Bom dia!Ufa! Voltamos depois de deixar nossos leitores e nossas leitoras sem ter a Parabólica em três edições da Folha. Muitas vezes ao escrever a Coluna nos policiamos para evitar passar a impressão de que gostamos de reclamar, mas contrapomos esse sentimento com o dever de fazer um Jornalismo crítico, afinal, esse tipo de Jornalismo é o que mais serve ao interesse coletivo. Não adianta só falar de flores, a vida coletiva está tomada por espinho, quando os políticos que dão a baliza e decidem sobre a arquitetura da vida das pessoas comuns, que são evidentemente a maioria.

E nesse sentido, o que trazemos para discutir hoje é o nosso futuro enquanto economia que precisa gerar emprego para milhares de pessoas, muitas das quais cursando o Ensino Superior, ou já portadoras de um diploma, que está longe de se constituir em aríete para conseguir um emprego. Em outras palavras, nossa economia do contracheque chapa branca está esgotada e não é mais capaz gerar empregos minimamente necessários para essa gente desempregada.

Está na hora de as forças vivas da sociedade roraimense começar a discutir seriamente as possibilidades do estado de Roraima começar a receber investimentos públicos e privados para projetos que não se resumam aos setores do comércio e serviços, que não se pode negar experimentaram bom salto de crescimento nos últimos tempos, mas não têm a propriedade de “puxar” os setores agroindustrial e industrial. Ao contrário, comércio e serviço, que em Roraima são dinamizados pelo setor público, serão mais fortes quando a agricultura e indústria roraimenses saírem do marasmo em que se encontram.COMPARAÇÃOÉ claro, nossa Rodoviária Internacional de Boa Vista está mal cuidada e poderia ser bem melhor avaliada com um mínimo de esforço e investimento público. De qualquer forma, quando comparamos nossa rodoviária com a de Manaus ganhamos de goleada. É uma vergonha como o Governo do Amazonas, ou a Prefeitura de Manaus, tratam a Rodoviária da capital amazonense. A imundice reina naquele ambiente com toda a aparência de abandono, sendo fácil ver a presença de ratos transitando no ambiente, cercado de lamas por todos os lados.INDICADORO descaso com que os governos tratam suas rodoviárias é um forte indicador da maneira com que os políticos e administradores públicos priorizam os serviços públicos destinados ao grande público. Basta ver a diferença de ambiente entre os aeroportos – que recebem principalmente gente da elite, e da classe média brasileira- com as rodoviárias, que são utilizadas basicamente pelos pobres tupiniquins. Os primeiros bem tratados, quase sempre cheirosos e limpos, enquanto nas rodoviárias impera a sujeira e o descuido. Quem quiser ver a diferença pode frequentar os banheiros em cada um dos ambientes.AMBIENTALISMOQuem ainda duvida do fato de que o ambientalismo brasileiro é um movimento orquestrado de fora para dentro, basta observar a forma como esse aparato – organizado e com muito recurso – age de forma estratégica. Agora mesmo, diante da fraqueza política do governo cambaleante de Michel Temer (PMDB), o Ministro do Meio Ambiente, que é ninguém mais que Sarney Filho, fez chegar ao presidente a insatisfação dos ambientalistas contra as Medidas Provisórias que no ver deles se constituem em retrocesso na política de defesa do Meio Ambiente. Foi o bastante para Temer recuar e modificar as tais Medidas Provisórias.ENQUADRAR Outro sinal da submissão do Estado Federal brasileiro ao movimento ambientalista internacional vem do governo da Noruega, que contribuiu com um bilhão de dólares para o tal do Fundo Amazônia, um esquema financeiro operado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar especialmente projetos e atividades capazes de conter a exploração econômica da região amazônica. Nessa viagem internacional iniciada na última segunda-feira, 19, do presidente Michel Temer, está prevista uma passagem pela Noruega. O governo daquele país vai dizer ao Presidente da República brasileira que não vê com bons olhos a nova legislação que vai acelerar a titulação de terras na região.IMPEACHMENT 1Ainda não se sabe se o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado estadual Jalser Renier (SD), vai aceitar de pleno o pedido de impedimento da governadora Suely Campos (PP), protocolado pelo deputado estadual Jorge Everton (PMDB). Especialista ouvido pela Parabólica garante a existência de indícios fortes de irregularidades praticadas no âmbito da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), o que pode ensejar o aprofundamento de investigação pelos órgãos de fiscalização, estaduais e federais, para a punição dos responsáveis.IMPEACHMENT 2Mesmo diante de irregularidades, algumas com vícios insanáveis, praticadas no âmbito da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), não será fácil os deputados estaduais de oposição provarem a vinculação direta da governadora do Estado com os malfeitos. Esse será, sem dúvida, o grande desafio dos membros que constituirão o futuro tribunal que vai julgar a governadora, caso o pedido de impeachment for devidamente aceito pelo presidente da ALE, Jalser Renier.