Os bancários de Roraima decidiram, em assembleia realizada na quarta-feira, 30, aderir à greve nacional e anunciaram a paralisação por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 06. A decisão partiu do comando nacional da categoria, que recusou a proposta de reajuste nos salários dos servidores de 5,5% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Com a decisão, todas as 25 agências bancárias da Capital e dez agências do interior, além dos quase 900 servidores, cruzarão os braços. Somente os serviços essenciais, como os de caixas eletrônicos, internet bank e a tesouraria para conferência dos depósitos funcionarão normalmente.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários em Roraima, Adauto Andrade, a proposta da Fenaban não atingiu os interesses da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que reivindicava um reajuste de 16%, a partir do mês de setembro, data-base dos bancários. “Pleiteamos melhores condições de trabalho, o reajuste salarial e mais contratações, mas não fomos atendidos”, disse.
A proposta patronal incluiu o mesmo reajuste de 5,5% também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00. Já os bancários reivindicam também elevação do piso para R$ 3.299,66 e aumento do vale alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche para R$ 788,00.
Conforme ele, os bancários também exigiram o fim do assédio moral, das metas abusivas e o respeito ao trabalhador. “Estamos sobrecarregados demais devido à falta de funcionários. Tem banco em Roraima que realizou concurso há anos e até hoje não empossou nenhum aprovado”, afirmou.
O sindicalista informou que a última rodada de negociações entre Fenaban e Contraf ocorreu no dia 25 de setembro e que não há previsão para nova data para avaliação das propostas. “A proposta não chegou nem à projeção da inflação, que é de 9,88% até o final de 2015”, contou.
A ideia da categoria era iniciar a greve imediatamente, no entanto, após avaliação, os bancários entenderam que o movimento seria mais forte com teor nacional. Na próxima segunda-feira, 05, será realizada uma nova assembleia para ratificar a greve. “Dependemos de atender os trâmites legais, como a publicação de editais e convocação dos servidores”, frisou . (L.G.C)