Bom dia!Os dados são inquietantes. Os últimos levantamentos de intenção de votos no Congresso Nacional indicam que o Presidente Michel Temer (PMDB) não dispõe mais daquela folgada maioria de votos para aprovar matérias que não obtenham a simpatia popular. A queda continuada da popularidade do Governo e do Presidente bem como a aproximação das eleições gerais de 2018 tem provocado um, ainda pequeno, movimento de afastamento de muitos parlamentares da base do governo, dentro da velha prática, muito comum no mundo dos políticos, de que ninguém quer ser vítima do “abraço de afogados”.

As recentes posições assumidas pelos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Cristóvão Buarque (PPS), que de aliados incondicionais passaram a ter uma posição muito crítica ante ao governo, são indícios muito fortes de que está queimando o solo que sustenta Temer no Congresso Nacional. Calheiros, por exemplo, é líder do PMDB no Senado Federal, Partido do Presidente e o maior de sua base de apoio. Cristóvão apoiou e votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e seu Partido, o PPS, tem dois ministros no governo Temer, o da Defesa (Raul Jungmamm) e o da Cultura (Roberto Freire).

E pelas informações de bastidores do Senado Federal, os dois não estão isolados. Tem muito mais gente querendo desembarcar do governo. E se esse movimento ganhar mesmo corpo, evidentemente que o governo de Michel Temer acabará vergado pela falta de apoio congressual e das ruas. E, sem dúvida, esse enfraquecimento pessoal do Presidente da República pode acabar desaguando na decisão do Tribunal Superior eleitoral (TSE) de lhe cassar o mandato por conta dos processos que tramitam naquela corte. Se isso ocorrer, o País vai experimentar novos tempos de turbulência, afinal um Congresso Nacional recheado de bandidos e corruptos vai ter de eleger um presidente tampão e que pode perfeitamente ser um deles.

Temer, pela experiência de velho parlamentar, tem consciência desse cenário e deveria tomar uma posição de estadista para passar à história como um político que teve a coragem de ousar. Em vez de continuar trocando apoio dos parlamentares com a nomeação de apaniguados para cargos federais e liberação de verbas de um Tesouro Nacional quebrado, o Presidente deveria propor ao Congresso Nacional a antecipação das eleições ainda para este ano, encurtando o mandato dele mesmo, dos governadores e dos prefeitos. Todos os mandatos deveriam ser de cinco anos, sem direito à reeleição. Fim de papo. O Brasil poderia começar logo, sob a batuta de um líder eleito pelo voto popular, a tomar as medidas necessárias para sair do atoleiro.NOMEAÇÕESCom duas canetadas, ambas já publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE), a Governadora Suely Campos (PP) nomeou o ex-prefeito de Rorainópolis, Adilson Soares de Almeida (Adilson do Asa), e sua esposa Débora Silveira Almeida, para cargos de confiança no Governo. Ele será Assessor Especial da Governadoria, lotado na Casa Civil, e ela será Gerente de Núcleo na Secretaria de Gestão Estratégica e Administração. Especialista ouvido pela Coluna diz que este caso pode ser interpretado pelo Ministério Público do Estado como mais um caso de nepotismo. Será?SEM SOLUÇÃODepois de passada mais de uma década desde que foram expulsos de suas fazendas, após a demarcação da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, cerca de 20 pequenos criadores assentados em parte da antiga Fazenda Bamerindus continuam sem receber o Título Definitivo dessas áreas, que lhes asseguraria a plena propriedade dos mesmos. O INCRA, como sempre, alega que não pode emitir esses títulos porque os beneficiários não se enquadram no perfil exigido pela Reforma Agrária. Embora, o ITERAIMA já tenha solicitado que as áreas lhes sejam repassadas para serem tituladas, até agora os dirigentes do INCRA não se manifestaram. E olha que sobre a questão tem até compromisso assumido pelo Supremo Tribunal Federal com esses produtores.CONTASDeu na coluna Radar, da revista Veja desta semana. O deputado João Arruda (PMDB) solicitou há mais de um mês informações sobre a utilização das verbas pelo Diretório Nacional do PMDB, nos dois últimos anos, mas passado todo esse tempo, o presidente nacional do partido, Romero Jucá, não informou uma linha sobre essas contas. Segunda essa mesma coluna, o silêncio de Jucá anda irritando alguns de seus correligionários.TRE-RRO Tribunal Regional Eleitoral de Roraima reunirá hoje, 11, às 15h, no auditório da instituição, representantes de partidos políticos para tratar sobre o Processo Judicial Eletrônico (PJE). O objetivo do encontro é sensibilizar esses representantes sobre a importância de fazerem já a prestação de contas de 2017, por meio eletrônico. Embora a data limite seja 13 de junho próximo. O sistema funcionará de maneira híbrida, ainda podendo receber a prestação por meio físico.NOVA SECRETARIAEmbora tenha mandado retirar da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) todos os projetos de lei que davam conta da Reforma Administrativa, ontem, o Diário Oficial do Estado publicou decreto da Governadora Suely Campos criando uma nova secretaria extraordinária, com duração de 12 meses. Trata-se da Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Internacional (SEEGI). No mesmo DOE, saiu publicada a nomeação de Esther Verônica Caro Cavalcante para secretária da nova pasta.