Opiniao 23 01 2017 3555

A impropriedade humana: o sem dono, o sem nada… – Tom Zé Albuquerque*Uma das verdades mais precisas e dolorosas deste século trata sobre a manipulação ao ser humano. A maioria da população está, de uma forma ou de outra, sendo manipulada ou manipulando. E isto tem contribuído visceralmente para o triste quadro social instalado, fato gerador de uma população doente e desorientada.

Um dos mais relevantes trabalhos nesta seara foi desenvolvido pelo francês Sylvain Timsit, cuja inspiração residiu no trabalho do linguista, filósofo e cientista americano Noam Chomsky, considerado o “Pai da linguística moderna”. Neste estudo, Timsit construiu a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através da comunicação”, com material trabalhado e organizado por décadas sobre a manobra de massas, sobre criação de senso comum e ações voltadas para atendimento de desejos de uma minoria.

Aliás, nada mais lúcido quando Chomsky dispara que “…Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia”. Observemos quão semelhante é essa realidade com a situação atual no Brasil, especialmente no âmbito político, mas patente nas empresas, nas famílias…

A primeira estratégia definida por Timsit se refere à distração, pela necessidade em desviar a atenção das pessoas dos problemas importantes, através de perenes distrações e na massificação de informações insignificantes. Outra estratégia consiste em criar problemas e depois oferecer soluções, na qual determinada situação é provocada a causar grande repercussão para que, com o interesse subliminar em pauta, as pessoas aceitem passivamente a solução, por mais esdrúxula que seja. A terceira estratégia se refere à gradualidade, cujo interessado em que determinada medida seja aceita a aplica gradualmente (muitas vezes de forma imperceptível).

Uma quarta estratégia concerne ao diferimento (passagem para fase posterior), como maneira ardilosa de fazer com que as pessoas aceitem uma proposição abominável sob o argumento falacioso que tal medida deve ser “dolorosa e necessária”, obtendo o aval para aplicabilidade no futuro, fazendo com que o sacrifício seja aceito por não ser imediato. Como quinta estratégia, há referência sobre dirigir-se às pessoas como crianças, cujos discursos, argumentos, personagens e entonações são infantilizados, beirando ao débil. A sexta estratégia atine a forçar o lado emocional em detrimento à reflexão, como técnica para causar desatino mental no sentido crítico das pessoas. A próxima estratégia visa manter as pessoas na ignorância e na mediocridade, para qual a educação tende a ser mais pobre e medíocre possível.

A oitava estratégia acusa o estímulo ao povo a ser complacente com a mediocridade, induzindo as pessoas a crerem que é moda saudável o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. A estratégia nona se refere ao reforço à autoculpabilidade, aliciando a pessoa a acreditar que somente ela é a culpada pela sua própria desgraça. E por último, a estratégia do conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem, permitindo, assim, que o a ala majoritária exerça e impulsione influência e poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.

Nesse contexto, cabe uma leitura sistêmica e reflexiva sobre o nosso cotidiano, em face da predominância do sistema predatório instalado ao homem, pelo homem. Faz-me lembrar, ante tudo isso, da frase de Lenin: “Usaremos o idiota útil na linha de frente. Incitaremos o ódio das classes. Destruiremos sua base moral, a família e espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus. A minoria organizada irá derrotar a maioria desorganizada, todas as vezes”.     *Administrador——————————————Racismo se combate com ações – Pedro Cardoso da Costa*Existem coisas que precisam ser combatidas independentemente se atingirá ou não o resultado desejado ou considerado ideal. De forma recorrente, cito como exemplos a morte e a corrupção.

Mesmo tendo a morte como único resultado certo, ninguém deixa de lutar contra ela. Com a corrupção se tem a diferença que ela só é combatida quando se torna pública. Enquanto não chega à mídia, ela é abafada, o dinheiro fica com quem comeu, um monte de bravatas serve de desculpas, e o povo paga a conta.

Com maior intensidade o racismo deve ser combatido, seja ele de que ordem for, seja de cor, raça, crença. E esse talvez seja o mais difícil de combater, pois ele se manifesta de um jeito sutil; quase imperceptível. O resultado, no entanto, é escancaradamente inverso. Todos veem e sentem, menos os racistas.

