Opiniao 17 12 2016 3401

Ação emergencial de saúde econômica para o Brasil – Dorcilio Erik *O médico, ao receber um paciente gravemente ferido por um acidente de trânsito, sua primeira missão é salvá-lo.Após os procedimentos emergenciais, reanimação, até mesmo a difícil decisão de ter que amputar uma parte do corpo deste paciente,impedindo assim que a infecção avance, pois, o objetivo principal é salvar a vida fragilizada naquele momento. Procedimentos reparatórios para amenizar as marcas deixada pelo processo cirúrgico, como curativos, plástica para diminuir as cicatrizes, próteses entre outros ajustes, são ações relegadas a um segundo plano, que somente serão utilizadas, após o paciente sobreviver.Fazendo uma associação entre a medicina e a economia, economista, atua como um MÉDICO FINANCEIRO, tendo que fazer “cirurgias” que “esteticamente” não agradam a maioria, mais que são primordiais para salvar a vida ECONÔMICA de um PAÍS, de um ESTADO ou uma CIDADE. Medidas impopulares, que não agradam nem mesmo aos seus formuladores, mas que são VITAIS para o sucesso e recuperação do poder de produção e financiamento de um país.Igualmente como no processo pós-operatório, ações reparadoras, também são necessárias após ajustes econômicos. Ao“amputar”, cortar gastos, visando o superávit, nada impede de criarmos “próteses” para permitir o avanço da economia novamente. Para isso, os críticos que refutam o diagnóstico “médico financeiro” dos economistas, deveriam preocupar-se com as ações pós emergenciais, quando não há mais risco a “VIDA ECONÔMICA”.A PEC que limita os gastos públicos, aprovada e que irá brevemente ser promulgada pelo SENADO, “amputa” parte dos recursos financeiro para Estados e Municípios por meio dos repasses constitucionais (FPE e FPM), é uma medida dolorosa, mas necessária para o país recuperar o equilíbrio nas contas públicas. O tratamento proposto, após lograr êxito, poderá e deverá passar por ajustes com data mais próxima do que os dez anos defendido na “receita inicial” para analisar os avanços obtidos.Escolha de representantes políticos capacitados, comprometidos com o bem público, combate a corrupção, diminuição dos altos salários (impagáveis) que orbitam as instituições públicas, principalmente dos políticos deste país, são exemplos de ações paralelas, ou posteriores que devem ser adotadas como complemento a PEC do TETO de GASTO PÚBLICO FEDERAL.

