Cotidiano

Prefeitura cancela atendimento de fisioterapia no Centro de Referência

O aviso de suspensão do serviço no Centro indicava, inclusive, aos pacientes que eles teriam que se dirigir ao Núcleo de Reabilitação do Estado (Nerf), de responsabilidade

Os pacientes que procuravam o Centro de Referências e Especialidades Médicas (Crem), de responsabilidade da Prefeitura de Boa Vista, para buscar atendimento de fisioterapia foram surpreendidos hoje (1º) com o cancelamento desse serviço na unidade de saúde.

Segundo um dos usuários que relatou o caso à Folha, o aviso da suspensão do serviço que foi colocado no mural do Centro indicava, inclusive, aos pacientes que eles teriam que se dirigir a uma unidade de responsabilidade do Estado. Esta unidade, refere-se ao Núcleo de Reabilitação do Estado (Nerf), que funciona na avenida Ataíde Teive, no bairro Canaã.

No mês passado, o Centro de Referência foi alvo de reclamações dos moradores que precisavam passar a noite na fila da unidade para conseguir uma consulta. Os moradores diziam que alguns levavam cadeiras e redes para agüentar o sono à noite, mas essa era a única forma de estar logo cedo no Centro.

Na época, a Prefeitura de Boa Vista informou que as filas na unidade eram destinadas à marcação de consultas para a especialidade de fisioterapia para adultos e afirmou que o Governo Estadual não estava suprindo a demanda de fisioterapia da população.

“O Centro de Reabilitação Física, de gestão do Governo Estadual, não está suprindo a demanda de fisioterapia dessa parcela da população. A maioria é paciente do Hospital Geral de Roraima (HGR), com sequelas causadas por acidentes automobilísticos” dizia o trecho da nota.

Nesta quinta-feira, o Município voltou a explicar que o serviço de fisioterapia no Centro continua a ser oferecido normalmente, mas dando prioridade apenas para atender os casos complexos de crianças encaminhadas pelo Hospital da Criança Santo Antonio (HCSA).

“O serviço de fisioterapia no Crem é destinado às crianças a partir de 29 dias até 12 anos, 11 meses e 29 dias, em sua maioria, com necessidades motoras resultantes de lesões ósseas que exigem tratamento para a recuperação da mobilidade adequada”, completou a nota da Prefeitura.