Que tal um período sabático para repensar a carreira? – Daniela do Lago*Repensar a profissão, estudar e conhecer outros lugares. Esses são alguns dos objetivos de quem decide apostar em um período sabático, prática crescente no Brasil nos últimos anos. O termo hebraico refere-se ao momento de descanso que a terra passava após as colheitas, e atualmente está relacionado com a pausa que profissionais dão em suas carreiras.
Nem sempre é preciso sair do emprego para desfrutar de um período sabático. Porém a questão é delicada, já que algumas organizações são mais conservadoras e não compreendem o assunto. Mesmo assim, você pode tentar negociar com a empresa.
O primeiro e mais importante passo é ter plena consciência de que esse momento não representa férias. Entenda que essa é uma parada estratégica na carreira e, por isso, requer planejamento, principalmente financeiro. Também não preciso comentar que o fato de estar desempregado não pode ser considerado um período sabático, certo?
Muitos profissionais acham que não fazem o que gostariam devido à falta de tempo. Isso é uma grande ilusão! Tudo na vida são escolhas e dependem de esforço e disciplina. Não importa se você trabalha 12 horas por dia ou não faz nada, se não tiver dedicação e organização para focar nos objetivos que pretende atingir, nunca irá alcançá-los.
A nossa vida é cheia de desculpas, e quase sempre os culpados são o trabalho e a consequente falta de tempo que ele causa. Devemos nos questionar sempre que iniciamos qualquer coisa: “para que tenho que fazer isso?”; “eu conduzo ou sou conduzido?”; “escolhi ou fui escolhido por minha profissão e/ou empresa?”. Um período sabático pode ser uma experiência única e ajudar a encontrar respostas a essas questões.
Embora eu recomende, insisto que o processo nem sempre é fácil e, acima de tudo, requer planejamento financeiro. Você pode demorar um pouco para retornar ao mercado, mas a chance de não ser reabsorvido é quase zero. Aproveite para estudar, ampliar sua visão de mundo, cuidar da saúde e ter contato com o diferente. Tudo isso vai te ajudar a enxergar infinitas possibilidades para sua nova etapa de carreira.
*Coach de carreira, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora.————————————–É Natal! Ou não… – Tom Zé Albuquerque*Afinal, o que significa o Natal? O que é o espírito natalino que todos nós propagamos? Que momento é esse o qual devemos sempre perdoar, serenizar, agir com a mais extrema resiliência, esquecer tudo que passou no pretérito recente, preferencialmente trocando presentes?
Desde o dia que eu descobri que o Papai Noel não existe que questiono sobre o que seria, realmente, o Natal. O momento, de fato, é sublime em todos os pontos. Ora, as famílias costumam se reunir (cada vez mais raro), e em plena harmonia, em um momento de degustar apetitosas comidas, ingerir vários tipos de bebidas, rir, dançar numa mistura de recato – por ser o Natal – e exageros – por ser o Natal. Neste entreter, a troca de presentes adoça a data, conturbando em nós o objetivo maior desta data.
Do ponto de vista teológico, a data de 25 de dezembro celebra o nascimento de Jesus Cristo (pelo menos para 35% da humanidade, ou todos aqueles que são cristãos), portanto, é momento de comemorar seu aniversário. Na história da humanidade, grandes seres humanos vieram para mudar incisivamente a história do planeta, tais como: o ateniense Sócrates, Gandhi “Mahatma”, Madre Teresa de Calcutá, Luther King, Chico Xavier… mas o Cristo foi o maior dos espíritos, o maior exemplo moral e de inigualável humildade na nossa história, daí nada mais sumo que fincar a data.
Porém, do ponto de vista científico, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro… e agora? Sabe-se que, por volta do século IV, visando definhar a popular festa pagã do “sol invicto”, a Igreja (dotadora do poder político da época) fincou a data de 25 de dezembro para a comemoração natalina, especialmente para praticar a gula desmedidamente e sem remorsos. A festa comemorava o solstício de inverno (dia mais curto do ano). No hemisfério Norte, ele normalmente ocorre por volta do dia 22 de dezembro (21 de julho no hemisfério Sul). Aliás, esta data era inerente ao nascimento e renascimento, sobremaneira pelas homenagens ao Deus Sol. Os textos bíblicos não consideram essa linha científica.
