A mídia e suas consequências – Marlene de Andrade *Crianças podem assistir TV se as preservarmos do sistema mundano mal. Tudo que elas assistem nos meios de comunicação deve ser monitorado responsavelmente. Que valores e crenças estão formando suas identidades? Elas estão em formação e seus valores se definindo. A mídia pode levá-las à pornografia, despertando-as sexualmente e as condicionando à promiscuidade.
Desenhos animados violentos e sensuais não fazem mal? E tomar um pouco de veneno diariamente, mata? Veja: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”
A mídia não pode ser considerada inofensiva. Os Simpsons, por exemplo, é um desenho não recomendável às crianças. Homer em um deles exibiu uma revista de Playboy, e aí? Nem todo entretenimento é pernicioso, porém alguns são antibíblicos e destrutivos. Criança capta as mensagens explícitas e subliminares com muita facilidade.
Nos anos 80, Xuxa animava programas infantis usando roupas sensuais, botas, minissaias e decotes extravagantes. Tal postura deixou os parafílicos como, por exemplo, pedófilos e fetichistas em êxtase. As meninas passaram usar batom, botas, roupas sensuais, pintar as unhas, tornando-se “moças” precocemente. Algumas passaram a engravidar antes dos 12 anos. O ciclo menstrual, diante de tanta lascívia e frente aos ultrajes e atos imorais da mídia em geral, induziram ao adiantamento dos ponteiros do relógio biológico ovarianos.
Devemos monitorar os programas de TV das crianças. Cavaleiros do Zodíaco, por exemplo, praticam meditação transcendental, idolatria, bruxaria e telepatia. Esse desenho defende a doutrina da reencarnação e acaba prejudicando a criança que está sendo criada no Caminho de Jesus.
Certas programações podem levar a criança adquirir comportamento violento, indolente, indiferente, e entre outros, apático. Além do mais, assistir muita TV diminui a imaginação e a percepção do mundo real. Crianças misturam realidade e fantasia, passando a entender que tudo é uma só coisa.
E lembre-se: “… o próprio satanás se transfigura em anjo de luz”, 2ª Co 11:14.
*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT(95) 36243445
Folclore brasileiro – Vera Sábio*A infância da população do século XX foi bem mais marcada pelo folclore do que a infância dos tempos atuais. Pois, atualmente, até as festas juninas não usam as roupas e nem têm a musicalidade das festas de antigamente.As crianças de hoje já nascem navegando na internet, e não lendo histórias em quadrinhos e se encantando com fadas e temendo o Saci Pererê. Não brincam de rodas e utilizam as mãos mais para apertar o controle remoto do que para construir um brinquedo e desenvolver a criatividade.Com isto, se perde a magia da inocência muito antes que chegue a maturidade. Tornando-se adolescentes precoces, recebendo todo o tipo de informações inapropriadas a sua idade, achando que são grandes em conhecimento, mas, todavia, completamente imaturos diante das responsabilidades da vida adulta.Antes o folclore dava um tom de pureza, de honestidade e ensinava as crianças através da simplicidade a se tornarem cidadãs de bem. Porém, agora os referenciais não podem ser exemplos, já que mentem e o nariz não cresce, fazem coisas erradas e a Cuca não vem pegar, um fio de bigode não é nenhum sinal de que a honra está presente nele; enfim, a liberdade é uma libertinagem onde ninguém se preocupa em saber que o direito do outro acaba onde começa o seu, e vice-versa.Quadrilha que antes era algo para denotar a dança das festas juninas agora são organizações montadas para fazer o mal e mais organizadas do que a polícia, por exemplo.Assim, o passado nos remete a uma grande saudade de tantas coisas boas e simples que nos faziam felizes e que agora não temos mais. No entanto, é muito bom termos memórias e resgatarmos com elas atitudes que nos levem a esperança de um futuro melhor.A tecnologia que às vezes atrapalha a educação dos filhos, se controlada, pode ser grande fonte de ajuda e preparo para aqueles que conseguem filtrar o que é bom e não perder o tempo com o que não presta.As músicas muitas delas possuem melodias e letras que ensinam a paz, a partilha, a valorização da família; sendo assim, escuta o que não presta aquele que quer. As roupas podem ser sensuais sem serem vulgares, lindas sem serem sexys. Enfim, podem traduzir a cultura de um povo, e não o corpo como produto de consumo.E os personagens folclóricos podem ser fantasiosos se o povo quiser deixá-los como símbolo da cultura e não trazê-los para o palco do cenário político por não saberem votar.Pensamos nisto e façamos das festas juninas momentos divertidos e festas tradicionais, onde ensinem as novas gerações que o passado também foi importante para construção do nosso futuro.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected]
No arraial do Élio – Afonso Rodrigues de Oliveira*“É melhor calar e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota, do que falar e acabar com a dúvida.” (Abraham Lincoln)Sentei-me aqui, cansado pra dedéu, depois de uma caminhada à toa, de ida e volta ao SUS. Mesmo porque eu teria que ter ido ao SAS. A atendente ficou me olhando como se quisesse perguntar se eu sou analfabeto. O que estava escrito ali era SAS e não SUS. Ri, ela riu e voltei pra casa. Sentei-me e tentei falar de outras coisas, mas li o Lincoln e mudei de idéia. Mesmo porque já tive um fim de semana tremendamente tumultuado.
Era sábado e o dia começava a se despedir. Preparei-me para limpar a sujeira do jambeiro, mas a dona Salete retrucou:
– Não senhor! Hoje é aniversário do seu Élio, e ele nos mandou convite. Vai ser às oito horas.
Cocei a cabeça e fui me barbear. E foi aí que começou o alvoroço. Com quem vamos, quem vai nos levar? Sei lá. Depende de quem estiver aqui, na hora. Finalmente apareceu a carona. Foi legal pra dedéu. É o segundo aniversário do Élio, que participo e com muito prazer. Era gente, muita gente. E comecei a me preocupar porque não conhecia a maioria dos presentes. Ou mais claramente: das pessoas presentes. Porque os presentes levados para o Élio não me interessavam. Diverti-me sadiamente. Divirto-me com o chapéu de couro do Élio. Ele não o tira nem na missa. Fico encantado com a soltura e a alegria que ele transmite na sua simplicidade. Encontrei-me com muitas pessoas a quem fazia tempo que eu não as via. E isso me chamou mais atenção para o ostracismo em que estou vivendo, na minha “prisão domiciliar”. E sinto-me feliz por não usar tornozeleira e sim dedozeleira que, não seu por que, ainda chamamos de aliança. Mas o importante é que me diverti com os que se divertiam. O forró mandou o tempo todo. Sanfona, zabumba e triângulo. Parabéns, Élio. Continue esse cara divertido e amigo que você é. Continue agrupando amigos que você merece por ser esse cara, amigo de chapéu de couro. Foi um fim de semana prazeroso que me tirou do marasmo doentio do tempo chuvoso e preguiçoso. O Élio completou setenta e duas voltas em volta do Sol. Continue com esse comportamento exemplar, na companhia de sua esposa, dona Maria. Fiquei feliz em vê-los e me diverti, amenizando um fim de semana agitado. O Og Mandino nos diz que: “Ninguém pode viver sua vida por você. Ninguém pode conseguir o sucesso por você. É sua vez”. Vamos fazer de nossas vidas o momento de viver. E viver é estar de bem consigo mesmo. Porque é assim que transmitimos o bem viver. Uma transmissão que vale muito, não nos custa nada, e nos faz feliz. Pense nisso. *[email protected]