As perspectivas de trabalho e abordagem daagricultura familiar e indígena em Roraima – Parte II – Rafael Gastal Porto*
Nos últimos dois anos (2015 e 2016)procurou-setrazer à discussão temáticas relacionadas à agricultura familiar e indígena no Estado. Para tal, nos desafiamos a participar em eventos para interagir, discutir, socializar, divulgar, analisar e propor direcionamentos na pesquisa social, bem como, integrar redes de trabalho. Sendo assim, nos fizemos presentes em workshops, congressos e encontros, foram eles:
Apresentação oral do trabalho”Fórum de Agricultura Familiar de Roraima: a experiência da construção social com foco no desenvolvimento territorial”, no Workshop de Pesquisa e Agricultura Familiar: Fortalecendo a Interação da Pesquisa para Inovação e Sustentabilidade na Amazônia, que aconteceu emOutubro de 2015, em Manaus, com realização do GEPAFISR. O trabalho procurou demonstrar a busca e a tentativa de se trabalhar a agricultura familiar na vertente de construção social, com foco territorial, por meio das representações em espaços específicos de discussão e encaminhamento de demandas, ou seja, uma visão em rede de projetos de desenvolvimento regional. Em Setembro de 2016 foi publicado, oficialmente, os Anais deste workshop, disponível para download em PDF no link (https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1053131/1/Anaisagriculturafamiliar.pdf).
Essa experiência dos FAF’s-RR também foi levado além fronteiras, sendo que em Julho de 2016, nos fizemos presentes com a apresentação de um trabalho em formato de pôster no III Congreso de CienciasSociales Agrarias, ocorrido em Montevideo (Uruguai), na Universidad de la República (Udelar). O trabalho versou sobre os “Fóruns de agricultura familiar de Roraima: um novo marco referencial para o desenvolvimento rural sustentável com foco no território e nas políticas públicas”, sendo que este artigo procurou enfocar a dinâmica de trabalho e as estratégias de desenvolvimento que se está buscando incentivar no estado de Roraima para com a categoria da agricultura familiar em seus espaços de discussão e direcionamento de demandas, em especial, no que se refere às políticas públicas. O Congresso teve como tema central “Desafíos para eldesarrollo rural sostenible frente a losnuevosescenarios”.
*Engenheiro Agrônomo—————————————-
Audiovisual e política cultural prática – Éder Rodrigues*A Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas (ABD&C Curta Roraima) foi implantada em Roraima em 2004. De lá pra cá vem ocupando espaços importantes para proposição de projetos para desenvolver o cinema em Roraima.
A Rede Audiovisual de Roraima, movimento criado em 2015, também surge como um fórum de realizadores capaz de contribuir com o debate para formulação de políticas culturais destinadas ao segmento audiovisual. Juntas, as duas entidades fazem importante trabalho de mobilização e organização do cenário audiovisual no Estado.
Desta forma, o segmento vem crescendo, ganhando força e identificando uma demanda por mais formação em cinema, fomento e circulação de filmes produzidos por pessoas que moram no Estado. Muito estimula a categoria perceber o crescimento da produção independente e autoral. Cineastas, estudantes universitários e do ensino médio, publicitários, jornalistas e profissionais de diversos ramos da comunicação vêm produzindo obras diversificadas, revelando o Brasil do extremo norte, para além de rótulos socioculturais televisivos.
O cinema e o vídeo permitem aos realizadores expressarem suas subjetividades, suas opiniões e leituras de mundo, apropriando-se das novas tecnologias digitais. Neste sentido, o curta-metragem serve como experimento de linguagem e a primeira experiência audiovisual para muitos apaixonados por cinema.
Mas, para que isso ocorra com mais efetividade, faz-se necessário o apoio estatal com financiamento local direto, além de qualificação e incentivo à captação de recursos em editais ou programas federais. É preciso pensar programas e projetos que favoreçam estas ações e não priorizar, por exemplo, a submissão de projetos ao marketing cultural de empresas privadas, como preceituam as leis de incentivo à cultura, sob o discurso retórico de renúncia fiscal.
Tal política exclui parte de um público que desenvolve ideias brilhantes, inovadoras, educativas, lúdicas, criativas e até revolucionárias que, no entanto (já temos histórico para isso), são desinteressantes para a “visão-reducionista-simplista-do-lucro-empresarial”, com raras exceções.
Necessário é o debate e a compreensão da riqueza da autoria e das novas subjetividades com as quais realizadores e outros artistas têm se destacado. Ao atender à demanda pelo estímulo à produção, todos ganhariam: o Estado, o sistema de ensino, o turismo, realizadores, público e a cultura regional.
Importante destacar que o movimento audiovisual em Roraima identificou cerca de 200 obras de curta, média e longa duração, produzidas de forma autoral no Estado. Com isso, temos um mapeamento do que está sendo produzido em Roraima. Esta construção se faz a partir do diálogo com realizadores locais, permitindo que o movimento audiovisual organize o perfil dos filmes produzidos, crie uma memória, assim como perceba as linguagens adotadas e o conteúdo trabalhado.
As informações estão divididas entre: 1) filmes produzidos a partir de oficinas e cursos; 2) obras autorais sem financiamento estatal e; 3) obras realizadas com financiamento. Os filmes de cunho “publicitário” ou “institucional” não entram neste processo. São inclusas na pesquisa, as obras de gênero ficção, documentário, animação e experimental, todas autorais produzidas desde os anos 80 até 2016. Há um longo trabalho ainda pela frente.