Pouca gente se atenta para a quantidade de negros numa festa de formatura. Quando tem, é um, alguns, de cursos mais simples. É raro um nos concursos para juiz, promotor de justiça e diplomata.

Nas novelas da rede Globo, se teve algum personagem negro protagonista, ninguém lembra, ou se teve foi num papel caricato. O mesmo acontece com apresentadores de programas de televisão, apresentadores de jornal. Na televisão existem apenas alguns repórteres.

O Supremo Tribunal Federal já existe há mais de cem anos. E talvez Joaquim Barbosa tenha sido o único negro lá. De onze ministros, duas mulheres foram o máximo presente numa composição do tribunal. E essa proporcionalidade se mantém até os níveis mais baixos. E nesse ramo de atividade, se existe homossexual fica trancafiado no armário, porque é uma escolha. Ou é gay assumido e não é ministro ou é um falso hétero ministro.

Daí surgem as explicações mais simplórias possíveis. Ah, eles que corram atrás. Esses argumentos passam a impressão de que mulheres, negros e homossexuais têm a genética diferente, propensa à inferioridade. Contrapor-se a justificativas dessa natureza se torna infrutífera devido à máxima de que, para gente que pensa assim, nenhuma explicação é possível.

Combater o racismo ou qualquer forma de preconceito depende muito mais de ações concretas do que manifestações verbais, placas de aviso, leis e outras iniciativas similares. Está na hora de a rede Globo colocar um protagonista negro na novela das nove, bem como colocar dois negros, duas mulheres como apresentadores num dos seus jornais de destaque.

Todas as demais instituições e segmentos sociais devem seguir o exemplo para evitar a necessidade de quotas raciais para proteger pessoas em razão de cor, sexo ou sua orientação sexual.*Bacharel em Direito————————————–Saia do círculo e evolua – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Repetir é a negação do mais sublime no ser humano: a capacidade de criar. Evoluir é a própria essência da vida”O ser humano tem a mania, de certa forma doentia, de se acomodar na preguiça do pensamento. O que não tem lógica, porque o pensamento não se cansa nem é preguiçoso. E como somos todos iguais, nos acomodamos na igualdade quase sempre inferior. E por isso evoluímos tão lentamente. Estamos sempre elogiando, venerando e até adorando, os que nos pareceram, ou nos disseram, serem gênios. E mais do que gênios, salvadores da pátria e da alma. E enquanto isso continuamos no patamar de baixo, esperando que os outros façam por nós o que nós mesmos deveríamos fazer. E não fazemos porque não acreditamos que somos capazes.

Não torne sua vida repetitiva. Mas você precisa aprender a interpretar os que nos chega pela racionalidade. A Cultura Racional, por exemplo, nos diz que o ser humano só aprende com as repetições. E isso quer dizer que só aprendemos no círculo da humanidade. E por isso não conseguimos ir além dele. Nossa permanência no mundo do ser humano não é mais do que um estágio para nosso retorno ao nosso mundo racional. E não retornaremos enquanto não aprendermos a viver a vida humana como um aprendizado para a imunização. E comece não confundindo isso com religião, filosofia ou coisa assim. O que devemos é nos valorizar mais e seguirmos nossa trilha da racionalidade para podermos ser o que realmente somos e não sabemos que somos.

Vamos descomplicar. Simples pra dedéu. É só você sair do círculo da repetição e começar a criar. Você tem o poder de pensar. E se é assim, procure usar seus pensamentos sempre no caminho que você quer para chegar aonde quer chegar. E sempre queremos o melhor para nós e para os outros. Mas nunca chegaremos onde queremos chegar se não mantivermos os pensamentos na direção certa. Dê um passo à frente em cada dia da sua vida. Mas caminhe mais com seus pensamentos do que como os pés. É no que você pensa hoje, que você vai ser amanhã. Seu futuro depende dos seus pensamentos. Não viva sua vida marcando passos sobre o mesmo terreno. Nunca se entregue a derrotas. Faça delas o indicativo para a vitória. É com erros que aprendemos a acertar. E tudo de que necessitamos está em nós mesmos. E você não é diferente dos que vencem, a menos que acredite mais nos perdedores. Vá em frente, sempre. Mas não leve na mochila lembranças de momentos que, por acaso, tenham o entristecido no passado. O que passou é passado, e o passado ficou para trás. Inicie sua semana como você quer que ela seja no futuro. Pense nisso.*[email protected]