Brasil faliu! – Tom Zé Albuquerque*Reza o art. 2º. da Constituição Federal do nosso país: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Nos últimos anos este paradigma tem se corroído e, às vezes, metralhado em nome de interesses nebulosos.
Os três poderes em separado (ou em tripartição) foi teorizado por Charles de Montesquieu, através da obra “O Espírito das Leis” (1748) e tem raízes filosóficas a partir de Platão e Aristóteles, se solidificando após, no Iluminismo através de Locke, sempre no intuito de coibir a tirania e defender a igualdade de direitos sem restrições decorrendo no que tratamos hoje de Estado justo e democrático de direito. E sob o seu arcabouço, pairam a relação harmônica, mas a preservação da autonomia de cada poder.
Ocorre que no Brasil vigente o poder judiciário tem legislado o funcionamento da nação, especialmente quando o assunto é corrupção. Ratifica impeachment com ressalvas mesmo diante da limpidez inconteste da letra constitucional. Criva o legislador e diz quem vai preso, quem sai, quem não entra. A contradição é patente, pois entende que um corrupto é destituído do cargo e vai preso; outro, pelo mesmo motivo, não é destituído nem é preso. Um político pode assumir presidência do Senado mas não pode cumprir o que diz a Carta Magna ao substituir o Presidente da República. Também reside o descrédito da população quanto ao judiciário brasileiro, inclusive no que concerne à desmoralização que sequer ordem judicial é cumprida, e oficial de justiça, para os corruptos, não passa de um despachante ou pivete de mandado.
O Brasil está moralmente falido. Regozijo-me ao ouvir alguns alienados bradarem: “Sou brasileiro, não desisto nunca!”. Desiste de quê, cara pálida? Este adágio foi criado pelos déspotas pseudo-socialistas para que nós, brasileiros, aceitássemos tudo passivamente, as injustiças, as desigualdades, o saque no patrimônio do país, afinal, nós somos fortes para aguentar tudo… É muita imbecilidade! Certo dia perguntei a um petista o que o orgulhava no país do Neymar: da educação, máquina de analfabetos funcionais? Da saúde, que mata pela omissão e falta de estrutura mais que qualquer guerra no mundo? Da segurança, onde policial é taxado pela mídia de bandido e vagabundo é endeusado, numa das mais cruéis inversões de valores da história? Dos políticos? Das leis? Da fome? Da corrupção?
Renato Russo, há 24 anos, cantou em “Perfeição”: “Vamos celebrar a estupidez do povo… o meu país e sua corja de assassinos; vamos comemorar como idiotas a cada fevereiro. Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação, os preconceitos e o voto dos analfabetos. Comemorar a água podre… nosso castelo de cartas marcadas, o trabalho escravo, toda hipocrisia e toda afetação, todo roubo e toda indiferença. Vamos celebrar epidemias: é a festa da torcida campeã”. Anos depois navegamos no mesmo mar de lama. Brasil atingiu a falência múltipla, ou fecha e recomeça ou…*Administrador————————————Artesãos da vida – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Gandhi)Somos todos artistas. Brincamos nos palcos da vida, desenhamos a vida que gostaríamos de ter e nem sempre somos aplaudidos antes das cortinas se fecharem. O palco nem sempre é somente de brincadeiras. O grande artista Bob Marley nos dá esse recado: “A vida está para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada”. Dance, cante, chore, ria e viva intensamente. O Chaplin falou isso. E ele sabia o que falava e o que fazia. São os exemplos que devemos seguir para que possamos atravessar o campo minado da vida. Todos os grandes vencedores já atravessaram campos minados. O importante é que atravessemos os mesmos campos, pisando exatamente onde eles pisaram. É assim que evitamos as explosões silenciosas que nos derrotam.
Estamos nos aproximando de mais um fim de ano, festejando com árvores enfeitadas e dançando no palco da euforia. E muitas vezes nos esquecemos da seriedade da cena. Vamos mudar de palco se este não estiver à nossa altura. Porque nós é que podemos não estar à altura dele. E esse desencontro faz com que soframos desnecessariamente. Por que sofrer e chorar se podemos rir e cantar? Por que perder tempo com o que nos aborrece? Por que ficar pensando no problema quando deveríamos pensar na solução? Seu poder de ser feliz está em você. Cabe a você saber o que realmente quer para sua felicidade.
Somos o que pensamos e agimos de acordo com nossos pensamentos. Então mude seu modo de pensar se não estiver obtendo o que realmente quer. Sorria dos aborrecimentos. Quando sorrimos de nós mesmos não estamos nos desvalorizando. Estamos nos olhando no nosso espelho interior. Porque é no espelho interior que nos vemos como realmente somos. Controle seus pensamentos para poder controlar suas atitudes em relação a você mesmo. Nunca se julgue inferior. Ninguém é superior a você nem você a alguém. Somos todos iguais. As diferenças estão na nossa evolução racional. E esta depende de cada um de nós.
“Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim”. Nossa resposta ao que acontece conosco é que vai nos dizer quem realmente é superior, se nós ou os acontecimentos. Quando nos preocupamos com o problema perdemos a capacidade de pensar na solução. E o que é mais importante? O problema ou a solução? Pare de brigar com a vida. Encha-a de sorrisos, risos, alegria, e muita determinação. Vá muito além do chinelo. Você pode se achar que pode. Se achar que não pode, continuará no círculo do elefante de circo. Pense nisso.*[email protected] ————————————-Já é dezembro! E o que fizemos o ano todo? – Daniele Vilela Leite*Já parou para pensar na correria de nossos dias? Temos que ir para o trabalho, levar os filhos para a escola, depois academia, consultas médicas, reuniões de trabalho, reuniões escolares, planilhas, cálculos, atividades domésticas, encontros com famílias, amigos. Passamos dias, semanas, meses, correndo e enfim, dezembro chegou! Já é quase Natal! E aí você pensa: meu Deus, onde eu estava durante os outros 11 meses do ano?
Estávamos exercendo nosso trabalho da melhor forma possível, sempre realizando as tarefas com dedicação e qualidade. Estávamos passando em consultas médicas, realizando exames, fazendo atividades físicas, pensando em nossa saúde e em nosso bem-estar. Estávamos cuidando dos filhos, educando-os da melhor forma possível e participando ativamente de suas vidinhas. Isso sem falar no acompanhamento da vida escolar dos nossos pequenos: tarefas, maquetes, reunião de pais. Estávamos também organizando planilhas e controlando os gastos mensais para que, dentro do possível, nossa vida financeira esteja em ordem! Ah, ainda tem as atividades domésticas: limpar, passar, cozinhar, organizar gavetas e armários. E claro, estávamos na companhia de nossos amigos, seja num barzinho, churrasco, ou mesmo recebendo-os em casa, em um momento de descontração, seja para uma boa conversa, ou para desabafar, chorar ou compartilhar boas notícias.
Todos esses afazeres tomam nosso tempo e, querendo ou não, acabamos por nos tornar escravos do relógio! Dramático pensar assim? Não, não é! É realidade. Nosso tempo é cronometrado. Temos hora para deixar o filho na escola, hora para entrar no trabalho, para ir ao médico, almoçar, buscar as crianças, leva-los ao judô, capoeira, inglês, aulas particulares.
Isso, falando de tempo, “hora”, daquele que podemos cronometrar. Mas não podemos esquecer que por trás de cada atividade, cada trabalho realizado, cada momento vivido, precisamos também lidar com nossas emoções: ansiedade, angústia, nervoso, estresse, alegria, decepção. Esses sentimentos nos tomam um tempo danado, além de nos consumir emocionalmente!
Você pode até pensar que estou “exagerando” e se perguntar: o que eu quero dizer com tudo isso? Quero dizer que o tempo passa, você querendo ou não! Quero dizer que o tempo vai passar, se você ficar em casa sem fazer nada ou não souber aproveitar o seu dia de uma forma melhor. Lembre-se: não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Então aproveite cada minuto do seu dia! Nas atividades que realizar, não esqueça de acrescentar prazer, amor, carinho e dedicação. Realize seu trabalho da melhor forma. Como diz o filósofo, professor e escritor Mario Sérgio Cortella, “Faça o seu melhor na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda”.
Exerça seu trabalho com qualidade. Pense nas pessoas que trabalham a sua volta e que dependem do seu trabalho para realizar o deles. Seja facilitador! Nas reuniões, procure ser prático e objetivo, assim conseguimos atingir melhores resultados. Enquanto leva seus filhos à escola, diga o quanto aprecia a presença deles e quão importantes são em sua vida! Vá ao médico regularmente e faça os exames por ele solicitados, assim você aumenta a chance de manter sua saúde em dia.
As atividades domésticas são cansativas e desgastantes, mas é tão prazeroso cozinhar para as pessoas que gostamos! Capriche no tempero! E quando eles vestirem aquela roupa limpinha, perfumada, percebem que teve carinho na hora de lavar e passar.
E os amigos? Estar com os amigos é sempre muito bom! Podemos dividir nossas alegrias, jogar conversa fora, dar risadas, mas também compartilhar tristezas e angústias. Os amigos são essenciais em nossas vidas. Devemos valorizá-los, pois são preciosidades.
Aproveite as festividades para estar com a família e amigos. Ligue para aqueles que a tempo não vê. Diga-os o quanto são importantes e que fazem a diferença em sua vida! Desfrute de bons momentos com seus filhos, seja em casa, no cinema, num parque municipal. Priorize a qualidade no tempo em que estiverem juntos.
Viva de forma que quando lembrar os bons momentos você possa sorrir e sentir vontade de voltar no tempo, e quando se lembrar das tristezas e decepções, perceba como foi válido o aprendizado, o amadurecimento e como conseguiu evoluir com tal situação.
Valorize a simplicidade! Lembrando a citação do livro O Pequeno Príncipe, “o essencial é invisível aos olhos”. Viva intensamente! Um sorriso no rosto faz toda diferença!Boas Festas!*Orientadora Educacional na empresa Planeta Educação; Formada em Serviço Social pela Univap, com larga experiência em trabalhos relacionados à Educação. Contato: [email protected]