Política

TRE indefere pedido para que força federal atue no domingo

Presidente do TRE afirma que esquema de segurança para o pleito está montado e que haverá participação suficiente de policiais

O pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) indeferiu o pedido formulado pela Coligação Salve Roraima para que fosse requisitado apoio da força federal de polícia para atuar no domingo, 05 de outubro, quando acontecem as eleições 2014. O relator da requisição, juiz Paulo Cézar Menezes, entendeu que a coligação não conseguiu demonstrar a necessidade da medida.
Ele também frisou que, no dia 24, o corregedor-geral eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, informou, durante reunião, que não haveria mais tempo hábil para atendimento de novos pedidos de requisição de força federal. O voto do relator seguiu o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) e foi seguido por todos os juízes eleitorais.
Em entrevista à Folha, o presidente do TRE, desembargador Mauro Campello, ressaltou o esquema de segurança para o pleito desenhado pela Justiça Eleitoral. Segundo ele, haverá a participação suficiente de policiais para garantir que o eleitor possa efetuar seu voto de maneira consciente no domingo. “Esse processo eleitoral está tranquilo com as forças de segurança presentes”, frisou.
Segundo ele, a Polícia Militar colocará de dois a cinco homens em cada seção eleitoral, de acordo com o número de eleitores por local. Serão em torno de 1.500 homens em todo o Estado, fora os que estarão fazendo trabalho preventivo de combate à “boca de urna” nas redondezas dos locais de votação.
A Polícia Federal, segundo ele, enviou 30 homens por meio do Ministério da Justiça, que tiveram sua vinda a Roraima custeada pelo Tribunal Regional Eleitoral exclusivamente para atuar no interior do Estado. “Teremos policiais federais em todos os 15 municípios”, informou.
A Polícia Rodoviária Federal aumentou o efetivo e contará com 70 policiais destacados em todas as rodovias, estradas, entroncamentos para vicinais com maior fluxo de pessoas, combatendo transporte ilícito de eleitores, fiscalizando propaganda eleitoral dentro de veículos e ainda a remessa de dinheiro para compra de voto no interior (veja matéria na página 11A).
“Os pagamentos nesse período têm que ser feitos em cheque ou transferência bancária. Não há motivos para que pessoas com altos valores estejam circulando. Será entendido como indício de compra de voto e pode ensejar prisões, apreensões de veículos e, futuramente, sanções contra eleitos. Então, recomendamos que os eleitores exercitem sua cidadania, votem consciente como elemento de transformação da cidadania”, frisou. (EPR)