Certamente no futuro, assim como aconteceu com o PLANO REAL, tão criticado na época, o Brasil reconhecerá o quanto necessário foi a adoção dessa medida regulatória, que direciona para a eficiência da alocação dos recursos que a nós pertence. DO POVO, PARA O POVO!*Economista, mestre Desenvolvimento Regional da Amazônia e professor Faculdade [email protected]——————————————–Nunca será: ainda hoje! – Jaime Brasil Filho*Está consumado. O constitucionalista Temer matou e enterrou a chamada Constituição Cidadã, promulgada em 1988. Com o engessamento geral de gastos, nenhuma garantia social inscrita na Constituição de 1988 terá efetividade. Doravante, quando as famílias protestarem ou chorarem por seus enfermos diante dos hospitais por falta de pessoal, equipamento ou remédios, Prefeitos e Governadores poderão negar-se a resolver os problemas e o Judiciário terá imensas dificuldades para dar uma decisão contra uma Emenda Constitucional que, em resumo, deixa intocado apenas o dinheiro destinado aos banqueiros e especuladores.E, para além desses casos mais trágicos, teremos a certeza de que, nos próximos 20 anos, não conseguiremos nem almejar a saída da condição de país subdesenvolvido, de terceiro mundo, isso porque sem o investimento público em educação básica e em ciência de ponta não existe país desenvolvido. O que diferencia um país pobre de um rico, em uma perspectiva capitalista, é somente uma coisa: conhecimento. E não teremos dinheiro para criá-lo e transformá-lo em riquezas.Nada de razoável há de se esperar de Temer, que chegou ao poder apoiado quase que exclusivamente por camarilhas epor uma parcela da classe média que, agora, já deve ter percebido que no seu governo não sobrarão nem ao menos as migalhas do butim.O que esperar de um político que sempre foi ruim de voto, que apenas soube fazer política de bastidores e que adora paparicar e agradar apenas aos que são extremamente ricos?É incompreensível que alguém possa acreditar que com um plano de arrocho econômico, como esse da PEC 55, o país possa retomar o crescimento. Não vai. As contas podem até ficar mais atrativas para os especuladores, mas especulador não investe em produção, apenas especula. Vale lembrar que tudo isso, todo esse massacre que recai sobre o povo brasileiro, é apenas para acenar aos banqueiros e especuladores que o Brasil continuará a sustentar a maneira de viver parasitária desses agiotas legalizados.Havia outras alternativas? Claro! Primeiro, cobrando quem deve o sistema de previdência, ou taxando grandes fortunas, ou fazendo auditoria na dívida pública e renegociando aquilo que está ilegal e ilegítimo (vide Auditoria Cidadã da Dívida), ou diminuindo os juros da taxa SELIC etc.. Mas, não. O tal do pato quem vai pagar é somente, única e exclusivamente, o povo: a classe média e os pobres.Aliás, com a subida dos juros básicos, quarta-feira passada, nos EUA, a tendência de fuga de capitais especulativos será ainda maior, e, com isso, a taxa Selic aqui no Brasil se manterá elevadíssima e a recuperação econômica ainda mais inalcançável.Não haverá plano de arrocho que consiga saciar a fome parasitária dos banqueiros.Temer, títere dos grandes bancos, irá afundar em um rio de lama, e, quem agora está abraçado a ele, para o fundo também irá.Para Roraima todas as medidas de Temer são devastadoras. Imaginem que o principal alvo do desmonte do Estado brasileiro feito por Temer é a precarização do serviço público por meio da retirada dos direitos, dos investimentos, além da redução dos salários e aposentadorias dos servidores e das pensões dos seus dependentes. Falamos do nosso Estado de Roraima que se sustenta justamente com o contra cheque dos servidores públicos. Será aqui, portanto, onde serão mais sentidos os efeitos deletérios das desumanas medidas de Temer.Mas, nesta semana não foi apenas a Constituição que foi enterrada com a promulgação da PEC 55. Acabaram-se todas as esperanças nas instituições com poder decisório da República. Na verdade, a República acabou, e, somente o povo pode refundá-la. Nada pode justificar a capitulação do STF diante de Renan Calheiros. Nada.Mas, o processo histórico é dialético, a onda que se precipita sobre a praia e se esvai em espumas é a mesma que alimenta a onda que se forma atrás dela. E, atrás de tanto descalabro, insensibilidade, descompostura, desfaçatez, arrogância, crueldade, abandono e mentira, logo se insurgirá o povo. Aquele mesmo que tem sido constantemente desprezado.Quando os efeitos mais que concretos dessa PEC se fizerem sentir na superfície e nas entranhas no tecido social, não restará pedra sobre pedra, e estes que agora acreditam que poderão gerenciar eternamente as crises com conchavos e acordos espúrios serão os primeiros na fila da guilhotina da história. Não se enganem. O sentimento de impotência diante de tanta injustiça logo se transformará em insurgência.Não há como se governar à margem do povo. Os tempos mudaram e o controle sobre o que sabe e o que não sabe a população, e quem pode influenciá-la, acabou.Bertold Brecht nos brindou com esse belo poema, que nos fala sobre dialética:Elogio da Dialética“A injustiça avança hoje a passo firme.Os tiranos fazem planos para dez mil anos.O poder apregoa: as coisascontinuarão a ser como são.Nenhuma voz além da dos que mandam.E em todos os mercados proclama a exploração:Isto é apenas o meu começo.Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.Quem ainda está vivo nunca diga: nunca.O que é seguro não é seguro.As coisas não continuarão a ser como são.Depois de falarem os dominantes, falarão os dominados.Quem pois ousa dizer: nunca?De quem depende que a opressão prossiga? De nós.De quem depende que ela acabe? De nós.O que é esmagado, que se levante!O que está perdido, lute!O que sabe e o que se chegou, que há aí que o retenha?Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.E nunca será: ainda hoje.”  (Bertold Brecht)

*Defensor Público————————————O importante é viver – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley)O importante é que vivamos nossas vidas como elas devem ser vividas. E a função da vida é o desenvolvimento racional. E não seremos racionais enquanto não agirmos com racionalidade, claro. E não é racional o exibicionismo. A importância do que você faz na sua vida depende de sua dedicação ao que faz. Porque você sabe que nunca conseguirá a perfeição. E por isso deve continuar em busca dela. Porque se você desistir porque sabe que não vai conseguir, você fracassa. E você pode estar fazendo isso quando acha que já conseguiu o que queria. Seu sucesso está em você. Nunca se sinta o tal, por ter conseguido. Continue buscando. A simplicidade é esteio do sucesso.     Não se preocupe em marcar sua presença. Apenas esteja presente onde deve estar. Esteja sempre presente. Só com sua presença você marca o caminho para sua ausência. A vida é espetáculo em que somos todos atores. E cabe a cada um de nós saber que papel está desempenhando e fazê-lo da melhor maneira que puder fazer. E sempre podemos mais do que imaginamos poder. O Charles Chaplin disse que: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. E na peça da vida o aplauso vem depois da vida. E ainda bem que a vida é um eterno ir e vir. E em cada fase devemos nos aprimorar ao máximo.     Nunca se deixe envolver na embriaguês da vaidade. Sua beleza está no seu interior. Ela é demonstrada no seu comportamento. Quando você se preocupa em ser o que acha que ainda não é, é porque não é. Então seja no que você é. O importante é a busca pelo aprimoramento racional. Não é querer ser, mas ser o que é. Viva intensamente para que todos se lembrem de você, na sua ausência. Não nos esqueçamos de que nunca seremos esquecidos se tivermos marcado nossa presença. E tudo de que você necessita para marcar sua presença é estar presente na vida. E estar presente na vida é viver intensamente. E não vivemos intensamente se não formos felizes. E só seremos felizes se soubermos fazer as outras pessoas se sentirem felizes com nossa presença. Então, cuide-se. Busque a felicidade no seu interior. Não perca seu tempo procurando a felicidade fora de você. Viva feliz não perdendo seu tempo com coisas e assuntos que lhe tragam infelicidade. Esqueça o que não lhe interessa. E procure interessar-se apenas pelo que realmente mereça sua atenção e lhe traga felicidade. Afaste-se das más notícias. Elas são nocivas. Pense nisso.*[email protected]