Bom dia! O mundo dos políticos funciona na base do pragmatismo, o que significa dizer que ninguém dá nada de graça a outro entre eles. O mundo político é de trocas, de favores, de dinheiro e de prestígio. Por conta disso, parece estar acabando a lua de mel entre o presidente Michel Temer (PMDB) e os governadores dos estados brasileiros, quase todos de pires na mão, atrás de dinheiro para pagar seus compromissos.

A irritação dos governadores com o Governo Federal parece estar começando pelo Nordeste. Eles estão se reunindo para estabelecer uma pauta mínima de negociação com Brasília e, se não forem atendidos, ameaçam engrossar o caldo com o Palácio do Planalto. E não existe mistério de que a principal pauta de reivindicação desses governadores é pedir grana ao Tesouro Federal. Tudo indica que Temer não poderá atendê-los sob pena de aumentar ainda mais as desconfianças do mercado de que seu governo não tem força política para tirar o Brasil da lama.

O Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e o Senado Federal – também é composto de parlamentares que funcionam na base do toma lá dá cá. E essa norma parece ser a principal razão pela qual, depois de oito meses de governo Temer, as despesas públicas continuam a aumentar mais que as receitas. Isso o chamado mercado está careca de saber, por isso os investimentos privados continuam em marcha lenta, quase parando. Tudo indica que, nos próximos meses, não haverá “céu de Brigadeiro” na rota do governo Michel Temer. AUMENTOA prefeita Teresa Surita (PMDB) encaminhou mensagem, acompanhando Projeto de Lei, pedindo à Câmara de Vereadores autorização para aumentar seu salário, do vice-prefeito e dos secretários municipais. Infelizmente, a Parabólica não vai poder, por enquanto, informar aos leitores de quanto será este aumento porque a Assessoria de Imprensa da CMBV, apesar de confirmar o pedido de aumento salarial para o Executivo, se recusou a fornecer a nossa reportagem cópia da mensagem encaminhada pela prefeita. A informação se limitou à confirmação da existência da matéria e que ela já fora lida na sessão de ontem. É mole?UNANIMIDADEDepois de criticados pelo representante da empresa que fornece alimentação para o sistema prisional do Estado, os deputados estaduais aprovaram, ontem, em sessão plenária, um pedido de Crédito Suplementar no valor de R$ 13,6 milhões, dos quais R$ 13,5 milhões vão para a Secretaria de Justiça e Cidadania, exatamente para pagar a empresa reclamante, que ameaçava, inclusive, suspender o fornecimento de comida para a população carcerária. O deputado George Melo (PSDC), líder do G13, que faz oposição ao governo, orientou a bancada pela aprovação dos projetos, mas salientou que documentos que haviam sido solicitados pelo Poder Legislativo para justificar o pedido de abertura de crédito não haviam sido enviados.FISCALIZAÇÃOAlém de George Melo, que recomendou aos seus companheiros de bancada a aprovação do Crédito Suplementar, mesmo que “há quase um mês estarem pedindo a documentação para que fosse inserido no projeto e o governo não mandou”. Também o deputado Izaias Maia (PT do B) se disse preocupado com a aplicação dos recursos e pediu mais fiscalização. Não disse de que órgão.   NATALA Prefeitura de Boa Vista fará uma grande programação para este Natal. Tudo começa no dia 4, com o acendimento das árvores de Natal da Praça Germano Sampaio e, em seguida, as da Praça Fábio Marques Paracat, no complexo Airton Senna. Dia 17 será realizado o Show Natal da Paz, com a participação de crianças, jovens e adultos que fazem parte dos programas sociais da prefeitura. A decoração de Boa Vista para este Natal está reaproveitando os arranjos do ano passado, o que está oportunizando que ela chegue a mais lugares na cidade.VETOO mais novo imbróglio a ser desatado envolvendo a disputa entre governistas e oposicionistas na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) é a votação do veto, aposto pela governadora Suely Campos (PP), à emenda apresentada pelo deputado Joaquim Ruiz, que modificou a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para permitir a reeleição do presidente do órgão. Os oposicionistas querem votar o veto numa sessão extraordinária, daquelas no final da tarde, sem a presença de público. Já os governistas querem que a matéria seja votada na Sessão Plenária ordinária, com a presença de público. Em ambos os casos, a votação é secreta.CHAPECOENSEImpossível fechar a Parabólica sem dar uma linha sobre a tragédia aérea que vitimou quase todos os jogadores da Chapecoense, além de sua Comissão Técnica e mais de duas dezenas de profissionais da imprensa. Apesar de ser um time do outro lado do país, difícil não ficar chocado vendo tantos jovens, muitos já pais de família, perderem a vida de forma tão brutal. Ao mesmo tempo, ver a consternação que tomou conta do Brasil desperta um sentimento, por menor que ele seja, de que ainda somos uma Nação, capaz de nos identificar uns com os outros.