Opiniao 02 12 2016 3334

Sobre a paixão e a sedução humana  – Sebastião Pereira do Nascimento*Sobre a paixão e a sedução, o filósofo Renato Janine Ribeiro fala do amor intenso e do amor apaixonado a partir do ponto de vista de quem se apaixona e do ponto vista de quem seduz. E no sentido de contextualizar esse pensamento, abordo aqui alguns argumentos a partir dos personagens sedutores Don Juan e Casanova. No caso de Don Juan, trata-se de um personagem sedutor divulgado pela primeira vez numa peça teatral escrita pelo dramaturgo espanhol Tiso de Molina, por volta de 1630. A partir dessa divulgação o personagem Don Juan passa ser propagado através de mitos e lendas. Todavia, foi no romance “Don Juan, elburlador de Servilha”, de outro espanhol, José Zorrilla, que o personagem ganhou mais notoriedade em decorrência de suas histórias amorosas, tornando-se um símbolo da libertinagem e sedução. O “tipo” Don Juan faz referência a um sedutor que geralmente é representado por pessoas que possuem um instinto conquistador, dotado de forte compulsão à sedução e que faz tudo para conquistar suas admiradas ou admirados. Janine Ribeiro coloca que uma personalidade “donjuanista” tem a necessidade de seduzir o tempo inteiro e quando conquista uma pessoa aparentemente difícil, logo ele a abandona por desinteresse. As pessoas com estes traços de personalidades estão constantemente trocando de parceiros, pois têm sempre a necessidade de se aventurar em novas conquistas. O mesmo filósofo fala também que tanto os homens como as mulheres que fazem de tudo para conquistar suas “presas”, muitas vezes não levam em conta os sentimentos do outro, demonstrando profundo desprezo aos sentimentos alheios. Isso implica dizer que o complexo Don Juan pode estar dentro dos critérios de personalidades consideradas antissociais ou sociopatas, pois para elas o mais importante é obter prazer, a levar prazer as suas conquistas. No caso de Casanova ou Giacomo Casanova – um italiano nascido na cidade de Veneza, na segunda década de século XVIII– foi um inquieto sedutor que tornou-se conhecido na história por suas aventuras amorosas. Para muitos, a vida real de Casanova parece ser ainda mais fascinante do que a história literária de Don Juan. Sobretudo, quando Casanova se sentia atraído por uma mulher, seus desejos mais ardentes passavam valer mais do que meras sensações de conquistas, ele a amava de verdade e para satisfazê-la e fazer plena a sedução, buscava o corpo da mulher “amada”, oferecendo um estado afetivo agradável, onde dava prazer por prazer sem contrair dívidas com a alma. Apesar de grande sedutor, ele não era um mulherengo desprezível, um tipo de conquistador barato, mas sim o verdadeiro amante que sentia em suas veias a pulsação insuportável do amor. E quando se dava aos encontros fatais, Casanova compartilhava todo esse amor com sua amada. Porém, quando chagava conquistar de verdade a mulher, logo se esvaecia do amor, sem, contudo provocar nenhum desamor a elas, que embora saíssem das aventuras amorosas ainda que ressentidas, nenhuma se dava ao desespero ou ao abandono. Todas sustentavam seus equilíbrios, voltando à vida quotidiana oferecendo, muitas vezes, mais prazeres aos seus consortes. Ao contrário do tipo Don Juan, que oferta tratos inescrupulosos a suas amantes, que sempre ficam carentes de desejos e enlouquecidas de paixões quando abandonadas. Contextualizando o universo desses personagens, a partir da paixão vista pelo sedutor é perceptível que os simulacros de Don Juan ou Casanova acabam em geral, se tornando reféns de suas próprias armadilhas e acabam ficando sozinhos, numa sensação de abandono, pois nunca conseguem se envolver com um parceiro ou parceira de forma duradoura. Um dos segredos dos arquétipos desses conquistadores arraigados, é que para seduzir ou impressionar