Bom dia!E o primeiro dia do retorno do julgamento da chapa Dilma/Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terminou em clima relativamente tranquilo. O ministro-relator Herman Benjamin conseguiu ler a síntese de seu relatório; os advogados de defesa e acusação puderam fazer suas defesas orais; e o representante do Ministério Público Federal Eleitoral apresentou seu parecer final, que pede a cassação do presidente Michel Temer (PSDB) e a suspensão dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por oito anos.
Ainda deu tempo, após um pouco mais de três horas de sessão, de o ministro Herman Benjamin começar a ler o seu voto. Ainda falta muito para que o relator conclua seu voto, mas diversas considerações feitas por ele confirmam a expectativa de que pedirá a cassação de Temer e a condenação de Dilma Rousseff a perda dos direitos políticos. Dentre outras coisas, o relator disse que, na ditadura, a cassação de políticos era para matar a democracia, mas que agora uma eventual cassação de um presidente poderia ser interpretada como um remédio para salvá-la. Sábias palavras.SOBREVIVÊNCIAPois é, parece incrível, mas é verdade. Nas inúmeras e intermináveis conversas que está mantendo com deputados e senadores para se precaver contra um eventual pedido de licença do Congresso para ser processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer (PMDB) argumenta para todos que eles precisam se unir para salvar a classe política brasileira. É um discurso meio parecido com o do notório senador Romero Jucá (PMDB), que noutro dia disse que ano que vem tem eleição, e como fazê-la sem os políticos?SEM ELESAo contrário do que dizem esses políticos, citados com autores de malfeitos, o mundo da política não iria acabar se eles fossem, finalmente, para cadeia por terem se beneficiado com a roubalheira de dinheiro público. Sem eles, a democracia funcionaria muito melhor, e só para lembrar o que disse ontem, o Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, a corrupção só beneficia os mais espertos, em detrimento dos bons. O Brasil seria muito melhor sem essa gente comprando votos e se reelegendo sempre.PRODUTIVIDADE?Custa a crer, mas a Folha noticiou que a Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (SMST) vai punir o agente de trânsito que aplicar menos de 75 multas mensais na fiscalização do trânsito da Capital. Se essa “baixa produtividade” persistir por dois anos, o mesmo agente passará por treinamento, poderá até responder a Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Ao contrário, o agente que aplicar mais de 200 multas mensais receberá compensação. Vem confusão por aí.GUERRAE os desdobramentos da CPI do Sistema Prisional deixam bem claro a existência de uma guerra surda entre o Governo do Estado e alguns deputados da Assembleia Legislativa. Os governistas acusam esses deputados de utilizarem a CPI para tentar intimidar a Polícia Civil do Estado, que investiga o pagamento e o recebimento irregular de diárias. O relator da CPI, deputado estadual Jorge Everton (PMDB), que é delegado da Polícia Civil, garante a existência de provas de irregularidades na aplicação de recursos por parte da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania.OPOSIÇÃO?Um frequentador habitual dos corredores da Assembleia Legislativa do Estado disse à Parabólica que não se pode responsabilizar apenas a oposição pelo indiciamento da governadora Suely Campos (PP) na CPI do Sistema Prisional. “A CPI foi aprovada em Plenário com votos inclusive de deputados governistas e, na composição dela, havia dois deputados da base governista e um que navega entre o governo e o G-14. Dos integrantes, apenas dois fazem oposição clara ao governo, e foram esses dois votos os responsáveis pelo indiciamento”, disse. VISITAUma comitiva de assessores da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) esteve visitando a redação da Folha, ontem à tarde. Acompanhados de um assessor do Ministério da Defesa do Brasil, eles estão mantendo encontros com autoridades federais e estaduais com intuito de colher dados sobre a situação das nossas fronteiras, especialmente agora com o recrudescimento do fluxo de migrantes venezuelanos para o estado.CRÍTICASO desembargador Mauro Campello, que na época em que era juiz da Infância e Adolescência foi pioneiro na adoção de políticas públicas de assistência nesta área, publicou nota na rede social Facebook fazendo duras críticas ao Centro Socioeducativo (CSE), que faz pouco tempo que enfrentou problemas com internos. Segundo o desembargador, ele sempre foi contra a construção daquele prédio, perto da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), no governo Anchieta Júnior (PSDB). Campello diz que o CSE é, na verdade, um presídio para menores, muito longe de ser uma unidade de ressocialização de crianças e adolescentes. Ele tem autoridade para dizer isso.