Noutro flanco, a figura do Papai Noel é evidenciada no Natal de tal forma que, pasmem, sobrepõe em muitas situações até a figura de Jesus. Ele é, para alguns, o “anticristo”. Em verdade, o velhinho barbudo e pançudo de roupa vermelha é fruto de uma estratégia de marketing vitoriosa promovida por uma marca de refrigerantes. Não é nocivo, e promove um incremento considerável na economia em quase todo o mundo, tal qual como o dia dos Pais, dia das Mães…
O que é saudável é respeitarmos o campo religioso da passagem do Cristo assim como o empreendedorismo, não sendo coerente nem justo destruirmos uma das vertentes. Mesmo com pesar pelas crianças que nunca se beneficiaram com a figura comercial do Papai Noel, mas nada é tão mágico que acreditarmos nele, acordar na manhã de Natal, olhar bruscamente para baixo da rede e ver aquele singelo, simples e pequeno brinquedo (mesmo que usado). Eu vivi isso, e não me conformo em terem aniquilado em mim a fábula noelina. *Administrador————————————-O que fazer diante do colapso da humanidade? – Norman de Paula Arruda Filho*Há anos ouvimos as notícias sobre a guerra na Síria. Os bombardeios, execuções em massa, crueldades sem tamanho e violações de praticamente todos direitos humanos tornaram-se parte do cotidiano dos noticiários, ganhando cada vez menos destaque. No entanto, um chamado da Organização das Nações Unidas nos últimos dias nos fez despertar novamente para as barbáries que acontecem na região. Atrocidades descritas pela ONU como “o colapso total da humanidade”.
Em meio ao fogo cruzado do exército governamental e dos rebeldes anti-regime, famílias são destruídas, homens civis desaparecem, crianças são cruelmente fuziladas. Os poucos sobreviventes não possuem mais onde morar e vivem encurralados sem sequer ter o que comer ou beber. Diante disso, a Organização das Nações Unidas, por meio de porta-vozes, demanda por providências tanto dos envolvidos nessa guerra contra a humanidade, quanto da sociedade como um todo.
No último dia 13, após denunciar o ataque a uma casa que mantinha como reféns mais de 100 crianças desacompanhadas, o Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) pediu a retirada de milhares de crianças da cidade síria de Aleppo. Jens Laerke, porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em entrevista para a Euronews reafirmou o apelo da ONU aos militantes para que permitam aos civis sair da área de confronto. O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, descreveu a situação de Aleppo como um verdadeiro inferno na terra.
Como presidente do Capítulo Brasileiro da iniciativa PRME (Princípios para Educação Executiva Responsável) da ONU, me vejo incumbido de levar o tema também para as discussões das Instituições de ensino e entre os milhares de acadêmicos signatários do PRME em todo o mundo. *Presidente do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) e do Capítulo Brasileiro do PRME da ONU————————————O encanto no cantar – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quando ela canta me lembra um pássaro. Não um pássaro cantando, mas um pássaro voando”. (Ferreira Goulart)A beleza no cantar representa a natureza invadindo a alma. O Ferreira Goulart, nessa frase acima, referia-se à cantora Nara Leão. Concordo com ele. O canto deve ser suave. O que está nos faltando atualmente.
Parece-me que não estamos interessados na beleza do canto, mas na extremidade da voz. Mas deixemos isso pra lá e vamos viver o momento suave e carinhoso do Natal. Nem mesmo os mais céticos são capazes de ficar indiferentes à suavidade, no movimento atabalhoado que se cria nesse período encantador do Natal. Espero que você viva e tenha um Natal exatamente como o deseja. Com muita suavidade, alegria e, sobretudo, como muito amor. Procure a beleza no seu comportamento diante da beleza do momento. Seja feliz e fará os outros se sentirem felizes.
Atente-se mais para as coisas mais simples à sua volta. A beleza que está no voo simples de um pássaro simples. Até mesmo o mais simples que até lhe parece repugnante. A beleza está onde a vemos. Nem sempre a vemos onde ela realmente está. Já reparou na beleza do planar de um urubu? Mas só vemos a beleza, realmente, quando somos capazes de ser feliz. E não tente ser feliz apenas com a beleza superficial dos natais superficiais. É vendo que você vive o Natal como ele realmente é. Uma beleza interior que não se espraia na visão, mas no deleite da alma. Não há como não se sentir feliz diante da beleza do Natal.
Não importa quais os maus momentos ou acontecimentos danosos que estão martelando seus sentimentos. Mostre, pra você mesmo, que nada é mais importante do que o seu poder de se sentir feliz. Até mesmo diante do mais desagradável, não caia. Não baixe sua cabeça diante dos momentos maus. Tudo que você deseja pode alcançar desde que haja racionalidade no desejo. E não há amor sem racionalidade. E sei que você tem tudo de que necessita para ser uma pessoa feliz. Ame como se deve amar. Aproveite os momentos festivos para espraiar sua felicidade com a harmonia característica do amor. Deixe que a fantasia sadia invada sua alma, para que você seja realmente feliz. Demonstre sua felicidade no seu sorriso. Sorria, cante, dance e seja muito feliz. E não se esqueça de que só você pode fazer isso por você. O que demonstra que você é uma pessoa superior. E por ser superior, não é diferente dos demais; um respeito que engrandece sem espalhafatos. Seu valor está em você. E se é assim, ninguém tem o poder de fazer você feliz. Só você tem esse poder. Então o aproveite e tenha um Feliz Natal. Pense nisso.*[email protected]