alguém precisa ter uma boa alma aventureira, e deve está disposto a aceitar todos os duelos que a vida lhe impuser. Para ser mais abrangente, o conquistador inveterado nunca diz não a uma nova conquista, está sempre preparado e pronto para o que acontecer. As pessoas como Casanova ou Don Juan são prepotentes e nunca esperam levar um fora de uma conquista. Quando isso ocorre, a pessoa inicia um plano para seduzir a outra, para depois torná-la dependente dele, somente para ter o prazer de abandoná-la em seguida.Diante disso, podemos admitir que as conquistas sombreadas por essas paixões são sempre marcantes, intempestivas e efêmeras, onde o verdadeiro sedutor precisa ter a capacidade de se reinventar e de jogar todas as suas cartas em benefício próprio, além de viver um presente estonteante, ou ainda ser um libertino e libertário.Também ser esperançoso é uma questão fundamental, uma vez que para haver paixão, como diz Janine Ribeiro, é necessário ter esperança de ser correspondido, pois do contrário se não houver esperança o máximo que se faz é apenas um juízo estético de quem se aproxima.*Filósofo – [email protected]————————————Se quiser, vá buscar – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Na verdade nós até sabemos o que fazer, pois a inteligência nos diz. O que nos falta é vontade. É preciso redescobrir o querer. Ou seja, é preciso saber o que é essencial, mas também é preciso querer o essencial.” (Luiz A. Martins)Por que será que ele consegue e você não consegue? Talvez ele esteja fazendo a coisa como ela deve ser feita, e você não. Talvez você esteja sonhando acordado, mas sem saber sonhar. Porque só acordados podemos dirigir nossos sonhos para o que realmente queremos. A escolha é sempre sua. Ninguém tem o poder de decidir por você o que só você deve decidir. Ninguém tem o poder de construir seu futuro a não ser você mesmo. O que já indica que você é uma pessoa poderosa. O que está fazendo é não acreditar em você mesmo, no seu potencial. Tome suas decisões de acordo com seus sonhos. O que você realmente quer só você sabe. Não sei quais são suas crenças. Nem me interessa. Nem a mim nem a ninguém além de você mesmo. Que caminho você deve tomar para chegar onde você quer chegar, só você pode decidir. Então faça isso. Só você sabe aonde quer ir. E se quiser ir vá. Mas tem que crer e confiar em você mesmo; nos seus poderes, na sua força de vontade para decidir. Acredite e confie nas suas origens. De onde você veio, como veio e por que veio. Só quando nos conhecemos é que sabemos quem somos. E quando sabemos quem somos, sabemos como dirigir nossas vidas. E só aí aprendemos a querer. Aprendemos a separar o joio do trigo, para saber o que realmente nos interessa, de acordo com nossas necessidades.     Ninguém é maior, menor, pior, nem melhor do que você. Cada um na sua. E você só estará na sua, quando realmente souber o que quer para a realização dos seus sonhos. Nossa igualdade está na nossa racionalidade. E esta está no nosso grau de evolução racional. E é na evolução que nos entusiasmamos na caminhada para o sucesso. E o sucesso está na nossa felicidade. E podemos ser felizes no que somos e não no que querem que sejamos. Sua salvação está em você. É só você se conhecer e se valorizar para saber realmente em que nível está. Simples pra dedéu. É só acreditar em você mesmo. Porque se não acreditar nunca se valorizará nem alcançará o horizonte que deseja, mas não sabe se vai alcançar. Pare de se lamentar. E você pode estar se lamentando no silêncio dos pensamentos negativos. E perder tempo com pensamentos ou assuntos negativos é a maior furada da paróquia. Só os tolos fazem isso. E você nunca vai ver um tolo alcançando o sucesso. A tolice não faz parte do pacote da felicidade. Ame-se, creia em você mesmo e vá em frente. Pense nisso.*[email protected]