As 13 razões do Bullying – Ana Regina Caminha Braga*O bullying é uma ação cada dia mais comum no meio escolar, porém, o que a grande maioria não se dá conta é que ele pode ter consequências graves em todas as instâncias da vida de uma pessoa. Recentemente, a Netflix lançou uma série que trata sobre o tema: 13 reasons why. A grande discussão da série é a prática do bullying no meio escolar, os danos que ele pode causar e o papel da sociedade e escola no combate e conscientização do ato.
Hanna Beker é uma adolescente recém-chegada em uma pequena escola no interior, que sofre as mais variadas ações e agressões por parte dos novos colegas. Sem a ajuda e acompanhamento adequado, ela toma uma decisão extrema: o suicídio. Para alguns, pode até parecer exagero, mas o fato é que esses casos vêm se tornando cada vez mais comuns entre crianças e adolescentes. Na série em questão, a escola nega conhecimento dos casos de bullying e essa é uma consequência grave.
Nosso papel é entender esse conceito e lutar para o combate de sua progressão no meio escolar. Como mestre e pesquisadora da Educação, é possível compreender que a escola precisa trabalhar e se desenvolver para que a tomada de consciência aconteça de modo geral, desde a equipe pedagógica, o administrativo até os discentes. Devemos sim estar sempre atentos para detectar o processo e trabalhar em prol dos alunos vitimizados pelo bullying.
Fechar os olhos para o que acontece em nosso dia a dia é um erro, devemos prestar atenção e ao menor sinal de bullying, tomar as devidas providências. Só essa mobilização pode diminuir tal sofrimento. Cabe ao núcleo escolar deixar esses alunos amparados e mais à vontade no meio em que estão inseridos. Da mesma maneira, a prevenção e tratamento devem ser multidisciplinares e incluir vários profissionais. É de extrema importância a intervenção na família e na escola, com planos que possam melhorar a vida daquela criança ou adolescente.
Diante disso, a principal forma de lutar para evitar o bullying, é investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Orientar os pais para que possam ajudar, pois os mesmos devem estar sempre alertas para o problema, seja o filho vítima ou agressor, ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.
O bullying é um problema sério, que pode levar a graves consequências e precisa ser extinto. Em meio à era digital e a tantas mudanças sociais e culturais, nós, como pais e educadores, devemos estar ainda mais atentos para o que está acontecendo. E a reversão desses casos só será possível, com o apoio da escola, pais e próprios alunos.* Escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar
A cultura do mundo e a Casa da Cultura de Boa Vista – Luiz Maito Jr*Patrimônio, etimologicamente Patri – pai, chefe de família; Monium – recebido. Ou seja, herança deixada por alguém, Patrimônio Público, herança deixada do Público, aqui Estado, para o público daqui, todos habitantes. O que herdamos filosoficamente é o que nos forma e o que constrói o nosso caráter, aquilo que nos torna quem somos, e que nos dá identidade.
Quando este patrimônio é pessoal e tem seu valor diminuído ou depredado, cabe apenas ao seu herdeiro o prejuízo que lhe acarreta e se achar que houve crime com relação ao que lhe foi retirado terá sempre a Justiça para lhe garantir talvez ressarcimento. Mas e quando o Patrimônio é Público? Quando a herança pública é devastada por uma série de incompetências seguidas, por uma série de governos que não se interessam pela formação cultural de seu povo, como dito antes, daquilo que nos torna únicos, e nos dá identidade.
A transformação da cultura em espetáculo é extremamente danosa, a desconstrução do que somos está repleta de características transformadoras, destituindo o nativo, desqualificando o particular, que nos tornam modelos padrão, nos tornam homens e mulheres do mundo, como dizia Milton Santos uma Globalitarização. Sobre a cultura globalizada, Milton Santos critica: “Cada lugar é, ao mesmo tempo, de uma razão global e de uma razão local, convivendo dialeticamente”, o professor de literatura Fredric Jameson, que afirma: “Estarmos diante de uma completa estetização da realidade, resultado do mosaico pós-moderno lançado nas últimas décadas”. A modernidade exige o progresso e esse progresso exige pasteurização dos modos de agir, falar, trabalhar e pasmem pasteurização do modo de pensar.
Então quando nossa Casa da Cultura é deixada a esmo, essa pasteurização e estetização estão postas, de tal maneira que, o que se está disposto a legar e perpetuar não são a identidade que nos forma, mas sim um novo padrão mundial de cultura instantânea, memória e história estão relegadas a planos inferiores de importância, é o micro refletindo e mimetizando o macro, a tribo high tech reluzindo progresso, a impossibilidade das diferenças vagarosas ante a marcha desenfreada do capital.
Nosso lugar de cultura fenece em meio a entulhos, mato e pragas, a inoperância que pensamos ser o motivo, na verdade é apenas um truque aparente da verdadeira intenção dessa ordem que nos atira sempre à frente, determinando o que temos de ser. Apenas cidadãos de um mundo que não aceita a diferença e aqui cabem também as diferenças sociais, raciais, de gênero, homo afetivas, entre outras.