Este trabalho visa, ao final do processo, valorizar a arte e os artistas locais. Novas ações de circulação e novos mercados também podem ser abertos com o reconhecimento desta produção e destes realizadores. O primeiro passo está sendo dado: organização do acervo fílmico com importante articulação coletiva.
*Jornalista, sociólogo, especialista em Marketing e Linguagem Audiovisual. Presidente da Associação Curta Roraima e membro da Rede Audiovisual de Roraima. Servidor da UFRR————————————–Cotas para representação feminina no Legislativo Nacional – Júlio César Cardoso*Trata-se de Proposta de Emenda à Constituição nº 134-A, de 2015, do Senado Federal, que acrescenta art. 101 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que reserva vagas para mulheres no Legislativo Nacional. O sistema de cotas é uma política paternalista vergonhosa, que não pode continuar a prosperar na República. O jeitinho brasileiro de tirar vantagem ou de encontrar soluções mirabolantes é um vício arraigado em nossa sociedade, que se acentua substantivamente na vida política. Os cidadãos precisam se impor por competência e não por sistema de cotas. Erra o país que soçobra diante das dificuldades ao não encontrar saída plausível sem ferir direitos iguais de terceiros, como foi observado no sistema de cotas universitárias. Por outro lado, no plano político, as mulheres têm que conquistar os seus espaços por competência e não por favores de qualquer espécie. Não se compreende que as mulheres – para ingressar na política – defendam o sistema de cotas femininas como se fossem portadoras de alguma deficiência física ou mental. Ao contrário, as mulheres são tão competentes quanto os homens. Ademais, o interesse da mulher pela política é mais recente e as etapas não podem ser atropeladas, pois não existe, no Parlamento, nenhum impedimento legal para a mulher se candidatar. Por outro lado, a sociedade brasileira está farta de tanto político no cabide de emprego. E o exemplo ululante é o nosso inchado e inoperante Congresso Nacional, repleto de parasitas e encharcado de mordomias. A verdade é que o país não precisa de mais políticos, seja homem ou mulher. O país carece, sim, é de um Parlamento Nacional enxuto, com redução substancial da quantidade de políticos. A qualidade representativa não está na quantidade política. E o exemplo mais negativo que testemunhamos é o abissal quadro do Congresso Nacional, com 513 deputados e 81 senadores, um verdadeiro circo de atores mambembes, com as suas exceções, que pouco produz e que dá despesa enorme ao Erário, quando se tem carência de recursos prementes nas áreas da Educação, Saúde e Segurança.
*Bacharel em Direito e servidor federal aposentado————————————–Vamos fazer – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Todos devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo”. (Gandhi)Se nós não mudarmos nada mudará para nós. Continuaremos caminhando pelas veredas tortuosas da vida. E deveríamos, pelo menos, levar em consideração, as palavras que o médico carioca, Miguel Couto nos disse, no início do século vinte: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. Estamos no século vinte e um, e o problema continua crescendo. O que nos leva a assumir a responsabilidade sobre nossa educação. E ela vem de dentro para fora e não como nos dizem: de fora para dentro. Simples pra dedéu.
Como você se cuida, cuidando de você? Que respeito você tem por você mesmo? Quando nos respeitamos realmente nada nos torna inferior. E quando nos sentimos superiores sabemos realmente quem e o que somos. E só quando somos educados sabemos que esse pensamento é válido para todos os seres humanos. Logo, somos todos iguais, independentemente da posição de cada um no mundo em que vivemos. E se somos todos iguais devemos nos respeitar mutuamente. E só os educados conseguem fazer isso. Então vamos nos educar.
Mire-se nos grandes nomes da nossa história mundial. Por que será que eles foram os transformadores da história, construindo-a com seus valores? E tais valores não estão no poder econômico dos que o possuíam.
O que tinham, ou têm, é resultado do que eles foram ou são. E não construa seu valor alimentando o sonho de riqueza material. Mas importante do que ela é a riqueza racional. Valorize-se no que você é e não no que você pensa que é. Cuide de sua saúde cuidando da saúde mental. A doença mental leva você, tanto para o mal, quanto para o desequilíbrio na saúde física.
O médico Nuno Cobra certa vez falou para um dos seus clientes: “Você não tem nenhuma doença, o grande problema é que você não tem saúde”. Interprete o Nuno e você verá que a maioria das pessoas que ficam o dia todo nos corredores dos hospitais não tem doenças, o que não tem é saúde. E isso implica desequilíbrio na vida, impedindo o sucesso, seja qual for sua atividade. Não há sucesso sem saúde. E não há saúde sem equilíbrio mental e racional. Observe que todas as pessoas realmente sadias são alegres. É quando elas não se deixam vencer pelo desequilíbrio físico, passageiro ou não. Tudo vai depender de como você encara o problema, seja ele qual for. Você nunca vai ser uma pessoa bem sucedida, enquanto ficar perdendo seu tempo com assuntos ou acontecimentos desagradáveis. Procure viver cada momento de sua vida com alegria. Nunca permita que o negativismo vença você. Você só será superior se quiser ser. Pense nisso.