Bom dia!São elementos para reflexão neste final de semana prolongado. Você, caro leitor (a), sabe quanto custa ao contribuinte, por dia, o funcionamento de um Estado como o nosso, considerando os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e seus outros órgãos (MPE, DPE, TCE, MPC)? Levando em conta os números da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, em média e números redondos, esse custo chega a R$ 12.000.000,00 (DOZE MILHÕES DE REAIS). Isto mesmo! A paquidérmica e ineficiente estrutura burocrática do Estado em Roraima custa em média diária essa montanha de dinheiro. Num feriadão como este da Semana Santa – e olhe que é um feriado cristão, num país constitucionalmente laico, sem religião oficial-, o custo da paralisação total da máquina burocrática alcançaria nada menos que R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais).

E se todas as repartições seguissem o exemplo de alguns órgãos que já estão parados desde a quarta-feira, 12, a população estaria pagando para essas instituições não trabalharem os cinco dias do feriadão a bagatela de R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Esses números devem servir de reflexão para os dirigentes públicos acostumados a decretar pontos facultativos em qualquer oportunidade que lhes caia na mão. Eles não têm o direito de tornar disponível o dinheiro público, para financiar o ócio de seus subordinados, que são pagos com o minguado e suado lucro e salários de trabalhadores e empresários da iniciativa privada, que precisam trabalhar dobrado para viver e pagar impostos.VAZIOSPor falar em ócio, os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal estão às moscas desde que o ministro Edson Fachin decidiu mandar abrir inquérito contra meio mundo de deputados e senadores, enrolados nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Já na terça-feira, 11, imagens de câmeras de TV mostraram quase todas as poltronas vazias nas duas casas que compõem o Congresso Nacional. Pobre país, cujos representantes do povo são obrigados a se esconderem para evitar serem mostrado com a cara mais limpa do mundo afirmando que nada fizeram de errado. Só é difícil responder quem é mais canalha, se eles, ou os eleitores que os elegem?FÉRIASComo já publicamos no início do ano, a prefeita Teresa Surita (PMDB) não teve recesso na transição do antigo para o novo mandato. Desde lá, vem fazendo avaliação de seu programa de trabalho, no que resultou, entre outras coisas, na troca de algumas peças de sua equipe de primeiro e segundo escalão. Agora que completou 100 dias do novo mandato, Teresa resolveu viajar pelos próximos 20 dias. O vice-prefeito Arthur Machado Filho é quem está à frente da PMBV.CANDIDATURAFaz tempo que amigos e correligionários do ex-prefeito de Boa Vista, Iradilson Sampaio, pedem que ele não abandone a vida pública e muito menos a política e as eleições. Até agora ele vinha resistindo a esses apelos, mas segundo fontes da Parabólica, o ex-prefeito está quase decidido a disputar uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) na eleição de 2018. Quando foi deputado estadual, o ex-prefeito se destacou como líder corajoso e atuante, militando na oposição. Fez história.

EMPREGONem tudo está perdido em matéria de emprego em Roraima. Mesmo à conta gota, o setor público continua chamando servidores aprovados em concurso público. Noutro dia foi o Instituto de Terras e Colonização de Roraima (IERAIMA) que chamou mais de uma dezena de servidores. Agora, na próxima segunda-feira (17.04), o Instituto Federal de Roraima (IFRR) empossa sete novos servidores, sendo três técnicos e quatro professores. Destes, alguns foram aprovados em concurso promovido pelo IFRR; outros, reaproveitados de concursos da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O quadro de pessoal do IFRR já ultrapassa os 700 funcionários.DADOSA Federação das Indústrias de Roraima (FIER), que completa neste mês de abril de 26 anos de existência no estado, publica periodicamente dados sobre o comércio exterior de Roraima. No último boletim que traz esse desempenho relativo a fevereiro/2017, por exemplo, alguns dados parecem relevantes. Apesar da distância cavalar que nos separa da China, mais de 80% de nossas importações vêm daquele país asiático, enquanto do nosso vizinho, a Venezuela, com quem estamos ligados por asfalto, e por afinidades, adquirimos menos de 6% de nossas compras externas. Prova do quanto o Brasil está de costas viradas para os vizinhos do Cone Norte.NÃO FALAMOs políticos enrolados nas investigações da Lava Jato parecem que combinaram o mesmo tipo de conduta. Nenhum deles se dispõe a enfrentar os profissionais da imprensa, preferindo emitir notas escritas, que nunca variam o conteúdo: “Estou à disposição da Justiça”; “Nunca recebi dinheiro de corrupção”; “As contas das minhas campanhas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”; “Nunca autorizei qualquer pessoa a pedir dinheiro em meu nome”; “São acusações sem provas”; “São acusações sem provas frutos de vazamentos seletivos”; dizem eles através de advogados e de notas frias. Aliás, com outro significado, quase todos eles são especialistas em “notas frias”. Canalhas!