Chegamos, pois ao que nos interessa (?), a reflexão a ser feita por cada um de nós. Compactuamos com esse estado de coisas? Com essa pasteurização cultural, somos cidadãos do mundo mesmo? Admitimos que nosso passado não nos interesse em nome do pote de outro no fim do arco íris? Se sim Ok, deixemos a Casa da Cultura cair sobre suas próprias fundações, afinal esta cultura realmente é arcaica. Mas se não, então entendemos que nossa identidade é o que nos constrói como uma sociedade que nasceu de seus antepassados, de seus homens anteriores, e que seu legado é sim um patrimônio, um monumento, uma fonte de conhecimentos e de preservação do que já fomos e do que somos hoje.*Estudante de História – UERR
A segurança participativa a favor dos cidadãos – Everton Cruz* De acordo com o artigo 144 da Constituição Federal, “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. Entretanto, não se pode deixar de lado uma questão de extrema importância: a nossa responsabilidade como cidadãos.
E, neste contexto, parte das pessoas não considerar que um cidadão comum, sem farda, arma ou mesmo treinamento seja capaz de combater o crime na região onde mora. Mas, isso é possível sim.
Depois de interagir com a vizinhança, é hora de organizar uma reunião de bairro para eleger os representantes da comunidade e falar sobre as preocupações da região. Feito isso, o próximo passo é estabelecer contato com os representantes da polícia da localidade. Este tipo de troca de informações é sempre bem recebido pelas autoridades.
Também é importante estar sempre atualizado. Além dos meios de informação tradicionais como rádio, jornais e TV, alguns sites e grupos nas redes sociais se apresentam como apoio aos cidadãos. Por meio deles, é possível trocar informações sobre as mais diversas ocorrências e padrões de ocorrências criminosas nas localidades.
A criação de um programa de segurança participativa no bairro mostra que a comunidade trabalha em parceria com as forças de segurança, visando manter as taxas de criminalidade sob controle. Dessa forma, as autoridades competentes desenvolvem ações desta natureza, aumentando seus esforços para garantir o bem-estar da população. E isto é essencial para que os seres humanos como um todo tenham noção do espaço que ocupam no nosso planeta.*Bacharel em Análise de Sistemas e sócio-fundador da Mooh Tech
Caminhando para o futuro – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Aquele que fica parado esperando que as coisas melhorem descobrirá depois, que aqueles que não pararam estão tão adiantados que já não podem ser alcançados”. Aquele que não se dedica a pensar no que pode acontecer no futuro certamente vai ser atropelado pela realidade. E todos os dias, mais gente está sendo atropelada pela realidade do fato de ter ficado parado, esperando que as coisas melhorassem. E todos nós fazemos parte desse lento andar da carruagem. Ou seguimos os passos largos do progresso ou ficamos para trás. E quando ficamos para trás, ou somos engolidos pela realidade, ou ela nos atropelará no futuro. E o futuro está cada vez mais próximo. Amanhã será futuro, assim como hoje será o ontem, amanhã. Essa verdade simples tem deixado muita gente em parafuso.
Já estamos adquirindo o hábito de dizer com que as coisas estão mudem. E nós? No que estamos mudando? Continuamos, hoje, os mesmos cabeças-duras de ontem, e certamente os seremos, amanhã. Estamos sempre recusando, acompanhar a marcha do progresso. Achamos bonito, as coisas mudarem, sem percebermos que não estamos mudando com elas. Nem fizemos nada para que elas acontecessem. É mais fácil admirar um líder, do que ser um líder. É muito mais cômodo esperar que as coisas mudem, do que mudar a nós mesmos.
Quando você vai a um banco, quase sempre fica encantado com a tecnologia no atendimento quase personalizado. Mas, reclama pra dedéu, quando tem que enfrentar a fila do caixa. Aí, taca o pau na reclamação. E com esse comportamento troglodita, não pode analisar o porquê que os bancos estão atrasados na qualidade no atendimento. A qualidade desenvolveu-se na indústria, mas é nos prestadores de serviços que ela deve ter maior atuação. E os bancos são seus hospedeiros mais necessitados. Enquanto os prestadores de serviços não se atentarem, nada mudará. Mas, não esquente a cabeça. Lá fora a coisa está de mal a pior. Mas, devemos nos cuidar, e não ficar detrás da porta, esperando que as coisas mudem sem mudarmos a nós mesmos.
O que está vindo por aí em termos de melhorias não é pouco. A eficiência tornará essa parafernália em novidades. Eu fico perdidão. Mas, o mais difícil é mudar a nossa mentalidade, para encarar as mudanças. E o mais importante mesmo, é que nos preparemos para o mundo em que vamos viver, enquanto vivermos. Vamos cuidar do mundo para que ele seja o lugar ideal para vivermos. É quando teremos a consciência de que devemos fazer nossa parte, da melhor maneira devemos e podemos fazê-la. Porque é assim que crescemos nas mudanças. E sem mudanças não mudaremos. Então vamos mudar. Pense nisso.*[email protected]