialista em Estratégia Corporativa, Top Management Consulting e Gestão de Ativos Intangíveis e CEO da DOM Strategy Partners——————————–Viva com alegria – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos”? (Bob Marley)Ficamos mais espertos quando amadurecemos, e sorrimos quando aprendemos que a única certeza que o ser humano tem da vida, é a morte. São as criadas e mantidas divisões etárias que nos enganam, e não deixam que descubramos que começamos a envelhecer no momento em que nascemos. Daí para frente a contagem é regressiva. E se você está pensando que isso é tortura mental, caia fora desse balaio de caranguejos. Só quando entendemos que estamos caminhando para a reta final, mesmo que ainda estejamos no início da corrida, é que aprimoramos os passos.    Somos imortais, mas não sabemos que somos. Se soubéssemos seríamos. Comece a viver sua vida. Tudo que acontece nela é para seu engrandecimento. Todo o poder de que você necessita para ser uma pessoa feliz está em você mesmo. O difícil é você acreditar nisso. E se não acredita é porque não se valoriza. Prefere viver a vida dos outros, pensando que está vivendo a sua. Prefere seguir os caminhos, pelas veredas indicadas pelos que dirigem sua vida com seu consentimento.      Nunca permita que ninguém dirija sua vida, a não ser você mesmo. Você é dono do timão, e seu timoneiro. Você já conhece a do barqueiro que atravessa pessoas de uma margem para outra do rio. Certo dia ele levava um cidadão que perguntou se ele sabia ler. O barqueiro respondeu que não. O cidadão começou a orientá-lo, para que ele aprendesse a ler para viver uma vida mais segura e sadia; porque sem instrução o barqueiro não conseguiria viver por muito tempo, pela falta de conforto. E já estavam no meio do rio, quando o barqueiro olhou para o fundo do barco e percebeu que havia um furo pelo qual estava entrando muita água no barco. O barco já estava começando a afundar. O barqueiro permanecia muito calmo enquanto o cidadão apavorava-se. De repente o barqueiro perguntou para o cidadão:- O senhor sabe ler?    – Claro que sei, e daí?- O senhor sabe nadar?- Não. Não sei!- Pois eu sei!!O barqueiro jogou-se na água e conseguiu salvar o cidadão que pensava ser o dono da verdade. E a verdade está com quem está com a racionalidade. Somos todos da mesma origem. Os caminhos a percorrer são um só e o mesmo. E cabe a cada um, saber que caminho tomar, de acordo com sua evolução racional. E não se iluda. Quando sabemos o que somos, sabemos como somos e o que devemos ser. E só você tem o poder de se fazer feliz ou infeliz. E quando conhecemos esse poder não há por que ser infeliz. E a felicidade está no que você é, e não no que você tem. Pense nisso.*Articulista [email protected]    99121-1460